Estudo de tendências de internações e mortalidades cirúrgicas no recorte temporal 2010-2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49634Palavras-chave:
Procedimentos Cirúrgicos Operatórios, Hospitalização, Registros de Mortalidade, Sistema de Saúde, Brasil.Resumo
Objetivo: analisar a tendência de internações para a realização de procedimentos cirúrgicos e de mortalidade cirúrgica no Brasil no período de 2010 a 2019. Método: Foi estabelecido um coeficiente de procedimentos ditos cirúrgicos para cada região do país, a partir de informações obtidas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, no campo conhecido como (TABNET), buscando sobre a Assistência à Saúde e Produção Hospitalar. Resultados: Com base nos dados das internações cirúrgicas no período estudado, 44.306.321 procedimentos cirúrgicos foram realizados no setor público do país, o que corresponde à média de 4.430.632 cirurgias. Sendo assim,foram constatadas: 2,70 cirurgias por 100 habitantes/ano na Região Sul; 2,17 cirurgias por 100 habitantes/ano na Região Centro-Oeste; 2,11 cirurgias por 100 habitantes/ano na Região Sudeste; 2,08 cirurgias por 100 habitantes/ano na Região Nordeste; 1,93 cirurgias por 100 habitantes/ano na Região Norte. Com relação àtaxa de mortalidade cirúrgica no país,foi de 1,64%, ocorrendo diferenças entre regiões, sendo a maior taxa na Região Sul (2%), seguida da Região Sudeste (1,8%), Centro-Oeste (1,50%), Nordeste (1,33%), e a menor taxa na Região Norte (1,15%). Nas tendências de mortalidade cirúrgica, o Nordeste e o Sul tiveram tendências variáveis a mesma situação do Brasil em geral. Conclusão: O Brasil apresenta volume cirúrgico abaixo do preconizado pela meta internacional, portanto, acredita-se que o país vai de encontro aos direitos fundamentais do Sistema Único de Saúde.
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