Perfil epidemiológico dos óbitos por gravidez ectópica no Brasil entre 2000 e 2023
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48537Palavras-chave:
Gravidez Ectópica, Monitoramento Epidemiológico, Mortalidade Materna.Resumo
Introdução: A gravidez ectópica (GE) ocorre quando o blastocisto se implanta fora do útero, podendo afetar diversas regiões. Devido à dificuldade de identificação precoce, o diagnóstico costuma ser tardio, elevando o risco materno e a mortalidade no primeiro trimestre. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por gravidez ectópica no Brasil entre 2000 e 2023. Metodologia: Estudo ecológico, de séries temporais e abordagem quantitativa, baseado em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram analisados os 26 estados e o Distrito Federal, considerando óbitos maternos registrados sob a CID-10 O00. Utilizou-se estatística descritiva e não houve necessidade de aprovação ética, conforme a Resolução CNS nº 674/2022 e diretrizes STROBE. Resultados: As notificações variaram ao longo dos anos, com picos em 2014 e 2022, seguidos de declínio. Cerca de 62,9% dos óbitos ocorreram “durante a gravidez, parto ou aborto” (570 casos), e 81,91% foram em hospitais (743 casos). A faixa etária predominante foi de 20 a 29 anos (41,12% – 373 casos), com maior incidência entre mulheres pardas (55,02% – 499 casos). Quanto à escolaridade, 31,10% tinham entre 8 e 11 anos de estudo, e 62,41% eram solteiras. Conclusão: Entre 2000 e 2023, os óbitos maternos por GE no Brasil ocorreram majoritariamente em mulheres em idade reprodutiva, pardas e com ensino médio ou superior incompleto. As mortes aconteceram em diferentes fases da gestação, principalmente em ambiente hospitalar, e foram, em sua maioria, investigadas com ficha síntese.
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