Avaliação do manchamento de amostras de resina composta fotopolimerizável com diferentes superfícies expostas a enxaguatórios bucais com e sem álcool. Estudo in vitro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49453

Palavras-chave:

Estética, Resinas compostas, Antissépticos bucais.

Resumo

O presente estudo foi proposto para caracterizar se há manchamento de amostras de resina composta com diferentes tratamentos de superfície após o uso de enxaguatórios bucais com e sem álcool por um período determinado. Cem corpos de prova em resina composta fotopolimerizável, cor EB1, com característica de superfície sem tratamento de um lado da amostra, e polido do outro, distribuídos em 10 grupos (G): G1- café, G2- água destilada, G3-digluconato de clorexidina a 0,12% com álcool, G4-digluconato de clorexidina a 0,12% sem álcool, G5-Cloreto de Cetilperidíneo com álcool, G6-Cloreto de Cetilperidíneo sem álcool, G7- Óleos essenciais com álcool, G8- Óleos essenciais sem álcool, G9-Dióxido de Cloro estabilizado a 0,02%, G10-digluconato de clorexidina a 0,06% com álcool. Em cada grupo, 10 amostras permaneceram imersas nos produtos por tempo de uso mimetizando 1 ano. Três examinadores calibrados cegos atribuíram escores para caracterizarem seu manchamento. Teste Kruskal-Wallis com nível de significância a 5%, complementado pelo teste Student-Newman-Keuls caracterizaram que o manchamento ocorreu, influenciado pelo enxaguatório bucal e polimento da superfície. G1, G3 e G7 apresentaram maiores escores de manchamento (p<0,01) independente da superfície estar polida, ou não.  Dentro dos limites deste estudo, pode-se afirmar que o cirurgião dentista deve estar atento à indicação de enxaguatórios bucais para seus pacientes, pois, na presença de restaurações estéticas de resina composta fotopolimerizável, todos promoveram alteração de cor, sendo que óleos essenciais e clorexidina a 0,12% associados ao álcool foram relacionados com maior manchamento tanto em superfície polida, como não polida.

Referências

Alshehri, A., Binalrimal, S., Alrumi, L., Alhabeeb, Y. Y., Murshid, L. E., Alhalabi, F., Alqahtani, A. A. & Mustafa, M. (2025). Comparison of color stability between single-shade and conventional composite resins following immersion in staining solutions of coffee, cola, and distilled water. Medical science monito: International Medical Journal of Experimental and Clinical Research, 31, e946784. https://doi.org/10.12659/MSM.946784

Aragão, G.S., Falcão, R.M., Durães, Í. & Bezerra RB. (2016). Influência dos enxaguatórios bucais na rugosidade superficial de uma resina composta. Journal of Dentistry & Public Health (inactive Archive Only), 7(4). https://doi.org/10.17267/2596-3368dentistry.v7i4.936

Araújo, D.B., Campos, E.J., Martins, G.B., Araújo, M.T.B., Assis, M.S., Santos, T.S. & Costa, Y.K.S. (2015). Estudo dos enxaguatórios bucais disponíveis nas drogarias, farmácias e supermercados na cidade do Salvador, BA. Journal of Dentistry & Public Health (inactive Archive Only), 6(1). https://doi.org/10.17267/2596-3368dentistry.v6i1.656

Avalos, R.A., Medina-Sánchez, R., Castro-Ramirez, L., Ladera-Castañeda, M., Cervantes-Ganoza, L., Martínez-Campos, R. et al. (2023). In vitro color stability evaluation of three polished and unpolished nanohybrid resin composites immersed in a 0.12% chlorhexidine-based mouthwash at different times. Polymers. 15: 1339. doi: 10.3390/polym15061339.

Batista, A.D., Souza, V.T.P., Braga, L.F., Santos, F.R.C., Martins, M.A.S., Rodrigues, L.S. et al. (2023). Avaliação da rugosidade superficial de uma resina composta unicromática. Revistaft. 27(121). doi: 10.5281/zenodo.7829306

Brookes, Z., Teoh, L., Cieplik, F. & Kumar, P. (2023). Mouthwash effects on the oral microbiome: Are They good, bad, or balanced? International Dental Journal.73: s74− s81. doi: 10.1016/j.identj.2023.08.010

Cengiz, S., Yüzbas, E., Lu, I., Cengiz, M.I., Velioglu, N. & Sevimli, G. (2015). Color stability and surface roughness of a laboratory-processed composite resin as a function of mouthrinse. Journal of Esthetic and Restorative Dentistry. 27(5): 314–321. doi: 10.1111/jerd.12167

Dias, L.M., Araújo, D.B. & Araujo, M.T.B. (2013). Análise dos enxaguatórios e dentifrícios comercializados na Cidade do Salvador, Bahia. Rev Ciênc Méd Biol. 12(3): 344-349. doi: 10.9771/cmbio.v12i3.9094

Festuccia, M.S.C.C., Garcia, L.F.R., Cruvinel, D.R. & Souza, F.C.P.P. (2012). Color stability, surface roughness and microhardness of composites submitted to mouthrinsing action. J Appl Oral Sci. 20(2): 200-5. doi: 10.1590/s1678-77572012000200013

Fim, M.D., Zanoni, P.A., Silva, D.N. & Castro, M.C.C. (2020). Efeito da clorexidina com sistema antidescolorante associada a café na estabilidade da cor de uma resina composta nanoparticulada. RSBO. 17(2):122-9. doi: https://doi.org/10.21726/rsbo.v17i2.36

Gadonski, A.P., Feiber, M., Almeida, L., Naufel, F.S. & Schmitt, V.L. (2018). Avaliação do efeito cromático em resinas compostas nanoparticuladas submetidas a solução café. Rev Odontol UNESP. 47(3): 137-142. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1807-2577.04318

Gonçalves, E.M., Portela Filho, E.P., Aragão, P.R.C., Segundo, T.C.P. & Lima, D.L.F. (2010). Grau de conhecimento dos cirurgiões-dentistas na prescrição de colutórios e dentifrícios. R. Periodontia. 20(4): 51-55.

Hamdy, T.M., Abdelnabi, A., Othman, M.S., Bayoumi, R.E., & Abdelraouf, R.M. (2023). Effect of different mouthwashes on the surface microhardness and color stability of dental nanohybrid resin composite. Polymers. 15: 815. doi: 10.3390/polym15040815

Laky, M., Brandl, S., Arslan, M., Boryshchuk, D., Cześnikiewicz-Guzik, M., Rausch-Fan, X., Moritz, A. & Laky, B. (2025). Color stability of frequently used aesthetic restorative materials following in vitro exposure to chlorhexidine- and octenidine-based mouthrinses. BMC Oral Health. 25:450. doi: 10.1186/s12903-025-05811-y

Leite, R.B., Lins, R.D.A.U., Barbosa, D.N., Morais, E.F. & Ramalho, O.C.S. (2018). Efeito de diferentes colutórios sobre a microdureza de resinas compostas fotopolimerizáveis. Rev Odontol UNESP. 47(3): 125-130. doi: https://doi.org/10.1590/1807-2577.07117

Mallmann, A., Barros, G.S., Cavalcanti, N.A., Marchi, G.M., Jacques, L.B. & Mathias, P. (2009). Influência de colutórios bucais na dureza de resinas compostas. RFO. 14(1): 32-36.

Nahsan, F.P.S., Ueda, J.K., Silva, J.O., Schmitt, V.L., Naufel, F.S., Formighieri, L.A. & Baseggio, W. (2009). Estabilidade de cor de resina composta após imersão em café, água e solução de clorexidina. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde. 11(2): 13-17.

Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM

Pereira, R. & Phad, S.G. (2017). Comparative evaluation of 0.2% chlorhexidine mouth rinse with and without an antidiscoloration system: a clinical study. Journal of Contemporary Dentistry. 7(1): 53-56. doi: 10.5005/jp-journals-10031-1185

Port, E.Z., Zimmer, R., Reston, E.G. & Arossi, G.A. (2024). Avaliação de manchamento de uma resina composta nanohíbrida após acabamento e polimento por diferentes discos de lixa. Rev Odontol Bras Central. 33(92): 1-14. doi: 10.36065/robrac.v33i92.1599

Sampaio, G.A.M., Peixoto, L.R., Neves, G.V. & Barbosa, D.N. (2021). Effect of mouthwashes on color stability of composite resins: a systematic review. J Prosthet Dent. 126(3): 386-392. doi: 10.1016/j.prosdent.2020.08.001

Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental da tecnologia. (2.ed). Editora Érica.

Silva Neto, J.M.A., Silva, L.E.E., Souza, C.C.B., Pereira, N.E.C. & Mendonça, I.C.G. (2021). Utilização de resinas compostas em dentes anteriores. REAS. 13(2). doi: https://doi.org/10.25248/REAS.e6583.2021

Veras, B.M.L., Menezes, G.P.S., Gomes Filho, V.V. & Silva, C.H.V. (2015). Comportamento clínico de resinas compostas em dentes posteriores. Revisão sistematizada da literatura. Odontol. Clín.-Cient. 14(3): 689 – 694.

Vieira, S. (2021). Introdução à bioestatística. Editora GEN/Guanabara Koogan.

Downloads

Publicado

2025-09-01

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Avaliação do manchamento de amostras de resina composta fotopolimerizável com diferentes superfícies expostas a enxaguatórios bucais com e sem álcool. Estudo in vitro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 9, p. e0214949453, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i9.49453. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/49453. Acesso em: 16 dez. 2025.