Epidemiologia molecular do Papilomavírus Humano (HPV) em Cascavel-PR: Prevalência de genótipos emergentes e suas implicações em saúde pública
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49959Palavras-chave:
Papiloma vírus humano, Biologia molecular, Vacina, Reação em cadeia de polimerase.Resumo
Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que acomete cerca de 54,4% das mulheres sexualmente ativas no Brasil, sendo a principal causa do câncer de colo do útero e de ânus, responsáveis por mais de 90% desses casos. O vírus é classificado em dois grupos: de baixo risco, que causam lesões benignas, e de alto risco, associados a neoplasias. A detecção ocorre por exames citológicos ou técnicas moleculares, como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo os sorotipos 16 e 18 os mais oncogênicos. A vacinação é a principal forma de prevenção, e a vacina quadrivalente, disponível pelo SUS desde 2014, protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18, demonstrando alta eficácia na prevenção de lesões pré-cancerosas e câncer invasivo. O câncer de colo de útero representa um importante problema de saúde pública, com mais de 600 mil novos casos e 340 mil óbitos anuais no país. Objetivo: Analisar dados de exames PCR positivos para HPV, realizados entre 2023 e 2024, relacionando-os à cobertura vacinal, para aprimorar estratégias de prevenção e erradicação do câncer cervical no Brasil. Resultados: Observou-se que os genótipos mais prevalentes foram HPV 53, 52 e 54, não contemplados pela vacina quadrivalente. Conclusão: Faz-se necessário ampliar os estudos para verificar possíveis lacunas na cobertura vacinal e, se confirmadas, implementar políticas públicas mais eficazes de proteção à população feminina.
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