Perfil dos pacientes com diagnóstico de Lesão Renal Aguda que iniciaram diálise em Unidade de Terapia Intensiva em um hospital do interior paulista
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49684Palavras-chave:
Injúria Renal Aguda, Unidades de Terapia Intensiva, Diagnóstico Precoce, Diálise.Resumo
A lesão renal aguda (LRA) configura-se como uma síndrome comum e grave entre pacientes criticamente enfermos. Pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI) apresentam risco particularmente elevado de desenvolver LRA, devido à combinação de múltiplos fatores de risco: comorbidades prévias (como hipertensão, doença renal crônica, insuficiência hepática), uso de drogas nefrotóxicas, contraste iodado, hipóxia, sepse, instabilidade hemodinâmica, e suporte invasivo (ventilação mecânica, uso de vasopressores). O objetivo deste artigo, é através de um estudo observacional descritivo, relatar o perfil epidemiológico dos pacientes que iniciaram terapia renal substitutiva em Unidade de Terapia Intensiva em um hospital do noroeste paulista, salientando a importância de diagnóstico precoce e tratamento das causas reversíveis, visando reduzir possíveis complicações futuras. Realizou-se um estudo observacional descritivo, numa pesquisa documental de fonte direta em prontuários e, de natureza quantitativa. Neste estudo a LRA foi frequente em UTI e foram identificados como fatores de risco para o seu desenvolvimento a idade superior a 45 anos, sendo mais evidente entre os maiores de 70 anos, a creatinina de internação superior a 2,0 mg dL, a associação principalmente com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2. Dessa forma, é fundamental que desde a internação de todos os pacientes, mas principalmente no cenário de terapia intensiva, que seja analisado os fatores associados ao desenvolvimento de LRA, para prevenção e manejo adequado, visando evitar complicações desfavoráveis.
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