Estudos organizacionais pós-modernos: uma bibliometria no novo milênio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10829

Palavras-chave:

Pós-modernismo, Organizações, Bibliometria, Estudos organizacionais.

Resumo

Neste artigo buscamos entender qual tem sido o escopo da produção científica sobre organizações na pós-modernidade. Para tal, recorremos a um estudo quantitativo (bibliometria), recuperando artigos científicos indexados à base de dados Web of Science, no período entre 2000 e 2018. Após a aplicação dos critérios de filtragem, selecionou-se 432 trabalhos, os quais foram analisados pelo software VOSviewer. Dentre os resultados, destaca-se a comportamento das produções cientificas sobre o tema no intervalo temporal, os periódicos e autores mais citados, bem como a sugestões para a realização de estudos futuros. Concluímos que os estudos organizacionais na pós-modernidade continuam atraindo muita atenção da academia, posto que no intervalo de tempo proposto, foi possível detectar nesse intervalo de tempo, um crescimento no número de publicações sobre o tema. Desse modo, supomos que esse número tende a crescer, abarcando cada vez mais novos temas, o que indica a possibilidade de que os estudos sobre as organizações na pós-modernidade sejam ainda mais explorados no futuro.

Biografia do Autor

  • Marcelo Oliveira Junior, Universidade Federal de Lavras

    Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) .Bacharel em Administração pelo Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

  • Ana Luiza Cordeiro Pereira, Universidade Federal de Lavras

    Mestranda em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), na linha Gestão de negócios, mercados e economia. Bacharela em Engenharia de Produção pelo Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Congonhas. 

  • Rafael Rodolfo Sartorelli Sadocco, Universidade Federal de Lavras

    Mestrando em Administração na Universidade Federal de Lavras (conceito CAPES 5), na linha Gestão Estratégica, Marketing e Inovação, sendo bolsista CAPES. Bacharel em Comunicação Social pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP, 2005) e licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano (2015). Tem especialização lato sensu - MBA (Master of Business Administration) em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012), especialização lato sensu - MPA (Master of Public Administration) em Gestão Pública pela Universidade Metodista de São Paulo (2015) e especialização lato sensu em Pedagogia Empresarial e Educação Corporativa pela Universidade Braz Cubas (2018). Fora a vida acadêmica, ocupou cargos em diversas empresas de variados segmentos, como; executivo de compliance no Citibank (setor bancário), analista de pós-vendas na Castelatto (indústria), relacionamento com clientes na Walt Disney World (turismo e entretenimento), representante comercial na Sampaio & Sadocco (indústria), agente de licenciamento na Tass (marketing), professor na rede pública e privada de educação fundamental, entre outras.

  • Juliana de Oliveira Becheri Souza, Universidade Federal de Lavras

    Mestranda do Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras (UFLA), com estudos focados na linha Gestão Estratégica, Marketing e Inovação. Bacharela em Administração pela FAI- Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação (2018). Atuou como Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais nas dependências da Intef - Incubadora de Base Tecnológica da FAI, como pesquisadora na área de empreendedorismo, inovação e cidades criativas.

  • Alberdan José da Silva Teodoro, Universidade Federal de Lavras

    Mestrando em Administração pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Lavras - UFLA, na linha de pesquisa em Gestão Estratégica, Marketing e Inovação, especificamente na área temática de Marketing e Comportamento Consumo, bolsista da FAPEMIG. Membro do Grupo de Estudos em Comportamento do Consumidor e Marketing - GECOM. Bacharelado em Administração pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais de Oliveira - FACIJUGO (2016).

Referências

Alcadipani, R., & Rosa, A. R. (2010). O pesquisador como o outro: uma leitura pós-colonial do "Borat" Brasileiro. Revista de Administração de Empresas, 50(4), 371- 382.

Alvesson, M., & Deetz, S. (1999). Teoria Crítica e abordagens pós-modernistas para estudos organizacionais. Clegg, Sr., Hardy, C., & Nord, W. (orgs.). Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas.

Astley, W. G., & Van de Ven, A. H. de. (2005). Debates e Perspectivas Centrais na Teoria das Organizações. Revista de Administração de Empresas, 45(2), 70-91.

Barros, A., & Carrieri, A. P. (2015). O cotidiano e a história: construindo novos olhares na administração. Revista de Administração de Empresas, 55(2), 151-161.

Bauman, Z. (1999). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

Burrell, G., & Morgan, G. (1979). Sociological paradigms and organizational analysis. London: Heinemann Educational Books.

Calás, M. B., & Smircich, L. (1999a). Do ponto de vista da mulher: abordagens feministas em estudos organizacionais. In: Clegg, S., Hardy, C., & Nord, W. (Orgs.). Handbook de estudos organizacionais, 1, 275-329. São Paulo: Atlas.

Calás, M. B., & Smircich, L. (1999b). Past postmodernism? Reflections and tentative directions. Academy of Management Review, 24(4), 649-71.

Calvert, L., & Ramsey, J. V. (1992); Bringing women’s voice to research on women in management: a feminist perspective. Journal of Management Inquiry, 1(1), 79-88.

Cappelle, M. C. A., Melo, M. C. D. O. L., Brito, M. J. M., & Brito, M. J. D. (2004). Uma análise da dinâmica do poder e das relações de gênero no espaço organizacional. Revista de Administração de Empresas, 3(2), 1-17.

Chueke, G. V., & Amatucci, M. (2015). O que é bibliometria? Uma introdução ao Fórum. Internext, 10(2), 1-5.

Cooper, R., & Burrell, G. (2006). Modernismo, pós-modernismo e análise organizacional: uma introdução. Revista de Administração de Empresas, 46(1), 87-101.

Derrida, J. (1967). Writing and difference. Chicago: University of Chicago Press.

Donaldson, L. Teoria da contingência estrutural. (1999) In: Clegg, S., Hardy, C., & Nord, W. (orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas.

Fayol, H. (1949). General and industrial management. London: Pitman.

Hassard, J., & Wolfram Cox, J. (2013). Can sociological paradigms still inform organizational analysis? A Paradigm Model for Post-Paradigm Times. Organization Studies, 34(11), 1701–1728.

Hatch, M. J. (2011). Organizations: a very short introduction (Vol. 264). Oxford: Oxford University Press.

Kallinikos, J. (2004). The social foundations of the bureaucratic order. Organizations, 11(1), 13-36.

Kanan, L. A. (2010). Poder e liderança de mulheres nas organizações de trabalho.

Organizações & Sociedade, 17(53), 243-257.

Kauark, F. S, Manhães, F. C., & Medeiros, C. H. (2010). Metodologia da Pesquisa: um guia prático. Itabuna: Via Litterarum.

Kilduff, M. (1993). Deconstructing Organizations. The Academy of Management Review, 18(1), 13-31.

Latour, B. (2012). Reagregando o Social. Salvador: EDUFBA-Edusc.

Law, J. (2006). Traduction /Trahison: notes on ANT. Convergencia, 13(42), 47-72.

Lengler, J. F. B., Vieira, M. M. F., & Fachin, R. C. (2002). Um exercício de desconstrução do conceito e da prática de segmentação de mercado inspirado em Woody Allen. Revista de Administração de Empresas, 42(4), 84-93.

Lima, L. A. de. (2011). A representação das múltiplas dimensões paradigmáticas no estudo da administração: um ensaio sobre os limites contidos nas defesas paradigmáticas excludentes. RAC - Revista de Administração Contemporânea, 15(2), 198- 208.

Lima, L. C. de., Pereira, N. de S., Evaristo, J. L. de S., & Batista-dos-Santos, A. C. (2020). The dimension management in the theory of organizations. Research, Society, and Development, 9(11), 1-24.

Lyotard, J. F. (1986). O pós-moderno. Rio de Janeiro: José Olympio.

Marconi, M. A., Lakatos, E. M. (2010). Fundamentos de Metodologia Científica (7 ed.). São Paulo: Atlas.

Marques, A. L., Borges, R., & Reis, I. C. (2016). Mudança organizacional e satisfação no trabalho: um estudo com servidores públicos do estado de Minas Gerais. Revista de Administração Pública, 50(1), 41-58.

Mattos, P. L. C. L. (2009). “Administração é ciência ou arte?” O que podemos aprender com este mal-entendido? Revista de Administração de Empresas, 49(3), 349- 360.

Miller, S. J., Hicskon, D. J., & Wilson, D.C. (2004). A tomada de decisão nas organizações. In: Hardy C., Clegg S.R., & Nord W.R. (org.). In: Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 2004. 1, 282-310.

Oliveira, C. B., & Fontes Filho, J. R. (2017). Problemas de Agência no Setor Público: o papel dos intermediadores da relação entre Poder Central e Unidades Executoras. Revista de Administração Pública, 51(4), 596-615.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Perreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica (1 ed.). Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria/NTE.

Pradanov, C. C., & Freitas, E. C. D. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Rio Grande do Sul: Feevale.

Pimentel, R., & Nogueira, E. E. S. (2018). Estudos baseados na prática: possibilidades metodológicas para pesquisas em estudos organizacionais. Revista Organizações & Sociedade, 25(86), 350-370.

Reed, M. (2010). Teorização organizacional: um campo historicamente contestado. In: Clegg, S., Hardy, C., & Nord, W. R. (orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas.

Silveira, V. N. S. (2008). Racionalidade e Organização: as múltiplas faces do enigma. Revista de Administração Contemporânea, 12(4), 1107-1130.

Simon, H. A. (1950). Administrative behavior. AJN The American Journal of Nursing, 50(2), 46-47.

Taylor, F. W. (1915). The principles of scientific management. New York: Harper & Brothers.

Urwick, L. F., & Brech, E. F. L. (1947). The making of scientific management (vols. 1–3). London: Management Publications Trust.

Vieira, M. M. F., & Caldas, M. P. (2006). Teoria crítica e pós-modernismo: principais alternativas à hegemonia funcionalista. Revista de Administração de Empresas, 46(1), 59-70.

Young, R. J. C. (2016). Postcolonialism: an historical introduction, Anniversary Edition. John Wiley & Sons.

Downloads

Publicado

2020-12-15

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Estudos organizacionais pós-modernos: uma bibliometria no novo milênio. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 12, p. e11891210829, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i12.10829. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/10829. Acesso em: 6 dez. 2025.