Explorando os efeitos da Lisdexanfetamina (Venvanse) em estudantes: Perspectivas sobre Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) e complicações associadas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49686Palavras-chave:
Dimesilato de Lisdexanfetamina, TDAH, Transtorno da Compulsão Alimentar, Uso Indevido de Medicamentos sob Prescrição, Estudantes.Resumo
O dimesilato de lisdexanfetamina (LDX) é uma pró-droga amplamente utilizada no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). Apesar de sua eficácia terapêutica, preocupações relacionadas ao uso inadequado, efeitos adversos e interações com outras condições psiquiátricas têm sido crescentes, especialmente entre estudantes. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática sobre os benefícios, mecanismos de ação, complicações e padrões de uso não médico da LDX, com foco em populações estudantis, visando orientar práticas prescritivas mais seguras. Seguindo as diretrizes PRISMA, foram consultadas bases como PubMed, SciELO e Medline, utilizando estratégias de busca com operadores booleanos e palavras-chave relacionadas à LDX, TDAH, TCAP e abuso. Foram incluídos estudos clínicos, revisões sistemáticas e relatos de caso publicados entre 2019 e 2024, excluindo teses e dados não publicados. A LDX demonstrou eficácia significativa na redução de episódios de compulsão alimentar (até 64%) e sintomas de TDAH (melhora de 40% nas escalas de avaliação). No entanto, identificou-se alto risco de uso não médico entre estudantes (7,8% em universidades norte-americanas), associado a complicações cardiovasculares, overdose e interações perigosas com antidepressivos. Seu mecanismo de ação envolve modulação dopaminérgica e noradrenérgica, com perfil de segurança superior ao de anfetaminas tradicionais, mas ainda sujeito a efeitos adversos como hipertensão, taquicardia e insônia. A lisdexanfetamina é uma opção terapêutica eficaz para TDAH e TCAP, porém seu uso requer monitoramento rigoroso, educação do paciente e regulamentação mais efetiva para mitigar riscos de abuso e complicações, especialmente em contextos académicos.
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