Efeitos da pandemia na produção de aço brasileira: Análise da competitividade da produção nacional em relação a China
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49627Palavras-chave:
Competitividade, Pandemia, Siderurgia.Resumo
A indústria siderúrgica global enfrentou desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19, impactando a produção e demanda de aço. No Brasil, houve uma retração significativa na produção e aumento da capacidade ociosa, enquanto a China conseguiu aumentar sua produção em 2020. Este estudo visa analisar os impactos da pandemia na produção de aço brasileira e sua competitividade em relação à China. A metodologia envolve uma revisão narrativa da literatura e análise de dados secundários, incluindo relatórios de produção e consumo de aço, além de publicações acadêmicas e governamentais. A análise mostrou que, durante a pandemia, a produção de aço no Brasil diminuiu significativamente, enquanto a China recuperou-se rapidamente devido a políticas governamentais de estímulo. A indústria siderúrgica brasileira enfrentou altos custos de produção e a necessidade de modernização tecnológica, além de desafios logísticos e políticos. Em contraste, a China beneficiou-se de um mercado interno robusto e de políticas eficazes que sustentaram a demanda por aço. A discussão enfatiza a necessidade de o Brasil adotar novas estratégias para melhorar sua competitividade, incluindo investimentos em tecnologia, eficiência energética e métodos de produção sustentáveis. Além disso, é fundamental expandir para mercados externos e desenvolver políticas de apoio, como incentivos fiscais e melhorias na infraestrutura logística. Em conclusão, a pandemia revelou a importância da resiliência e da adaptação. Para o Brasil, reformular práticas e investir em novas tecnologias será essencial para garantir a sustentabilidade e crescimento da indústria siderúrgica no cenário pós-pandêmico.
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