Análise epidemiológica dos casos de dengue em Alagoas, no período de 2020 a 2024
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49943Palavras-chave:
Dengue, Epidemiologia descritiva, Arbovirose, Infectologia, Saúde pública.Resumo
Introdução: A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma arbovirose de grande impacto em regiões tropicais, como Alagoas, onde condições socioambientais favorecem sua disseminação. Dessa maneira, estudos epidemiológicos são essenciais para orientar políticas públicas de controle e prevenção. Objetivo: Este estudo tem como objetivo realizar uma análise epidemiológica da dengue em Alagoas, no período de 2020 a 2024.. Metodologia: Adotou-se um delineamento observacional, transversal, ecológico, utilizando dados secundários do SINAN (2020-2024), analisando variáveis como ano, geografia, sexo, critério de confirmação, sorologia IgM e classificação clínica. Estatísticas descritivas foram aplicadas para calcular frequências relativas e os resultados obtidos foram padronizados em quadros. Resultados: Alagoas registrou 0,61% dos casos nacionais. Mulheres predominaram (54,62%) sobre homens (45,31%), com maior incidência em 2022 (28,35% e 22,31%, respectivamente). O critério clínico prevaleceu (82,25%), seguido pelo laboratorial (14,70%), enquanto a sorologia IgM não foi realizada em 93,49% dos casos, com apenas 4,71% positivos. A classificação clínica revelou 94,96% de casos sem sinais de alarme, 2,17% com sinais de alarme e 0,12% com choque, evidenciando predominância de formas leves. Conclusão: A tendência crescente de casos reflete desafios estruturais, como saneamento precário e baixa testagem sorológica, destacando a necessidade de investimentos em vigilância e prevenção para reduzir o impacto da dengue em Alagoas e melhorar a qualidade de vida. Por fim, é necessário complementar a temática com estudos epidemiológicos futuros.
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