Mortalidade por afogamento e intervenção de resgates em Santa Catarina: Uma análise descritiva sobre o perfil do afogado
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49738Palavras-chave:
Afogamento, Salvamento Aquático, Morte, Prevenção de Acidente, Sistemas de Informação em Saúde.Resumo
Objetivo: O estudo teve como objetivo investigar o perfil das vítimas de afogamento no estado de Santa Catarina e o perfil das mortes pela mesma causa, visando mapear áreas com maior incidência e orientar ações preventivas. Método: Utilizou-se uma metodologia quantitativa transversal, analisando dados secundários de 39.247 resgates e 1.679 óbitos entre 2015 e 2023, obtidos do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Resultados: Os resultados indicaram que 93,4% dos resgates ocorreram em cidades litorâneas, com destaque para Florianópolis, Balneário Camboriú e Bombinhas. A faixa etária mais afetada foi de 20 a 39 anos, com predominância de vítimas masculinas, de cor branca e solteiras. Embora o número de resgates tenha aumentado, houve uma redução de 21,56% na taxa de mortalidade ao longo do período. Conclusão: Destaca-se a necessidade de intensificar as políticas preventivas, especialmente voltadas a grupos de maior risco, como homens jovens, e de fomentar campanhas de conscientização pública sobre segurança aquática. A eficácia das operações de resgate foi comprovada, mas o aumento dos incidentes reflete a persistência de comportamentos de risco, evidenciando que a prevenção é essencial para minimizar os casos de afogamento e seus impactos socioeconômicos no estado.
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