Tratamento medicamentoso de infecção do trato urinário em gestantes
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49612Palavras-chave:
Infecções do trato urinário, Gestantes, Antibacterianos.Resumo
O sistema urinário é complexo e quando ocorre a entrada de bactérias nestes órgãos pode desenvolver as infecções do trato urinário (ITU), que atingem indivíduos de ambos os sexos de todas as faixas etárias. A infecção urinária é uma das doenças mais comuns, sendo uma condição frequentemente diagnosticada e tratada nas unidades de saúde. Assim, o objetivo do estudo foi identificar quais os medicamentos mais usados na incontinência do trato urinário em gestantes. A pesquisa foi delineada como um estudo qualitativo, de caráter exploratório e descritivo-explicativo, e foi conduzida por meio de uma revisão bibliográfica integrativa. A coleta de dados foi realizada por meio de buscas sistemáticas nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Lilacs, utilizando-se os descritores “Incontinência Urinária”, “Gestantes” e “Antibacterianos”, em português e em inglês, conforme a terminologia padronizada pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e pelo Medical Subject Headings (MeSH). Os resultados mostraram que a E. coli é o agente mais prevalente nas infecções do trato urinário durante a gestação, sendo as cefalosporinas, amoxicilina, amoxicilina-clavulânico, nitrofurantoína, fosfomicina, trimetoprima-sulfametoxazol, gentamicina, piperacilina-tazobactam e ciprofloxacino os antibióticos mais empregados. Observou-se que, embora alguns medicamentos tradicionais apresentem resistência, alternativas como nitrofurantoína, gentamicina e ertapenem mantêm alta eficácia frente a patógenos recorrentes. Em conclusão, dados indicam a importância de decisões terapêuticas baseadas em testes de sensibilidade atualizados, considerando segurança materno-fetal e eficácia clínica, a fim de prevenir falhas no tratamento e reduzir a emergência de resistência antimicrobiana.
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