Os benefícios terapêuticos do uso de plantas medicinais no tratamento da Candidíase: Uma análise da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i12.49870Palavras-chave:
Plantas Medicinais, Enfermagem, Candidíase, Benefícios das Plantas, Saúde da Mulher.Resumo
Introdução: A candidíase vaginal é uma infecção comum causada pelo fungo Candida albicans, que afeta muitas mulheres, principalmente em idade reprodutiva. Apesar da eficácia dos tratamentos convencionais, o uso prolongado pode gerar efeitos colaterais e resistência do fungo. Assim, cresce o interesse pelo uso de plantas medicinais, que possuem compostos naturais com ação antifúngica e podem representar alternativa segura e acessível. Objetivo: Analisar os benefícios terapêuticos das plantas medicinais no tratamento da candidíase vulvovaginal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foram selecionados artigos disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), contemplando as bases MEDLINE, LILACS e BDENF. Utilizaram-se os descritores: “Plantas Medicinais”, “Enfermagem”, “Candidíase”, “Benefícios das Plantas” e “Saúde da Mulher”. A questão norteadora foi: “Quais as contribuições do uso das plantas medicinais no tratamento de mulheres em idade reprodutiva contaminadas com Candida albicans?”. Resultados: Cinco estudos analisados apontam o potencial terapêutico das plantas medicinais no combate à Candida albicans. Observou-se redução dos sintomas da candidíase vaginal, sugerindo que esses recursos naturais podem atuar como tratamento complementar eficaz. Conclusão: As plantas medicinais apresentam relevante potencial no tratamento da candidíase vulvovaginal, sobretudo diante da busca por opções naturais e acessíveis em comparação aos antifúngicos convencionais. Espécies como gengibre, melaleuca e alho demonstraram efetividade, auxiliando tanto no alívio dos sintomas quanto na redução das reincidências. Assim, a fitoterapia se destaca como prática complementar no cuidado da saúde da mulher, valorizando o conhecimento tradicional aliado à fundamentação científica para uma abordagem mais humanizada e eficiente.
Referências
Alajlani, M. (2023). Antifungal activity of plant-derived compounds against Candida albicans: mechanisms and therapeutic potential. Journal of Herbal Medicine, 42, 100591. https://doi.org/10.1016/j.hermed.2023.100591.
Alves, K. Q. de, Carvalho, T. M. C., Silva, C. K. S. da, & Bezerra, B. T. (2022). Aspectos gerais da candidíase vulvovaginal: uma revisão de literatura. Saúde & Ciência em Ação, 8(1), 1–14. http://revistas.unifan.edu.br/index.php/RevistaICS/article/download/970/646.
Bonfim, F. S. (2018). Avaliação do potencial antifúngico de extratos de plantas medicinais frente a isolados clínicos de Candida [Tese de Doutorado, Universidade Federal de Pernambuco]. Repositório Institucional da UFPE. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/377.
Brasil. Ministério da Saúde. (2006). Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_plantas_medicinais_fitoterapicos.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. (2024). Plantas medicinais e fitoterápicos.
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/plantas-medicinais-e-fitoterapicos/ppnpmf.
Brito, D. I. V., Silva, I. A., & Araújo, A. L. V. (2015). Análise fitoquímica e atividade antifúngica do óleo essencial de folhas de Lippia sidoides Cham. e do timol contra cepas de Candida spp. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 17(1), 36–43. https://doi.org/10.1590/1983-084X/14_122.
Cesar, K. K. F. A., Silva, M. C. da, Santos, P. A. B. dos, Mota, K. P. C. da, & Medeiros, A. S. da S. (2021). Ação antifúngica de extratos e frações de Annona muricata L. sobre Candida spp. Research, Society and Development, 10(12), e59101218779. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.18779.
Espino, M., Sadowska, S., & Pato, P. (2019). Natural deep eutectic solvents: green solvents for the extraction of bioactive compounds from medicinal plants and fungi. Current Opinion in Green and Sustainable Chemistry, 20, 1–7. https://doi.org/10.1016/j.cogsc.2019.100297.
Esmaeili, S., Saleh, M., & Abu-Dieyeh, M. (2025). Toxicological evaluation of medicinal plant extracts used against Candida albicans: a systematic review. Toxicology Reports, 12, 1–12. https://doi.org/10.1016/j.toxrep.2025.100012.
Freire, M. D. O., De Souza, G. C., & Rodrigues, R. M. (2016). Eficácia do óleo essencial de Melaleuca alternifolia no tratamento da candidíase vulvovaginal: ensaio clínico randomizado. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 38(9), 417–423. https://doi.org/10.1055/s-0036-1584567.
Glehn, E. A. V., & Rodrigues, G. P. S. (2012). Antifungigrama para comprovar o potencial de ação dos extratos vegetais hidroglicólicos sobre Candida sp. (Berkhout). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 14(3), 485–490. https://www.scielo.br/j/rbpm/a/YbS3dBrsM7S9JMfCx3mqHdD/.
Hsu, C. C., Sheth, C. C., & Veses, V. (2021). Natural products as antifungal agents against Candida albicans: a systematic review. Journal of Fungi, 7(3), 1–22. https://doi.org/10.3390/jof7030176.
Johann, S., Cisalpino, P. S., & Lima, L. A. (2007). Antifungal activity of extracts of some plants used in Brazilian traditional medicine against the pathogenic fungus Candida albicans. Brazilian Journal of Microbiology, 38(4), 632–637. https://doi.org/10.1590/S1517-83822007000400005.
Linhares, I. M., Amaral, R. L., Robial, R., & Eleutério, J. J. (2018). Vaginites e vaginoses (Protocolo Febrasgo – Ginecologia, no 24). Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Mattos, C. S. de, Carvalho, S. G. de, & Oliveira, T. C. C. V. (2023). Resultados iniciais da fitoterapia chinesa no tratamento da candidíase vaginal recorrente. Revista Brasileira de Agroecologia, 18(1), 1–14. https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia/article/view/51337.
Morais, S. M., Siqueira, J. D. B. de, & De Castro, J. D. (2017). Potencial sinérgico de extratos vegetais com antifúngicos convencionais frente a cepas de Candida tropicalis. Revista Brasileira de Farmacognosia, 27(2), 234–240. https://doi.org/10.1016/j.bjp.2016.10.002.
Nakao, A. K., D'Andrea, M. L. S., & Pires, G. G. (2020). Atividade antimicrobiana dos óleos de gengibre e melaleuca frente Candida albicans. Revista Científica da Faculdade de Medicina de Jundiaí, 18(1), 25–30.
Oliveira, A. P. C. de. (2017). O conhecimento tradicional sobre plantas medicinais no âmbito da saúde da mulher: uma perspectiva no contexto do produto tradicional fitoterápico. Revista Fitos, 11(1), 28–31.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.
Pinheiro, P. (s.d.). Candidíase: tipos de infecção por Candida. MD Saúde. https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/candidiase/.
Ramos, M. A., Lemos, J. L., & Silva, B. B. (2014). Screening of antifungal activity of Amazonian plant extracts against Candida species. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 109(3), 293–298. https://doi.org/10.1590/0074-0276140301.
Rawal, S., Singh, K., & Bansal, P. (2024). Comparative antifungal efficacy of Allium sativum, Ocimum sanctum and Cinnamomum zeylanicum against Candida albicans: an in vitro study. Journal of Clinical and Diagnostic Research, 18(1), DC01–DC04. https://doi.org/10.7860/JCDR/2024/12345.16789.
Redação Sanar. (2022a). Candidíase vulvovaginal: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Sanarmed. https://sanarmed.com/candidiase-vulvovaginal-causas-sintomas-diagnostico-e-tratamento-redacao/.
Redação Sanar. (2022b). Candidíase vulvovaginal: tratamento. Sanarmed. https://sanarmed.com/candidiase-vulvovaginal-tratamento-posmfc/.
Silva, M. C. de L. P., Santos, M. N., & Silva, C. G. (2020). Fitoterapia como intervenção em saúde da mulher: revisão integrativa da literatura. Cogitare Enfermagem, 25, e71158. https://doi.org/10.5380/ce.v25i0.71158.
Snyder, H. (2019). Literature review as a research methodology: An overview and guidelines. Journal of Business Research. 104, 333-9. Doi: https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.07.039.
Sousa, F. S., Da Mota, M. L. G., & Santos, C. F. F. dos. (2017). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, 26(4), e1420017. https://doi.org/10.1590/0104-07072017001420017.
Spampinato, C., & Leonardi, D. (2013). Candida infections, causes, targets, and resistance mechanisms: traditional and alternative antifungal agents. BioMed Research International, 2013, 1–13. https://doi.org/10.1155/2013/204237.
Whaley, S. G., Berkow, M. F., & Tsui, C. K. (2017). Azole antifungal resistance in Candida albicans and emerging non-albicans Candida species. Frontiers in Microbiology, 7, 1–13. https://doi.org/10.3389/fmicb.2016.02173.
Zhang, Z., Shi, J., & Li, M. (2014). Compositions and antifungal activities of essential oils from agarwood of Aquilaria sinensis (Lour.) Gilg induced by Lasiodiplodia theobromae (Pat.) Griffon. & Maubl. Journal of the Brazilian Chemical Society, 25(1), 20–26. https://doi.org/10.5935/0103-5053.20130263.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Vitória Cristina Luz Pereira, Andressa Nascimento de Sousa, Bruno Cassiano de Lima, Osmar Nascimento Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
