Para além da precisão: Espiritualidade, ética e experiência emocional entre físicos médicos venezuelanos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49814Palavras-chave:
Física médica, Espiritualidade na saúde, Experiência clínica, Apoio emocional, Humanização do cuidado, Bioética.Resumo
Antecedentes: Os físicos médicos atuam em ambientes clínicos altamente sensíveis, particularmente em serviços de radioterapia, cuja atenção principal está voltada para pacientes oncológicos. Nesses contextos, o contato com o sofrimento humano, a morte e a expressão da fé é cotidiano. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo realizar uma primeira exploração de como os profissionais de física médica formados em universidades venezuelanas enfrentam o encontro entre sua formação técnico-científica, seu treinamento clínico e suas crenças pessoais. Também são analisadas suas estratégias para lidar com essas novas situações e suas percepções sobre o acompanhamento institucional e espiritual. Método: A análise foi realizada por meio de codificação temática e interpretação fenomenológica. Resultados: A maioria dos participantes da pesquisa se identifica como praticante ou próxima de práticas religiosas ou espirituais, embora suas experiências estejam mais orientadas à introspecção, à ética e à reflexão pessoal do que aos rituais formais. Conclusão: Os físicos médicos, com formação básica em física nas faculdades de ciências e com base científica, abordam dimensões profundamente humanas do cuidado ao paciente oncológico. A espiritualidade, compreendida de forma ampla, emerge como uma ferramenta significativa para o equilíbrio emocional, a resiliência e o enraizamento ético na prática clínica.
Referências
Azzopardi, J., Mercieca, S., & Portelli, J. L. (2023). Radiographers’ perception on the provision of psychosocial support for cancer patients. Journal of Radiotherapy in Practice, 22, e52.
Balboni, T. A., VanderWeele, T. J., Doan-Soares, S. D., Long, K. N., Ferrell, B. R., Fitchett, G., ... & Koh, H. K. (2022). Spirituality in serious illness and health. Jama, 328(2), 184-197.
Bezak, E., Damilakis, J., & Rehani, M. M. (2023). Global status of medical physics human resource–The IOMP survey report. Physica Medica, 113, 102670.
Braun, V., & Clarke, V. (2021). One size fits all? What counts as quality practice in (reflexive) thematic analysis?. Qualitative research in psychology, 18(3), 328-352.
Carmo, K. B. D. (2023). Espiritualidad aplicada a la medicina. Revista Bioética, 30, 870-882.
Consejo Ejecutivo, 73 (1984). La dimensión espiritual. Organización Mundial de la Salud. https://iris.who.int/handle/10665/187047.
Creswell, J. W., & Poth, C. N. (2016). Qualitative inquiry and research design: Choosing among five approaches. Sage publications.
Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (Eds.). (2011). The Sage handbook of qualitative research. Sage.
De la Torre, G. N., Montero, G., Torres, A., & Achig, C. (2023). Espiritualidad y religiosidad del personal de salud y los pacientes de dos hospitales públicos ecuatorianos. Revista Médica Vozandes, 24, 1-2.
Elsner, K. L., Naehrig, D., Halkett, G. K., & Dhillon, H. M. (2018). Development and pilot of an international survey:‘Radiation Therapists and Psychosocial Support’. Journal of medical radiation sciences, 65(3), 209-217.
Evans, S., Christofides, S., & Brambilla, M. (2016). The European Federation of Organisations for Medical Physics. Policy Statement No. 7.1: The roles, responsibilities and status of the medical physicist including the criteria for the staffing levels in a Medical Physics Department approved by EFOMP Council on 5th February 2016. Physica Medica, 32(4), 533-540.
International Atomic Energy Agency. (2013). Roles and responsibilities, and education and training requirements for clinically qualified medical physicists.
Keevil, S. F. (2012). Physics and medicine: a historical perspective. The Lancet, 379(9825), 1517-1524.
Koenig, H. G. (2021). Mechanisms: religion’s impact on mental health. Spirituality and Mental Health Across Cultures, 129.
Kron, T., Cheung, K. Y., Dai, J., Ravindran, P., Soejoko, D., Inamura, K., ... & Ng, K. H. (2008). Medical physics aspects of cancer care in the Asia Pacific region. Biomedical Imaging and Intervention Journal, 4(3), e33.
McLean, I. D., & Dias, M. P. (2009). Clinical Training of Medical Physicists Specializing in Radiation Oncology. International Atomic Energy Agency.
Nye, J. A., Dugas, J. P., Erwin, W. D., Gierga, D. P., Kaurin, D. G., Leon, S. M., ... & Zheng, D. (2025). AAPM Task Group No. 249. B—Essentials and guidelines for clinical medical physics residency training program. Journal of applied clinical medical physics, e70111.
Orgambídez, A., Borrego, Y., Alcalde, F. J., & Durán, A. (2025). Moral Distress and Emotional Exhaustion in Healthcare Professionals: A Systematic Review and Meta-Analysis. In Healthcare (Vol. 13, No. 4, p. 393). MDPI.
Park, C. L. (2007). Religiousness/spirituality and health: A meaning systems perspective. Journal of behavioral medicine, 30(4), 319-328.
Patton, M. Q. (2015). Qualitative Research and Evaluation methods, 4th edn.(Thousand Oaks; London.
Puchalski, C. M., Vitillo, R., Hull, S. K., & Reller, N. (2009). Improving the spiritual dimension of whole person care: Reaching national and international consensus. Journal of Palliative Medicine, 12(10), 885–904. https://doi.org/10.1089/jpm.2009.0142
Rodriguez-García, W. A., & Guilarte-Gallardo, C. (2025). El Rol del Docente Universitario en Salud Bucal: Hacia una Formación Integral y Transformadora. Revista Tecnológica-Educativa Docentes 2.0, 18(1), 374-381.
Smith, J. A., Larkin, M., & Flowers, P. (2021). Interpretative phenomenological analysis: Theory, method and research.
Van Manen, M. (2016). Researching lived experience: Human science for an action sensitive pedagogy. Routledge.
World Medical Association. (2013). World Medical Association Declaration of Helsinki: Ethical principles for medical research involving human subjects. JAMA, 310(20), 2191–2194. https://doi.org/10.1001/jama.2013.281053
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Jesús Enrique Dávila Pérez

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
