Análise do conhecimento sobre as arboviroses e medidas de prevenção na população residente em Belém e Ananindeua, Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49548Palavras-chave:
Arboviroses, Saneamento Básico, Saúde Pública, Amazônia, Epidemiologia.Resumo
O saneamento é essencial para a melhoria da qualidade de vida e para o desenvolvimento sustentável das populações, sendo o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário fundamental para a saúde e bem-estar das pessoas. As mudanças climáticas têm intensificado problemas de saúde, incluindo o aumento de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika, chikungunya, febre amarela, malária e leishmaniose, além de agravar problemas respiratórios e cardiovasculares relacionados ao calor extremo e à poluição. Esse cenário é especialmente relevante na Amazônia, região caracterizada por clima quente e úmido, solos volúveis e presença de comunidades com diferentes modos de vida, exigindo soluções integradas em saneamento, mobilidade, urbanização e promoção da saúde. O estudo objetivou investigar o perfil sociodemográfico de 960 participantes, hábitos e estratégias de prevenção da população, com foco na dengue. Os resultados revelaram que, apesar do conhecimento elevado sobre a doença e seus sintomas, há lacunas na adoção de medidas preventivas. A vulnerabilidade social, a deficiência no saneamento básico e os fatores ambientais contribuem para a manutenção de criadouros do mosquito, reforçando a necessidade de educação em saúde e participação comunitária. Conclui-se que ações educativas, campanhas preventivas e estratégias de mobilização social são fundamentais para reduzir a incidência de arboviroses, fortalecer o protagonismo da população e promover práticas que protejam a saúde coletiva na Região Metropolitana de Belém e Ananindeua.
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