Composição fitoquímica e potencial fitoterapêutico da Valeriana officinalis: Uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49978Palavras-chave:
Valeriana officinalis, Fitoterapia, Ansiedade, Sono, Antioxidante.Resumo
O objetivo do presente estudo foi apresentar uma revisão da literatura sobre a composição fitoquímica da planta e suas principais propriedades farmacológicas, com ênfase no seu uso fitoterapêutico no manejo da ansiedade e insônia, contribuindo para o uso racional e seguro dessa importante espécie medicinal.A pesquisa foi conduzida nas bases PubMed, Scielo, ScienceDirect e Google Scholar, considerando artigos publicados entre 2021 e 2025. A triagem resultou na seleção de nove estudos que atenderam aos critérios de elegibilidade previamente estabelecidos. Os resultados apontaram que a V. officinalis atua principalmente como moduladora do sistema GABAérgico, promovendo efeito ansiolítico e sedativo leve, além de demonstrar atividade antioxidante atribuída à presença de flavonoides e compostos fenólicos. A utilização dessa espécie mostrou eficácia significativa na melhora da qualidade do sono e na redução dos níveis de ansiedade, apresentando baixo índice de efeitos adversos, geralmente restritos a leve sonolência ou desconforto gastrointestinal. Em comparação com fármacos sintéticos, a V. officinalis demonstrou perfil mais seguro e tolerável, sendo reconhecida como um fitoterápico de uso tradicional. Contudo, a heterogeneidade das formulações e a ausência de padronização dos extratos utilizados nos estudos limitam a generalização dos resultados. Conclui-se que a Valeriana officinalis representa uma alternativa terapêutica promissora no tratamento de distúrbios leves de ansiedade e sono, ressaltando-se a necessidade de novos ensaios clínicos randomizados e controlados com padronização fitoquímica.
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