Agenesia do osso nasal: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49703Palavras-chave:
Anormalidade craniofasciais, Osso nasal, Nariz.Resumo
A agenesia do osso nasal é uma condição rara, de causas ainda incertas, caracterizada pela ausência congênita do osso nasal, podendo estar associada a diversas síndromes e malformações faciais significativas. Dada a raridade da condição, o presente estudo visa descrever um caso de arrinia nasal identificado no Hospital Universitário Alzira Velano, de forma a contribuir para a pesquisa e entendimento do diagnóstico, tratamento e seguimento da arrinia. A condição foi diagnosticada no período intrauterino, por meio de ultrassonografia fetal. No nascimento, o exame físico revelou ausência do osso nasal, além de alterações nas estruturas adjacentes. Foram solicitados exames de imagem, como radiografia e tomografia computadorizada da face, para melhor entendimento do acometimento ósseo e tecidual. O tratamento proposto envolveu equipe multidisciplinar, com encaminhamento ao serviço de otorrinolaringologia e fonoaudiologia. Realizou-se posterior discussão com revisão de literatura sobre agenesia do osso nasal, com enfoque nos desafios diagnósticos e possíveis terapias atuais. Este trabalho evidencia a importância do diagnóstico precoce para manejo adequado da condição de forma multidisciplinar, com intuito de proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente, além de enfatizar a necessidade de mais estudos para melhor compreensão desta rara malformação craniofacial.
Referências
Abukhalaf, S. A. et al. (2020). Congenital arrhinia: a case report and literature review. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology. 135, 110083.
Castro, P. T. et al. (2025) Isolated congenital arrhinia: fetal magnetic resonance imaging and pediatric computed tomography 3D reconstructions, long-term follow-up and review of the literature. Journal of Clinical Ultrasound. 53(1), 202-6.
Cicero, S., Curcio, P., Papageorghiou, A., Sonek, J. & Nicolaides, K. (2001). Absence of nasal bone in fetuses with trisomy 21 at 11-14 weeks of gestation: an observational study. The Lancet. 358(9294), 1665-7.
Cohen, D. & Goitein, K. (1987). Arhinia revisited. Rinology. 25, 237.
Cong, N. V. et al. (2023). Bosma Arhinia Microphtahalmia Syndrome (BAMS): First report from Vietnam. .
Cureus. 15(2):e35222. doi: 10.7759/cureus.35222.
Du, Y., Ren, Y., Yan, Y. & Cao, L. (2018). Absent fetal nasal bone in the second trimester and risk of abnormal karyotype in a prescreened population of Chinese women. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica. 97(2), 180–6.
El-Dessouky, S. H. et al. (2020). Prenatal ultrasound findings of holoprosencephaly spectrum: unusual associations. Prenatal Diagnosis. 40(5), 565-76.
Gu, Y. Z., Nisbet, D. L., Reidy, K. L. & Palma-Dias, R. (2019). Hypoplastic nasal bone: a potential marker for facial dysmorphism associated with pathogenic copy number variants on microarray. Prenatal Diagnosis. 39(2), 116–23.
Harrison, L. M. et al. (2022). Reconstruction of congenital arhinia with stereolithographic modeling: case correlate and literature review. Cleft Palate-Craniofacial Journal. 59(4), 530-7.
Marszalek-Kruk, B. A. et al. (2021). Treacher Collins Syndrome: genetics, clinical features and management. Genes (Basel). 12(9), 1392.
Moore, K. L., Persaud, T. V. N. & Torchia, M. G. (2022). Embriologia clínica. (10.ed). Editora Guanabara Koogan. p. 107-8.
Ng, R. L., Rajapathy, K. & Ishak, Z. (2017). Congenital arhinia – first published case in Malaysia. The Medical Journal of Malaysia. 72(5), 308-10.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.
Ribeiro, R. et al. (2015). Prenatal diagnosis of arhinia: case report. Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa. 9(4), 305-9.
Sadler, T. W. (2013). Langman: embriologia médica. (12.ed). Editora Guanabara Koogan.
Zemtsov, G. E. et al. (2022). Prenatal diagnosis of arhinia. AJP Reports. 12(2), 127-130.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Natally Macedo Torrente, Annie Beatriz de Carvalho, Julia Andrade Pereira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
