Formas de proteção do complexo dentino-pulpar: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50077Palavras-chave:
Complexo dentino-pulpar, Capeamento pulpar, Terapia pulpar.Resumo
Introdução: A dentina e a polpa são estruturas co-dependentes que juntas formam o complexo dentino-pulpar. Frente a agressões a este complexo, como uma lesão de cárie profunda ou traumatismos é necessário fazer a proteção destes tecidos. O presente trabalho tem como objetivo relatar os tipos de materiais utilizados e as vantagens e desvantagens de cada substância utilizada na proteção do complexo dentinopulpar. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura (Snyder, 2019) do tipo descritiva, de natureza qualitativa (Pereira et al., 2018) num estudo com pouca sistematização e do tipo revisão bibliográfica narrativa (Rother, 2007). As plataformas de busca utilizadas foram Biblioteca Virtual em Saúde, Google Acadêmico, Scielo e PubMed e os termos utilizados na procura dos trabalhos foram “complexo dentino-pulpar”, “capeamento pulpar”, “pulp-dentin and protection”. Resultados e discussões: Os materiais que mais se destacam são o ionômero de vidro, o hidróxido de cálcio e o MTA devido às suas propriedades biológicas e mecânicas, estes são aplicados como agentes protetores do complexo dentino pulpar, forradores ou como base de restaurações definitivas (Bausen et al, 2020). Considerações finais: Com base no exposto, é notório que não há um material que possua todas as características almejadas para realizar a proteção do complexo dentino pulpar. Nesse sentido, é importante ressaltar que ao escolher o material o odontólogo deve levar em consideração as vantagens e desvantagens de cada substância.
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