A evolução na motivação ao longo da medicina: querer, escolher, permanecer, exercer
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37226Palavras-chave:
Carreira profissional, Medicina, Densidade e saúde mental.Resumo
A mudança nos motivos para iniciar e permanecer na Medicina durante as fases de pré-vestibulando, acadêmico iniciante, graduando concluinte e profissional ativo deve-se à mudança da perspectiva sobre a Medicina ao longo desses períodos. O objetivo desta revisão é esboçar um panorama dessas mudanças e, consequentemente, da motivação individual para continuar na Medicina, além de expor os efeitos psicológicos decorrentes e analisar a distribuição de médicos no Brasil. A literatura utilizada para essa pesquisa foi encontrada em bancos de dados online nos seguintes sites: BVS Brasil, PUBMED, Google Acadêmico e Scielo. Os termos procurados foram CARREIRA PROFISSIONAL, INCENTIVO, MEDICINA, DENSIDADE e SAÚDE MENTAL. Foram incluídos os artigos publicados em inglês, português e espanhol, sem critério de tempo. Os artigos encontrados destacaram que 50,3 % dos alunos do 1º ano do curso possuem como motivação o interesse pela ciência e que apenas 1,8% ingressam no curso por pressão familiar. Além disso, observou-se que os alunos do ciclo básico (43,6%) e ciclo clínico (40,3%) tendem a possuir maiores índices de Transtornos Mentais Comuns comparados aos alunos no último ano da graduação (16,2%). Ademais, evidenciou-se maior densidade de médicos na região Sudeste, por tratar-se de um polo econômico. Portanto, percebe-se que a Medicina, atualmente, não é mais procurada devido ao status que ela fornece e sim ao interesse do próprio indivíduo por uma carreira com oportunidade de desenvolvimento científico.
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