A cartografia da controvérsia aplicada ao fator “produção x proteção”: considerações epistemológicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33378

Palavras-chave:

Teoria Ator-Rede, “Produção x Proteção”, Cartografia da Controvérsia, Prevenção de acidentes.

Resumo

O presente trabalho pretende fornecer contribuições teórico-metodológicas por meio da cartografia da controvérsia aplicada ao fator “produção x proteção”; a partir das considerações da Teoria Ator-Rede de Bruno Latour (2012). Busca-se refletir sobre as possibilidades metodológicas da presente teoria para a abordagem dos conflitos de produção versus proteção na produção industrial. Para tal, compreender as perspectivas de segurança dentro de um sistema produtivo orientado para a máxima eficiência e a questão do gerenciamento aceitável do erro humano ou dos acidentes na performance de trabalho, segundo as noções de Jens Rasmussen (1997) sobre o sistema sócio tecnológico envolvido no gerenciamento de riscos na dinâmica produtiva. Relacionar o progresso técnico científico associado aos atores da indústria face a apresentação da cartografia de controvérsia de “produção x proteção”. Portanto, objetiva-se identificar as possibilidades de uma agenda de pesquisa e suas potencialidades nesse estudo para identificar alternativas de prevenção de acidentes.

 

Biografia do Autor

  • Joana Josiane Andriotte Oliveira Lima Nyland, Universidade de Brasília

    Possui formação em Gestão Pública pela Universidade de Marília. MBA Gestão de Marketing e Comunicação Integrada. MBA Gestão Pessoas Liderança, Docência no Ensino Superior pela Universidade Marilia .Graduação em Direito pela Fundação Escola Superior do Ministério Público-RS.

Referências

Almeida, I. M. (2006). Trajetória da análise de acidentes: o paradigma tradicional e os primórdios da ampliação da análise. Interface – Comunic, Saúde, Educ, 9(18), 185-202.

Alves, G. (2007). Dimensões da Reestruturação Produtiva – ensaios de sociologia do trabalho. (2ª ed.). Londrina (PR): Práxis/Bauru (SP), Canal 6.

Beck, U. (1992). Risk Society: towards a new modernity. SAGE Publications, Newbury Park.

Bernstein, P. L. (1997). Desafio aos Deuses. A Fascinante História do Risco. (Trad. I. Korytowski). Rio de Janeiro: Campus.

Callon, M. (1986). Some elements of a sociology of translation: domestication of the scallops the fisherman of St Brieuc Bay. In: Law J. Editor. Power action and belief a new sociology of knowledge. Londres (UK): Routledge.

Cerreto, C., & Domenico, S. M. R. (2016). Mudança e Teoria Ator-Rede: humanos e não humanos em controvérsias na implementação de um centro de serviços compartilhados. Cadernos EBAPE.BR, 14(1), Art. 5.

Feenberg, A. (1996). Marcuse or Habermas: Two critiques of technology. Inquiry, 39(1), 45-70.

Funtowicz, S. O., & Ravetz, J. R. (1990). Uncertainty and Quality in Science for Policy. Dordrecht, N. L.: Kluwer.

Haastrup, P., & Funtowicz, S. O. (1992). Accident generating systems and chaos: a dynamic study of accident time series. Reliability Engineering and System Safety, 35, 31- 37.

Harvey, D. (2008). Condição Pós-Moderna – uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. (17ª ed.). São Paulo: Loyola.

Heloani, J. R. (2003). Gestão e Organização no Capitalismo Globalizado – história da manipulação psicológica no mundo do trabalho, São Paulo: Atlas.

Latour, B. (1994). Jamais fomos modernos: ensaios de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34.

Law, J. (1992). Notes on the Theory of the Actor Network: Ordering, Strategy and Heterogeneity. Centre of Science Studies, Lancaster University, Lancaster LA1 4YN.

Law, J. et al. (1999). Actor network theory and after. Nova Jersey: Blackwell Publishing.

Lieber, R. R., & Romano-Lieber, N. S. R. (2002). O conceito de risco: Janus reinventado. In: Minayo, Mcs., & Miranda, A. C.(Orgs.). Saúde e ambiente sustentável: estreitando nós. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 68-111.

Marchi, B. de., Funtowicz, S., & Ravetz, J. (2000). O Acidente Industrial Ampliado de Seveso: paradigma e paradoxo. In: Freitas, C. M., Porto, M. F. S., & Machado, J. M. H. (Orgs.). Acidentes industriais ampliados: desafios e perspectivas para o controle e a prevenção. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 128-148.

Marshall, E. (1992). Study Casts Doubt on Hiroshima Data. Science.

Merton, R. (1968). Structure Sociale et Anomie. ln: Psychologie Sociale. Paris, Dunod.

Merton, R. K. (2004). Teoria y Estrutura Sociales. México: FCE.

Navarro, M. V. T. (2009). Conceito e controle de riscos à saúde. In: Risco, radiodiagnóstico e vigilância sanitária. Salvador: EDUFBA, 37-75.

Nogueira, L. S. M., & Marin, R. E. A. (2013). Segurança e saúde dos trabalhadores na indústria do alumínio no estado do Pará, Brasil. Centro de Estudios del Desarrollo. Cuadernos del CENDES, 30(82), terceira época, 109- 134.

Pedro, R. M. L. R. (2005). Tecnologias de vigilância: um estudo psicossocial a partir da análise das controvérsias. Anais do XXIX Encontro anual da ANPOCS, realizado em Caxambu (MG), de 25 a 29 de outubro de 2005. Recuperado em 25 de jul. 2022 de: https://anpocs.com/index.php/papers-29-encontro/gt-25/gt24-13/3853-rpedro

tecnologias/file.

Perrow, C. (1984). Normal Accidents: living with high-risk technologies. Nova York: Basic Books.

Pigott, R. (1997). Advanced probabilistic design of multi-degree of freedom systems subjected to a number of discreet excitation frequencies. Safety Engineering and Risk Analysis (SERA) - Safety Engineering and Risk Analysis Division, ASME, 7, 25-30.

Rasmussen, J. (1997). Risk management in a dynamic society: a modeling problem. Safety Science, 27(2-3), 183-213.

Ruppenthal, J. E. (2013). Gerenciamento de riscos. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria.

Sevá Filho, A. O. (1997). Riscos Técnicos Coletivos e Desorganização do Trabalho: alarmes e emergências na indústria petrolífera brasileira, em seu transe de mundialização. Campinas: UNICAMP.

Silva, A. J. N., Almeida, I. M., Vilela, R. A. G., Mendes, R. W. B., & Hurtado, S. L. B. (2018). Acidentes de trabalho e os religadores automáticos no setor elétrico: para além das causas imediatas. Cadernos de Saúde Pública, 34(05).

Sims, J. R., & Feigel, R. E. (2000). Use of risk-based approaches in post-construction standards. Journal of Pressure Vessel Technology, Transactions of the ASME, 122 (3), p. 247-54.

Turner, B. A. (1978). Man-Made Disasters. Londres: Wykeham.

Venturini, T. (2010). Diving in magma: how to explore controversies with Actor Network Theory. Public Understanding of Science, 20(1).

Downloads

Publicado

2022-08-24

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais

Como Citar

A cartografia da controvérsia aplicada ao fator “produção x proteção”: considerações epistemológicas . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 11, p. e333111133378, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33378. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/33378. Acesso em: 15 dez. 2025.