Contaminação de protetores de cerdas de escovas dentais comercializados e uso de agentes para sua desinfecção. Estudo in vitro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49523Palavras-chave:
Clorexidina, Descontaminação, Produtos para higiene dental e bucal, Radiação ultravioleta.Resumo
O presente estudo foi proposto para caracterizar se Protetores de Cerdas de Escova Dental (PCED) adquiridos comercialmente sem uso apresentavam contaminação e a eficácia de diferentes agentes químicos e físicos para sua desinfecção. Swab estéril foi passado em ambos os lados da parte interna de 14 PCED, e foram depositados em tubos de ensaio com caldo nutriente estéril, e deixados por 48 horas em estufa a 37ºC. Semeou-se placas de Petri em triplicata, e caracterizou-se sua contaminação pela atribuição de escores pelo número de unidades formadoras de colônia presentes. Dividiu-se PCED em grupos para sua desinfecção (G) durante 1 minuto, esfregou-se com swab estéril contendo: G1 –Soro fisiológico; G2 - Digluconato de clorexidina a 0,12% sem álcool e G3 – aplicação da radiação UV-C. Aplicou-se mesma metodologia microbiológica para caracterizar desinfecção dos PCED. Os testes estatísticos ANOVA auxiliado pelo teste T e teste T foram aplicados para análise das amostras relacionadas, ambos com significância de 5%. Houve contaminação em 35,7% dos PCED. G2 e G3 mostraram-se eficazes na redução da contaminação dos PCED (p<0,05). Em G2, contaminação foi eliminada por completo. Dentro dos limites deste estudo pode-se afirmar que cirurgiões-dentistas devem orientar seus pacientes para desinfectar PCED antes do seu uso, e na metodologia empregada, o tratamento para sua desinfecção que demonstrou ser mais eficaz foi o uso de digluconato de clorexidina a 0,12% sem álcool.
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