Análise da expressão de RANK/RANKL no câncer de mama metastático e não-metastático: Revisão sistemática da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48399Palavras-chave:
Ligante RANK, Proteína RANK, Metástases Neoplásicas, Câncer de Mama, Prognóstico, Sobrevida.Resumo
O câncer de mama é a causa mais frequente de morte por câncer na população feminina mundial e o manejo clínico dessas pacientes representa um desafio, dada à variedade de perfis de evolução da doença. A presença de metástase à distância demonstra grande impacto na sobrevida das pacientes, sendo as metástases ósseas as mais incidentes. O sistema RANK/RANKL/OPG é identificado como uma via de sinalização envolvida na manutenção da homeostase óssea e no desenvolvimento da glândula mamária. A investigação entre a associação entre os biomarcadores expressão de receptor ativador do fator nuclear kappa B (RANK) e da proteína ligante (RANKL) na avaliação prognóstica e preditiva do câncer de mama auxilia na discussão do uso do denosumabe na prevenção de metástases ósseas e no tratamento da doença. Este estudo objetiva apresentar uma revisão sistemática sobre a análise da expressão do RANK/RANKL no câncer de mama metastático e não-metastático. Incluiram-se oito estudos totalizando 1876 pacientes e, seis dos estudos demonstraram associações entre a ocorrência de tumores mais agressivos, potencial metastático do câncer de mama, surgimento de metástases ósseas e, principalmente, pior prognóstico em curvas de sobrevida. Os estudos incluídos nesta revisão confirmam a importância preditiva e prognóstica de RANK na avaliação de pacientes com câncer de mama, reafirmando a necessidade de estudos mais homogêneos para a utilização adequada dos protocolos terapêuticos e preventivos que usam esse marcador como alvo terapêutico.
Referências
Abreu, C., et al. (2022). Exploring new pathways in endocrine-resistant breast cancer. Exploration of Targeted Anti-tumor Therapy, 3, 337–361.
Azim, H. A., et al. (2015). RANK-ligand (RANKL) expression in young breast cancer patients and during pregnancy. Breast Cancer Research, 17(1).
Buitrago, F., et al. (2011). Fatores prognósticos em câncer de mama. Comunicação em Ciências da Saúde, 69–81.
Hortobagyi, G. N., et al. (2017). AJCC cancer staging manual. Springer International Publishing.
Ibrahim, T., et al. (2011). Role of RANK, RANKL, OPG, and CXCR4 tissue markers in predicting bone metastases in breast cancer patients. Clinical Breast Cancer, 11(6), 369–375.
Infante, M., et al. (2019). RANKL/RANK/OPG system beyond bone remodeling: Involvement in breast cancer and clinical perspectives. Journal of Experimental and Clinical Cancer Research, 28.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. (2023). Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. INCA.
International Agency for Research on Cancer. (2020). Cancer today. WHO.
Kiesel, L., & Kohl, A. (2016). Role of the RANK/RANKL pathway in breast cancer. Maturitas, 86, 10–16.
Li, R., et al. (2015). The RANK pathway in advanced breast cancer: Does Src play a role? Disponível em: http://www.r-project.org.
Mamédio, C., et al. (n.d.). The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Disponível em: www.eerp.usp.br/rlae. Acessado em 7 de junho de 2023.
Page, M. et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. PMJ. 372 (71). doi: https://doi.org/10.1136/bmj.n71.Park, H. S., et al. (2014). Expression of receptor activator of nuclear factor kappa-B as a poor prognostic marker in breast cancer. Journal of Surgical Oncology, 807–812.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Editora UAB/NTE/UFSM.
Pfitzner, B. M., et al. (2014). RANK expression as a prognostic and predictive marker in breast cancer. Breast Cancer Research and Treatment, 145(2), 307–315.
Rang, H. P., et al. (2016). Rang & Dale: Farmacologia (8ª ed.). Editora Elsevier.
Santini, D., et al. (2011). Receptor activator of NF-kB (RANK) expression in primary tumors associates with bone metastasis occurrence in breast cancer patients. PLoS One, 6(4).
Santos, C. M. C. (2007). A estratégia PICO para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Rev. Latino-Am. Enfermagem 15 (3). https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023.
Silva, I., & Branco, J. C. (2011). Rank/Rankl/Opg: literature review. Acta Reumatológica Portuguesa, 36(3), 209–218.
Zhang, L., et al. (2012). Receptor activator for nuclear factor κ B expression predicts poor prognosis in breast cancer patients with bone metastasis but not in patients with visceral metastasis. Journal of Clinical Pathology, 65(1), 36–40.
Zhang, L., et al. (2015). The E3 ubiquitin ligase Cbl-b improves the prognosis of RANK positive breast cancer patients by inhibiting RANKL-induced cell migration and metastasis. Oncotarget, 6(26), 22918–22933.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Nathália Machado Terra; Larissa Mota Ramos; Eduardo Chaves Ferreira Coelho; Renot Alves Irineu Neto; Guilherme Fontes de Sousa Skaf Abdala; Isadora Garcia de Paula; Vera Aparecida Saddi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
