Escarro sem erro: Condutas de Enfermagem para a coleta de qualidade e prevenção de contaminações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50208

Palavras-chave:

Enfermagem, Escarro, Biossegurança, Tuberculose.

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar as evidências científicas relacionadas às condutas de enfermagem na coleta de escarro para diagnóstico de doenças respiratórias, com ênfase na tuberculose pulmonar, identificando práticas que garantem a qualidade da amostra e previnem contaminações. Trata-se de uma revisão integrativa conduzida segundo o PRISMA 2020, que incluiu dez estudos publicados entre 2020 e 2025. Os resultados demonstram que a qualidade do escarro depende diretamente da orientação adequada ao paciente, do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), da supervisão técnica e do cumprimento das normas de biossegurança. As falhas mais frequentes incluem coleta de saliva em vez de secreção das vias aéreas inferiores, manipulação inadequada do frasco e transporte tardio, resultando em prejuízo diagnóstico e risco biológico. A literatura evidencia que a padronização da técnica, o treinamento contínuo da equipe de enfermagem, a indução de escarro quando necessária e o uso de protocolos institucionais reduzem contaminações, qualificam a assistência e aumentam a confiabilidade microbiológica. Conclui-se que a atuação da enfermagem é determinante para a precisão diagnóstica e para o controle das infecções respiratórias, especialmente em contextos de vigilância da tuberculose.

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Publicado

2025-11-30

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Escarro sem erro: Condutas de Enfermagem para a coleta de qualidade e prevenção de contaminações. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 11, p. e245141150208, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i11.50208. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/50208. Acesso em: 5 dez. 2025.