Avaliação do uso e o grau de conhecimento dos acadêmicos em relação ao uso de medicamentos isentos de prescrição (MIP’s)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50192Palavras-chave:
Medicamentos Isentos de Prescrição, Automedicação, Estudantes.Resumo
Este estudo busca compreender como os acadêmicos utilizam e percebem os Medicamentos Isentos de Prescrição entre estudantes de diferentes cursos. A amostra do estudo foi composta por 51 estudantes universitários, utilizando um questionário contendo oito perguntas objetivas. A análise dos dados ocorreu por meio de estatística descritiva. Identificou-se maior participação de mulheres no estudo, com faixa etária entre 18 e 25 anos. Apesar de 74,5% declararem ter conhecimento sobre MIPs, 52,9% evidenciaram dificuldades no uso adequado. Os medicamentos mais citados foram Dipirona, Paracetamol e Dorflex, usados principalmente para tratar dores, febre e cólicas. Em relação à orientação, 56,9% relataram não receber nenhum tipo de instrução ao adquirir o medicamento, enquanto 27,3% informaram serem orientados apenas por balconistas. Os dados evidenciam o uso frequente e, muitas vezes, inadequado desses medicamentos, indicando a necessidade de ações educativas para promover o uso racional dos MIP’s entre os estudantes.
Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2021). Anvisa alerta para riscos do uso indiscriminado de medicamentos. Brasília: ANVISA.
Almeida, W. da S. de, Souza, C. F. de, Monteiro, L. C., Gomes, L. B., Pires, M. B. G., Rodrigues, A. M. V., ... & Goulart, B. N. G. (2021). Mudanças nas condições socioeconômicas e de saúde dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23, e200105.
Alvim, H. G. de O., & Carvalho, M. J. P. (2019). A importâcia da orientação do farmacêutico no uso correto dos medicamentos. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, 2(4), 172–179.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2020). Boletim de Farmacovigilância n° 9. Brasília: ANVISA.
Arrais, P. S. D., Fernandes, M. E. P., Pizzol, T. D. S. D., Ramos, L. R., Mengue, S. S., Luiza, V. L., & Bertoldi, A. D. (2016). Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Revista de Saúde Pública, 50(supl 2), 13s.
Azeredo Soterio, K., & Araújo Dos Santos, M. (2016). A automedicação no Brasil e a importância do farmacêutico na orientação do uso racional de medicamentos de venda livre: uma revisão. Revista da Graduação, 9(2).
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2016b). RDC nº 98, de 1º de agosto de 2016. Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição (MIP’s) e para seu reenquadramento como sob prescrição. Diário Oficial da União.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2019). Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 301, de 21 de agosto de 2019. Dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 ago. 2019.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2024). Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 882, de 14 de junho de 2024. Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob prescrição. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 jun. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. (2014). Cuidado farmacêutico na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO MATO GROSSO (CRF-MT). (2019). MIPs já representam 31% do mercado farmacêutico, conforme dados da IQVIA. CRF-MT Notícias.
CRF-SP. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. (2016). Prescrição farmacêutica e serviços farmacêuticos. São Paulo.
Domingues, P. H., Galvão, T. F., Andrade, K. R., Araújo, P. C., Silva, M. T., & Pereira, M. G. (2017). Prevalência e fatores associados à automedicação em adultos no Distrito Federal: estudo transversal de base populacional. Epidemiologia e Serviços de Saúde. https://doi.org/10.5123/s1679-49742017000200009
Ferreira, F. das C. G., Luna, G. G. de, Izel, I. C. M., & Almeida, A. C. G. de. (2021). O impacto da prática da automedicação no Brasil: Revisão Sistemática/ The impact of the practice of self-medication in Brazil: Systematic Review. Brazilian Applied Science Review, 5(3), 1505–1518. https://doi.org/10.34115/basrv5n3-016
Leal, K. F., Rocha, L. L. S., Lima, F. V. C., Santos, S. F. P. A., Silva, M. C. G., Oliveira, B. T. L., & Silva, C. K. G. (2025). Percepção da população sobre o uso de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPS): Uma pesquisa de opinião no Bairro do Mag. Research, Society and Development, 14(1), e47514147552. https://doi.org/10.33448/rsd-v14i1.47552
Lima, M. F. P., Lima, D. B. S., Oliveira, F. B., Oliveira, C. C., Macêdo, M. A., & Pereira, T. K. A. (2019). A prática da automedicação em criança por pais e responsáveis. Holos, 35(5), 1-13.
Melo, J. R. R., Duarte, E. C., Moraes, M. V. D., Fleck, K., & Arrais, P. S. D. (2021). Automedicação e uso indiscriminado de medicamentos durante a pandemia da COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, 37(4), e00053221.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. (2021). Contribuições para a promoção do uso racional de medicamentos (1. ed.). Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/contribuicoes_promocao_uso_racional_medicamentos.pdf
Miranda Filho, J. P. de, Andrade Júnior, F. P. de, & Montenegro, C. de A. (2021). Cuidados farmacêuticos e os medicamentos isentos de prescrição: revisão integrativa da literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(1), 153–162. https://doi.org/10.21270/archi.v10i1.4903
Mota, K., Pereira, M. L., Coelho, E. B., Reis, T., Nascimento, M., Obreli-Neto, P. R., & Baldoni, A. O. (2020). Medicamentos isentos de prescrição (MIP): o farmacêutico pode prescrever, mas ele sabe o que são?. Revista de la OFIL, 30(1), 52-55.
Naves, J. D. O. S., Castro, L. L. C. D., Carvalho, C. M. S. D., & Merchán-Hamann, E. (2010). Automedicação: uma abordagem qualitativa de suas motivações. Ciência & Saúde Coletiva, 15, 1751-1762.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.
Ribeiro, D. R. de S., LEAL, J. C., Rodrigues, L. S., Pinheiro, P. L. L., Lino, R. M., & Silva, T. C. (2023). Automedicação entre universitários da área de saúde. Research, Society and Development, 12(6), e1312641814.
Rodrigues, A. C. (2017). Utilização de medicamentos isentos de prescrição e economias geradas para os sistemas de saúde: uma revisão. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 9(1), 128–136. Recuperado de https://www.jbes.com.br/index.php/jbes/article/view/302
Sá, M. B. M., Barros, J. A. C., & Sá, M. P. B. de. (2007). Automedicação em idosos na cidade de Salgueiro – PE. Revista Brasileira de Epidemiologia, 10(1), 75-85.
Santos, E. C., & Ferreira, M. A. (2012). A Indústria Farmacêutica e a Introdução de Medicamentos Genéricos no Mercado Brasileiro. Nexos Econômicos, 6(2), 95–120. https://doi.org/10.9771/1516-9022rene.v6i2.9250
Santos, S. L. F., Pessoa, C. V., da Silva Alves, H. H., Borges, R. N., & Barros, K. B. N. T. (2017). O papel do farmacêutico enquanto promotor da saúde no uso racional de antibióticos. Revista Saúde & Ciência Online, 6(1), 79-88.
Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para a tecnologia. (2ed). Editora Érica.
Silva Santos, S. T., de Albuquerque, N. L., & de Melo Guedes, J. P. (2022). Os riscos da automedicação com medicamentos isentos de prescrição (MIPs) no Brasil. Research, Society and Development, 11(7), e42211730493.
SINITOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. (2019). Casos registrados de intoxicação humana por agente tóxico e evolução – Brasil, 2012 a 2017. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Vulcao da Mota, M. C., Teixeira Dos Santos, R., & Alves De Sousa, Y. M. (2024). A atuação do farmacêutico na orientação e impactos do uso indevido de medicamentos isentos de prescrição em farmácias. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(11), 566–583. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p566-583
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). (2006). Rational use of medicines: progress in implementing the WHO medicines strategy (Documento EB118/6). Geneva: WHO.
Xavier, M. S., Castro, H. N., Souza, L. G., Oliveira, Y. S., Tafuri, N. F. & Amâncio, N. D. (2021). Automedicação e o risco à saúde: uma revisão de literatura / Self-medication and health risk: a literature review. Braz J Health Rev, 4(1), 164-180. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-020
Zopelari, L. F. R., Zorzal, J. K., Pesente, G. M., & Loss, A. R. C. (2024). Hepatotoxicity of paracetamol and its indiscriminated use: a literature review.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Pablo Huete Lima Cortez, Maria dos Remédios Mendes de Brito

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
