Parentalidade socioafetiva: um olhar da Psicologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18581

Palavras-chave:

Filiação, Palavras Chaves: Filiação; Paternidade Socioafetiva; Psicologia; Jurídico., Paternidade socioafetiva, Psicologia, Jurídico.

Resumo

A psicologia jurídica, considerada uma disciplina ainda em construção, vem sendo cada vez mais utilizada no âmbito jurídico. O presente trabalho refere-se a uma revisão teórica acerca da temática da parentalidade socioafetiva, buscando conhecer os critérios envolvendo a definição dos profissionais da psicologia e seu posicionamento frente a esta realidade no meio jurídico, identificando possíveis intervenções do psicólogo frente a situações que envolvam a temática. A metodologia desta pesquisa engloba uma revisão de literatura com abordagem narrativa, considerada uma fundamentação teórica pertinente para a composições de artigos, dissertações, teses, como também trabalhos de conclusão de cursos. Os resultados diante da pesquisa apontaram a importância do trabalho da psicologia jurídica nos dias atuais, principalmente no que diz respeito ao Direito de Família e suas decorrentes mudanças em relação a definição de multiparentalidade. Em decorrência de modificações no sistema judiciário, foi colocado em ênfase a palavra afeto, levando em consideração os vínculos reais e indo além da filiação genética. Desta forma, percebe-se a necessidade da Psicologia desenvolver ferramentas e intervenções voltadas para esta nova realidade que se apresenta no contexto jurídico contemporâneo.

Biografia do Autor

  • Fernanda Pires Jaeger, Universidade Franciscana

    Professora de Psicologia da Universidade Franciscana, Mestre em Psicologia Social e da Personalidade e Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2021-08-15

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Parentalidade socioafetiva: um olhar da Psicologia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 10, p. e456101018581, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i10.18581. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/18581. Acesso em: 14 dez. 2025.