Análise do perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no município de Maceió

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49862

Palavras-chave:

Sífilis gestacional, Políticas de saúde pública, Epidemiologia, Pré-natal.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no município de Maceió, no período de 2020 a 2024. Trata-se de uma pesquisa descritiva, baseada em dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os resultados apontaram um aumento progressivo dos casos entre 2020 e 2023, com um pico em 2023, seguido de discreta redução em 2024. Esse comportamento pode estar relacionado à ampliação das ações de testagem e notificação, bem como à implementação de políticas públicas voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce. Observou-se maior prevalência entre gestantes de cor parda residentes em áreas urbanas, o que reflete desigualdades sociais e raciais no acesso aos serviços de saúde. A baixa ocorrência entre gestantes indígenas e amarelas possivelmente decorre da subnotificação e de barreiras no acesso ao pré-natal. Destaca-se ainda a expressiva proporção de registros com informações incompletas, indicando fragilidades no sistema de vigilância epidemiológica. Conclui-se que o enfrentamento da sífilis em gestantes requer o fortalecimento das ações de testagem, tratamento e notificação, além da ampliação do acesso à atenção pré-natal de qualidade, visando reduzir a transmissão vertical e os impactos na saúde materno-infantil.

Referências

Araújo, L. S. S. R. et al. (2025). Evidências de submotificação e diagnóstico tardio da sífilis em gestantes no Brasil (2016-2023). Asclepius International Journal of Scientific Health Science. 4(8), 175-88.

Desjardins, A. A. et al. (2025). Syphilis in Pregnancy: A Practical Guide for Prenatal Care Providers. International Journal of Gynaecology and Obstetrics. https://doi.org/10.1002/ijgo.70511.

Gonçalves, S. G. R. et al. (2025). Perfil epidemiológico de casos confirmados de sífilis em gestantes no brasil entre 2019 a 2023. Revista Foco.18(5), 1-12.

Gonçalves, A. L. S. et al. (2022). Fatores relacionados a alta incidência da sífilis em gestantes no Brasil: uma revisão integrativa. Research, Society and Development. 11(5), 1–10. e2011527862. Doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27862.

Kimball, A. et al. (2020). Missed Opportunities for Prevention of Congenital Syphilis — United States, 2018. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 69(22), 661–5.

Lara, L. L. P. et al. (2022). Análise do perfil epidemiológico da sífilis em gestantes utilizando sistemas de informação em saúde do DATASUS. Braz j infect dis. 26(s1), 101736.

Pavinati, G. et al. (2025). Análise temporal dos indicadores da sífilis gestacional e congênita no Brasil: rumo à eliminação da transmissão vertical até 2030?. Rev Bras Epidemiol. 28, e250028.

Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.

Ramos Jr., A. N. (2022). Persistência da sífilis como desafio para a saúde pública no Brasil: o caminho é fortalecer o SUS, em defesa da democracia e da vida. Cad. Saúde Pública. 38(5).

Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia. Editora Érica.

Silva, K. S. et al. (2021). Tendência temporal e caracterização dos casos de sífilis gestacional no estado de Alagoas, Brasil. PUBVET. 15(8), 1-6.

Silva, E. N. A., Silva, A. N. & Freitas, R. C. M. V. (2024). Desigualdades na caracterização da sífilis gestacional e congênita em Alagoas. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, Brasil. 7(14), e141134.

Silverstein, M. et al. (2025). Screening for Syphilis Infection During Pregnancy: US Preventive Services Task Force Reaffirmation Recommendation Statement. JAMA. 333(22), 2006–12.

Souza, C. R. O., Miranda, A. P. M. & Cantalice, A. C. (2022). Desafios para o controle da sífilis Congênita no Brasil. Revista Cereus. 14(2).

Stafford, I. A., Workowski, K. A. & Bachmann, L. H. (2024). Syphilis Complicating Pregnancy and Congenital Syphilis. The New England Journal of Medicine. 390(3), 242–53.

Uku, A. et al. (2021). Syphilis in Pregnancy: The Impact of 'The Great Imitator'. European Journal of Obstetrics, Gynecology, and Reproductive Biology. 259, 207–10.

Vasconcelos, L. A. et al. (2020). Sífilis Congênita: Análise Epidemiológica no Estado do Amapá, 2016 a 2018. Research, Society and Development. 9(7), e107973989.

Downloads

Publicado

2025-10-26

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Análise do perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no município de Maceió. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 10, p. e156141049862, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i10.49862. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/49862. Acesso em: 9 dez. 2025.