A experiência da espiritualidade no enfrentamento e prevenção do suicídio em pacientes com transtornos psiquiátricos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50075Palavras-chave:
Espiritualidade, Suicídio, Saúde mental.Resumo
Introdução: Evidências indicam que religiosidade e espiritualidade (R&S) influenciam a saúde mental e o risco de suicídio, atuando ora como proteção (esperança, sentido de vida), ora como risco (culpa, enfrentamento religioso negativo). Ainda há lacunas sobre como pacientes psiquiátricos vivenciam a espiritualidade no enfrentamento e prevenção do suicídio. Objetivos: Analisar como a espiritualidade impacta o enfrentamento e a prevenção do suicídio em pacientes com transtornos psiquiátricos, explorando mecanismos, relação com bem-estar e lacunas para orientar futuras intervenções. Metodologia: Revisão integrativa baseada em etapas adaptadas do PRISMA e PICO. Bases: PubMed, BVS e LILACS (2014–2024). Incluídos estudos quantitativos, qualitativos e teóricos; excluídos duplicados, fora do recorte temporal/idioma ou sem texto completo. Resultados: Foram identificados 86 registros (18/11/2024–30/04/2025); após triagem, 14 estudos foram incluídos. Os achados apontaram que espiritualidade, prática religiosa regular, propósito de vida, suporte social e auto-perdão associam-se à menor ideação e comportamento suicida, enquanto crenças rígidas, culpa e percepção de punição divina elevam a vulnerabilidade. A espiritualidade pessoal mostrou-se mais relevante que a religiosidade institucional. Conclusão: R&S exercem influência multifacetada sobre o risco suicida, podendo atuar como proteção ou risco conforme a vivência e o contexto. Aspectos como esperança, propósito e resiliência reduzem o sofrimento e fortalecem o enfrentamento. A integração da dimensão espiritual ao cuidado em saúde mental pode favorecer uma abordagem mais holística, embora sejam necessários estudos longitudinais que esclareçam mecanismos e sustentem estratégias clínicas eficazes.
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