Análise microbiológica comparativa dos itens e produtos de maquiagem de uso coletivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50006Palavras-chave:
Staphylococcus aureus, Cosméticos, Contaminação microbiana, Infecção cruzada.Resumo
- aureus é um patógeno com capacidade de desenvolver uma grande resistência e, por conta disso, é considerado um microrganismo importante relacionado a infecções associadas a cuidados em saúde. O objetivo geral deste estudo é realizar uma análise microbiológica comparativa de itens e produtos de maquiagem de uso coletivo. A pesquisa, de natureza qualitativa e caráter experimental, foi desenvolvida no Laboratório de Microbiologia do Centro Integrado de Saúde (CIS) da Universidade Afya Teresina, durante os meses de agosto e setembro de 2025. A coleta de amostras ocorreu em uma loja de cosméticos no município de Altos-PI, onde foram adotadas rigorosas medidas de biossegurança. As amostras, obtidas de produtos de maquiagem de uso coletivo, foram transportadas ao laboratório e semeadas em meio ágar sangue. Posteriormente, as colônias foram submetidas à coloração de Gram e a testes bioquímicos, como catalase e coagulase, para identificação microbiológica. O crescimento desses agentes etiológicos dentre as amostras testadas como, a esponja de uso coletivo (42 colônias diversas), o pincel de pó compacto (05 colônias diversas), o que sugere que esses utensílios podem armazenar patógenos. O blush em pó (sem crescimento), corretivo líquido (sem crescimento), blush cremoso (03 colônias diversas) e batom líquido (sem crescimento). O crescimento bacteriano encontrado (S. aureus, Bacillus spp., Enterobacteriaceae) reforça a hipótese deste estudo, sobre a possibilidade de contaminação com S. aureus por meio de produtos e utensílios de maquiagem utilizados em amostras gratuitas de lojas de cosméticos.
Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2004). Detecção e identificação de bactérias de importância médica: módulo V (Manual de Microbiologia, 93 p.). Brasília, DF: ANVISA.
Blanco Crivelli, X., Cundon, C., Bonino, M. P., Sanin, M. S., & Bentancor, A. (2024). The complex and changing genus Bacillus: A diverse bacterial powerhouse for many applications. Bacteria, 3(3), 256–270. https://doi.org/10.3390/bacteria3030017
Bush, L. M., & Vázquez-Pertejo, M. T. (2025). Infecções por Staphylococcus aureus (infecções estafilocócicas). In MSD Manual – Versão para o público geral. Recuperado em 11 de outubro de 2025, de https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/infec%C3%A7%C3%B5es-por-staphylococcus-aureus
Carvalho, S. M., Staudt, K. J., Alves, I. A., & Nascimento, J. C. N. (2023). A importância do controle microbiológico em maquiagens de uso coletivo: Um alerta para os riscos à saúde. Revista Interdisciplinar em Ciências da Saúde e Biológicas, 7(2), 41–50. https://doi.org/10.31512/ricsb.v7i2.1172
Elatti, L. C., et al. (2009). Staphylococcus aureus resistentes à meticilina: disseminação emergente na comunidade. Anais Brasileiros de Dermatologia, 84(5), 501–506. Recuperado de https://www.anaisdedermatologia.org.br
Evangelista, S. S., & Oliveira, A. C. (2015). Staphylococcus aureus meticilino resistente adquirido na comunidade: Um problema mundial. Revista Brasileira de Enfermagem, 68(1), 136–143. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2015680119p
Galo, A. A., Outa, C. Y., Santos, L. R. dos, Bertoluci, R. S., & Barsotti, N. S. (2022). Conservantes farmacotécnicos utilizados em produtos dermocosméticos magistrais. Brazilian Journal of Natural Sciences, 4(3), e1572022, 1–7. https://doi.org/10.31415/bjns.v4i3.157
Koneman, E. W., et al. (2001). Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido (5ª ed.). Rio de Janeiro: Medsi.
Laborcrin. (2024). Agar sangue: meio de cultura – bula técnica (LB 172065, Rev. 12 – 08/2024). São Paulo: Laborcrin Produtos para Laboratório. Recuperado de https://www.laborcrin.com.br
Lima, J. C., et al. (2023). A importância do cuidado diário na saúde da pele. Research, Society and Development, 12(5), e21412541571. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.41571
Matsumoto, A. K., Lemos, M. E. A., Semeão, L. O., Michelin, A. P., & Mauro, C. S. I. (2024, agosto 1–2). Controle microbiológico de instrumentos utilizados no processo de maquiagem: Riscos à saúde e práticas de higienização. In Anais do I Seminário de Gestão Integrada em Qualidade. Londrina: Universidade Estadual de Londrina.
Monteiro, B. E. S. (2017). Toxicidade dos produtos cosméticos [Dissertação de mestrado, Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde].
Morales-López, S., Yepes, J. A., Prada-Herrera, J. C., & Torres-Jiménez, A. (2019). Enterobacteria in the 21st century: A review focused on taxonomic changes. Journal of Infection in Developing Countries, 13(4), 265–273. https://doi.org/10.3855/jidc.11216
Moura, I. H., Oliveira, E. M. N., Carvalho, A. R. B., Freitas, D. R. J., & Moura, M. E. B. (2021). Prevalência de Staphylococcus resistente à meticilina em profissionais de enfermagem: revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem, 23, e66184. https://doi.org/10.5216/ree.v23.66184
Murray, P. R., Rosenthal, K. S., & Pfaller, M. A. (2009). Microbiologia médica (6ª ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
Nascimento, J. C. N., et al. (2023). Prevalência de Staphylococcus resistente à meticilina em profissionais de enfermagem: Revisão integrativa. Revista Interdisciplinar em Ciências da Saúde e Biológicas, 7(1), 62–71. Recuperado de https://revistas.uninter.com/revistasaude/index.php/saude/article/view/1134
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.
Póvoa, C. S., Caxito, S. M. C., & Brandão, F. (2023). MicroBeauty: Associação entre a microbiota da pele e o uso de cosméticos. Revista de Ciências da Saúde, 35(2), 120–132. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v35.e2.a2023.pp120-132
Razera, F., et al. (2009). CA-MRSA em furunculose: Relato de caso do sul do Brasil. Anais Brasileiros de Dermatologia, 84(5), 515–518. Recuperado de https://www.anaisdedermatologia.org.br
Silva, A. L. D., Rocha, G. R. da, Melo, M. S. S. de, & Tiago, K. P. (2024). Análise microbiológica comparatória dos itens e produtos de maquiagem. Brazilian Journal of Health Review, 7(9), 1–9. https://doi.org/10.34119/bjhrv7n9-439
Silva, T. M. F., et al. (2021). Infecções hospitalares associadas à bacilos gram-negativos não fermentadores em unidade de terapia intensiva: Revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(3), 1–8. https://doi.org/10.25248/REAS.e6685.2021
Tortora, G. J., Funke, B. R., & Case, C. L. (2012). Microbiologia (10ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Vieira, H. M., Reis, P. C. S., Rocha, K. C. G. G., & Cardoso, A. M. (2025). Contaminação microbiológica em maquiagens de uso compartilhado. Revista Brasileira Militar de Ciências, 11(25), e184. https://doi.org/10.36414/rbmc.v11i25.184
Wanke, I., Skabytska, Y., Kraft, B., Peschel, A., Biedermann, T., & Schittek, B. (2013). A colonização da pele de Staphylococcus aureus é promovida pela ruptura da barreira e leva à inflamação local. Experimental Dermatology, 22(2), 153–155. https://doi.org/10.1111/exd.12083
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Maria Clara de Aquino Leal, Maria Vitória Góis da Cunha Sousa, Ingrid Maisa Sousa Silva, Leonardo Guedes Rodrigues, Michely Laiany Vieira Moura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
