Cultura do estupro: o machismo manifesto nas paradas musicais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4097

Palavras-chave:

Machismo, Estupro, Música.

Resumo

Este artigo tem como objetivo tratar da cultura do estupro que se manifesta nas paradas musicais no Brasil; com isso, foi feito a conceituação do machismo, logo em seguida a contextualização das músicas de forma geral e, por fim, analisou-se as manifestações do machismo nas músicas brasileiras. A referida pesquisa foi realizada por meio de leituras e análises de músicas, como também de videoclipes referentes à temática estudada, partindo do pressuposto teórico sobre Análise do Discurso Crítica (ADC) amparados por Silva Júnior (2017). Assim, utilizou-se da pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, por possibilitar, com base em Minayo (2008) uma melhor interpretação e reflexão dos fatos estudados. Ao concluir, os resultados mostraram que as músicas trazem as marcas de um país que até hoje vive asmarcas do patriarcado que trás em seu seio a cultura machista e estabelece a prática de estupro como algo natural, já que pode ser exibida ao público com aceitação da maioria por meio das paradas musicais.

Biografia do Autor

  • Francisca Kananda Lustosa dos Santos, Universidade Federal do Piauí
    Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Piauí, da Linha de Cultura, Identidade e Processos Sociais. Possui graduação em Serviço Social pelo Centro Universitário Santo Agostinho (2018). Participou do programa de monitoria junto a disciplina de pesquisa social I no ano de 2017. Participou da gestão "Remando contra a corrente" do Centro acadêmico de Serviço Social.
  • Brenna Galtierrez Fortes Pessoa, Universidade Federal do Piauí
    Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Piauí (UFPI) -1°/2020.É Graduada no curso de bacharelado em Serviço Social pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO -UNIFSA (2018); participou da gestão do CENTRO ACADÊMICO DE SERVIÇO SOCIAL - CASS 2017-2018; participou como monitora da disciplina de Política social I, no 2° semestre de 2017; integrante e organizadora do PROJETO DE EXTENSÃO - UM OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE: discutindo Corpo, Sexo e Gênero no Espaço Universitário no Centro Universitário Santo Agostinho. Foi membro efetivo do GRUPO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINAR EM POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE - GEIPPS da Universidade Estadual do Piauí- UESPI.
  • Rodrigo Aragão da Silva, Universidade Federal do Piauí
    Enfermeiro. Mestre em Saúde da Família pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família (Mestrado Profissional) da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (RENASF).
  • Luara Dias Silva, Universidade Federal do Piauí
    Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção, Empresa de Gestão de Recursos do Piauí, Faculdade Evangélica do Piauí, Faculdade Santo Agostinho, Universidade Federal do Piauí
  • Naína Jéssica carvalho Araújo, Universidade Federal do Piauí
    Advogada, especialista em Direito Penal e Processo Penal (CESVALE). Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFPI (2020-2022). ORCID ID sob o nº 0000-0002-5510-956X.
  • Liana Maria Ibiapina do Monte, professora curso de serviço social da Faculdade do Piauí, AESPI/FAPI.
    Possui graduação em Bacharelado em Serviço Social pela Faculdade Adelmar Rosado (2005), mestrado em Interinstitucional em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (2011) e doutorado em Ciências da Educação - Universidad Internacional Tres Fronteras (2018). Atuou como professora mestre do Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão, bem como coordenadora do curso de bacharelado em serviço social do Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão até 2019. Atualmente é professora curso de serviço social da Faculdade do Piauí, AESPI/FAPI. Atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social, saúde, práticas profissionais, gravidez na adolescência, saúde mental e gestão em políticas públicas. Possui habilidades em projetos sociais e de gestão na área da saúde e sociojurídica.
  • Elaine Ferreira do Nascimento, pesquisadora na Fundação Oswaldo Cruz
    Pesquisadora e Coordenadora Adjunta da Fiocruz Piauí. Possui Graduação em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (1997), Mestrado em Ciências pelo Instituto Fernandes Figueira/ Fundação Oswaldo Cruz (2002) e Doutorado em Ciências pelo Instituto Fernandes Figueira /Fundação Oswaldo Cruz (2007). Tem experiência em pesquisa na área de Saúde Pública, com ênfase em Ciências Sociais Aplicadas, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, sexualidade masculina, serviço social, juventude, políticas públicas, questão racial, mortalidade materno-infantil, política de saúde, doenças negligenciadas, saúde e violência da população LGBT+, determinantes sociais de saúde.  

Referências

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Publicado

2020-05-17

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais

Como Citar

Cultura do estupro: o machismo manifesto nas paradas musicais. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e370974097, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4097. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/4097. Acesso em: 5 dez. 2025.