Caracterização clínica e obstétrica das gestantes de alto risco atendidas no centro de referência de um município na Região de Carajás-Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19839Palavras-chave:
Epidemiologia; Assistência pré-natal; Gestação de alto risco.Resumo
A gravidez nunca é livre de riscos. Dessa forma, a realização do pré-natal torna-se imprescindível tanto para a gestante, com o objetivo de cuidar da sua saúde e da do feto, quanto para o Poder Público, para que atue integralmente na promoção, prevenção e recuperação desta paciente. Todavia, uma parcela menos numerosa de grávidas apresenta particularidades que podem complicar a gestação, formando a categoria de gravidez de alto risco. Sendo assim, este trabalho objetiva caracterizar o perfil clínico e obstétrico das gestantes atendidas no serviço de pré-natal de alto risco em um município da região do Carajás-Pará. Este estudo trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 213 gestantes admitidas no pré-natal de alto risco no centro de referência da localidade entre o período de janeiro a agosto de 2021. Foram analisados os seguintes dados: faixa etária, trimestre em que foram admitidas no serviço, número de gestações, número de abortos, antecedentes pessoais e motivo do encaminhamento. A média das idades das gestantes foi de 29,34 anos e 77% delas eram multíparas, a maior parte das gestantes (45,5%) foram admitidas no serviço estando no segundo trimestre de gestação e 40,5% estavam no terceiro trimestre, a maioria delas não possuía comorbidade prévia. Quanto ao motivo do encaminhamento as comorbidades mais prevalentes foram diabetes gestacional e síndromes hipertensivas. O estudo foi capaz de descrever as características clinicas-obstétricas, visando uma melhora nas condições de atendimento do pré-natal do município de Marabá, visando o melhor desfecho das gestações.
Referências
Agência Pará. (2021). Semana Nacional auxilia na prevenção da gravidez na adolescência. https://agenciapara.com.br/noticia/24925/
Almeida, B. B. P., Morales, J. D. C. Luz, G. S. Rissardo, L. K. Pelloso, S. M. & Antunes, M. B. et al. (2018). Idade Materna e Resultados Perinatais na Gestação de Alto Risco. Revista Nursing, 21, 250–2512.
Anjos, J. C. S., Pereira, R. R. Ferreira, P. R. C., Mesquita, T. B. P. & Picanço Junior, O. M. et al. (2014). Perfil epidemiológico das gestantes atendidas em um centro de referência em pré-natal de alto risco. Revista Paraense de Medicina - V.28.
Araújo, R. L. D., Rodrigues, E. S. R. C. Oliveira, G. G. & Sousa, K. M. O., et al. (2016). Gravidez na adolescência: consequências centralizadas para a mulher. Rev Temas em Saúde, 16(2), ISSN 2447-2131.
Barroso, H. H., Barbosa, B. R. Neves, I. F. Costa, J. S. Souza, I. C. M. Sousa, A. A. Guedes, H. M. & Ribeiro, L. C. C et al. (2021). Perfil clínico e epidemiológico das gestantes atendidas no Centro Estadual de Atenção Especializada Jequitinhonha – Minas Gerais. Brazilian Journal of Development, 7(3), 22391-22401.
Brasil, Ministério da Saúde. (2010). Gestação de alto risco: manual técnico. (5a ed.), Secretaria de Atenção à Saúde, 302p.
Brasil, Ministério da Saúde. (2014). Atenção humanizada ao abortamento: norma técnica. Secretaria de Atenção à Saúde, caderno n°4, 60p.
Brasil, Ministério da Saúde. (2017). Datasus: informações de saúde CID-10: Mortalidade. http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.ph p?area=0205&id=6937.
Burgos, P. F. M., Costa, W. Bombig, M. T. N. & Bianco, T. H et al. (2014). A obesidade como fator de risco para a hipertensão. Rev Bras Hipertens, 21(2), 68-74.
Cecatti, J. G., Guerra, G. V. Q. L. Sousa, M. H. & Menezes, G. M. S. G. (2010). Aborto no Brasil: um enfoque demográfico. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 32 (3), 105-11.
Costa, L. D., Cura, C. C. Perondi, A. R. França, V. F. & Bortoloti, D. S. et al. (2016). Perfil epidemiológico de gestantes de alto risco. Cogitare Enfermagem, 21(2), 01-08.
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. (2021). Mortalidade.
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. (2021). Nascidos vivos-Pará.
Fernandes J. A., Campos G. W. S., Francisco P. M. S. B. (2019). Perfil das gestantes de alto risco e a cogestão da decisão sobre a via de parto entre médico e gestante. Saúde em Debate [Internet],43(121):406–16.
Leite, F. M. C., Paiva, K. R. Pampolim, G. Laignier, M. R. & Lima, E. F. A. et al. (2021). Prevalence and associated factorswith abortion among users of health services / Prevalência e fatores associados ao abortamento entre usuárias dos serviços de saúde. R. pesq. cuid fundam, 13, 1172-8.
Marabá. (2017). Saúde: Centro de especialidades entra em operação. https://maraba.pa.gov.br/saude-centro-de-especialidades-entraem- operacao/.
Marreiro, C. M., Paixão, N. C. F. Brito, N. M. B. & Cavalcante, J. C. W. (2009). Perfil clinico e epidemiológico das pacientes atendidas mo ambulatório de gravidez de alto risco da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Ver. Para.med,23(3).
Melo, L. B. D., Rocha, S. J. F. D. Moreira, R. L. F. S. Rodrigues, V. I. O. Silva, J. S. & Feitosa et al. (2017). Fatores que predispõem para a gestação de alto risco. Revista Interdisciplinar em Saúde, 4(1), 72-86.
Miranda, P. A. C., & Reis, R. (2008). Diabetes Mellitus Gestacional. Revista Assoc Med Bras, 54(6), 471-86.
Montenegro, C. A. B, & Filho, J. (2017). R. Obstetrícia Fundamental. (13a ed.), Guanabara Koogan.
Nader, P. R. A., Blandino, V. R. P. & Maciel, E. L. N. Características de abortamentos atendidos em uma maternidade pública do Munícipio da Serra – ES. Rev. Brasileira epidemiologia, 10(4), 615-624.
Ribeiro N. C. L. (2013). Gravidez na adolescência e obesidade: uma revisão bibliográfica acerca de duas questões complexas para a saúde da mulher. Trabalho de conclusão de Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. UFMG.
Rodrigues, A. R. M., Dantas, S. L. C. Pereira, A. M. M. Silveira, M. A. M. Rodrigues, D. P. et al. (2017). Gravidez de alto risco: Análise dos determinantes de Saúde. SANARE, Sobral. 16(1), 23-28.
Sampaio, A. F. S., Rocha, M. J. F. & Leal, E. A. S.et al. (2018). Gestação de alto risco: perfil clínico-epidemiológico das gestantes atendidas no serviço de pré-natal da maternidade pública de Rio Branco, Acre. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 18(3), 07-09.
Santos D. T. A., Campos C. S. M., Duarte M. L. (2014). Perfil das patologias prevalentes na gestação de alto risco em uma maternidade escola de Maceió, Alagoas, Brasil. Rev Bras Med Fam Comunidade. 9(30):13-22. http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc9(30)687
São Paulo. (2018). Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. (2018). Linha de cuidado gestante e puérpera: manual técnico do pré-natal, parto e puerpério. Secretaria Estadual de Saúde.
Sousa, D. M. O., Sales, F. A. G., Oliveira, J. H. M., & Chagas, A. C. F et al. (2018). Caracterização das gestantes de alto risco atendidas em um centro de atendimento à mulher e o papel do enfermeiro nesse período. Rev. Aten. Saúde, 16(56), 54-62.
Surita F. G., Nascimento, S. L. & Pinto e Silva, J. L. (2014). Exercício físico e gestação. Rev Bras Ginecol Obstet., 36(12), 531-4.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Lucas Ribeiro Silva Sodré; Pedro Henrique de Oliveira Fornaciari; Lucas Lopes da Costa; Karina Keila Monteiro Almeida; Anderson Braga Rodrigues Cardoso; Athos Ricardo Moraes Bastos Damasceno ; Matheus Henrique Santana Botelho; Regiane Helena Barros Rabelo Santos; Ketlyn Dias Will
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
