Manejo de pacientes ansiosos no consultório odontológico: Uma revisão de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50166

Palavras-chave:

Ansiedade, Manejo comportamental, Técnicas.

Resumo

Historicamente, a odontologia no Brasil teve início de forma precária, sendo exercida por barbeiros, sem formação acadêmica. Os procedimentos, frequentemente brutais e dolorosos, deixaram marcas traumáticas que se perpetuaram ao longo dos anos. Nesse contexto, o medo e a ansiedade passaram a se associar ao atendimento odontológico, criando uma imagem negativa da profissão. Como consequência, observam-se obstáculos às visitas regulares ao dentista, o que impacta negativamente a adesão ao cuidado bucal e a qualidade de vida dos pacientes. Este trabalho tem como objetivo identificar fatores que desencadeiam a ansiedade odontológica e analisar estratégias eficazes para o manejo desses pacientes. A coleta de dados foi conduzida por meio de uma busca sistemática de artigos científicos nas bases de dados Google Acadêmico, BVS e Scielo. Os resultados demonstram que a aflição e o medo no consultório traçam barreiras nos cuidados bucais. Diante dessa realidade, torna-se fundamental que o profissional seja capaz de identificar os sinais de ansiedade e adotar estratégias adequadas para seu manejo, dentre as quais se destacam as técnicas não farmacológicas e farmacológicas como a utilização de benzodiazepínicos e óxido nitroso, que se configuram como uma alternativa viável, desde que aplicadas com segurança, critério clínico e responsabilidade profissional. Conclui-se que o manejo adequado merece ser visto como parte integrativa dos atendimentos, transformando experiências negativas em positivas para um serviço mais eficiente e promotor de bem-estar e saúde bucal.

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Publicado

2025-11-24

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Manejo de pacientes ansiosos no consultório odontológico: Uma revisão de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 11, p. e206141150166, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i11.50166. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/50166. Acesso em: 5 dez. 2025.