Direito à memória e à proteção ao patrimônio histórico e cultural: reflexões e críticas a partir do filme Bacurau
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5225Palavras-chave:
Bacurau, Patrimônio histórico-cultural, Direito à memória, Direito e arte, Estado.Resumo
A obra audiovisual Bacurau é uma filmografia que representa um futuro utópico de uma comunidade no Nordeste brasileiro com interferências estrangeiras sobre sua formação. Na obra é retratado o posicionamento da comunidade sobre a preservação do seu patrimônio histórico, cultural e a manutenção de sua memória viva. Neste sentido buscou-se indagar qual a posição do Estado, principalmente a administração pública municipal, na preservação dessas temáticas sobre as pequenas comunidades com base na obra Bacurau. Assim tivemos como objetivos específicos as noções de patrimônio histórico-cultural com base na legislação, aplicados ao filme; em um segundo momentos analisamos a relação de direito e arte que os remetam ao assunto de direito à memória e sua manutenção pelas obras audiovisuais; e em um terceiro momento foi analisada a relação entre direito a memória, a obra artística de Bacurau e suas intersecções com o direito/dever de proteção do patrimônio histórico cultural pelo Estado e sua atuação na proteção das pequenas comunidades. A metodologia aplicada trata-se de pesquisa descritiva, abordagem qualitativa, pesquisa bibliográfica, documental e audiovisual e com método indutivo, por partir da ideia do filme para análise geral da atuação do Estado. Concluímos que a obra retrata a crítica da atuação Estatal sobre a proteção ao patrimônio histórico-cultural, onda as noções de preservação das pequenas comunidades e sua memória é pouco abordado ou ínfimas em políticas governamentais, deixando a cargo da própria comunidade a manutenção de seu meio ambiente cultural onde o Estado se faz ausente.
Referências
Agência, Brasil. (2019). Dossie da UFMG propõe tombamento do distrito de distrito destruído em mariana. Acesso em 15 de janeiro de 2020. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/dossie-da-ufmg-propoe-tombamento-de-distrito-destruido-em-mariana
Akaishi, A. G. (2011). Desafios do planejamento urbano-habitacional em pequenos municípios brasileiros. Risco Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (Online), (14), 41-50.
Albuquerque, N. B. M., & Messias, J. (2019). As relações entre os filmes Bacurau, sol alegria e o autoritarismo brasileiro. Das Amazônias, 2(1), 96-101.
Almeida, B. R. (2013). Culpa, ressentimento e memória: traços problemáticos de um pensar transicional da justiça. Revista da Faculdade de Direito, 34(2), 97-114.
Bruno, M. C. O. (2000). A importância dos processos museológicos para a preservação do patrimônio. Revista do Museu de Arqueología e Etnología. Suplemento, 3, 333-337.
Carvalho, A. C. (2011). Preservação do patrimônio histórico no Brasil: estratégias. Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio–PPG-PMUS Unirio| MAST-vol, 4(1-2011), 117.
Chemin, B. F. (2010). Manual da Univates para trabalhos acadêmicos. Lajeado: Univates.
Dantas, F. S. (2008). O direito fundamental à memória.
Huyssen, A. (2004). Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Aeroplano.
JELIN, E. (2000). De qué hablamos cuando hablamos de memoria. Los trabajos de la Memoria.
Khan, S. (2016). A pós-memória como coragem cívica: Palavra de ordem: resistir, resistir, resistir. Comunicação e Sociedade, 29, 353-364.
Martinez, R. D. O., & Olivo, L. C. C. (2015). Direito e Cinema: Repercussões no ensino jurídico.
Medeiros, M. C., & Surya, L. (2009). A Importância da educação patrimonial para a preservação do patrimônio.
Palma, A. P., de Assis, M. R., & Vilaça, M. M. (2019). Bacurau: uma metáfora do Brasil atual. Revista Práxis, 11(22).
Pereira, M. D. L. D., & Machado, L. A. V. (2008). As políticas públicas para a preservação do patrimônio. Revista Fórum Patrimônio, 9-40.
Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Seligmann-Silva, M. (1999). Globalização, tradução e memória. Cadernos de tradução, 1(4), 151-166.
Silva, L. S. (2019). Petrolândia velha: entrelaces da memória e fiações históricas. Seminário Interlinhas, 5(1), 185-93.
Sussekind, M. L., & Pavan, R. (2019). Outras metodologias e outras epistemologias: pesquisas com currículos a caminho de bacurau. Revista Teias, 20(59), 1-7.
Tomaz, P. C. (2010). A preservação do patrimônio cultural e sua trajetória no Brasil. Revista de história e estudos culturais, 7(2), 1-12.
Warat, L. A. (1982). Saber crítico e senso comum teórico dos juristas. Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, 3(05), 48-57.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Danilo Henrique de Sousa Melo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
