Germinação e crescimento de plântulas in vitro de Pilosocereus pachycladus Ritter (Facheiro) submetidos em diferentes meios de cultivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7423

Palavras-chave:

Cactáceas; Fertilizantes; Amido de milho; Produção de facheiro

Resumo

A versatilidade produtiva do facheiro associada a disponibilidade natural da espécie ocasionam uma exploração sem planejamento. Consequentemente, poucos estudos tem sido desenvolvidos sobre a conservação e manutenção da espécie, principalmente na Região Nordeste.  O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do meio simplificado e do agente gelificante alternativo, amido de milho, na germinação in vitro de Pilosocereus pachycladus. As sementes foram desinfestadas e inoculadas em meio de cultivo contendo fertilizantes comerciais, suplementados com sacarose, e gelificados com ágar e amido de milho. Os tratamentos: sais completo de Calcinit® e Kristalon® e gelificado com ágar - CKAG; metade dos sais de Calcinit® e Kristalon® e gelificado com ágar – MCKAG; sais completo de Calcinit® e Kristalon® e gelificado com amido de milho - CKAM; metade dos sais de Calcinit® e Kristalon® e gelificado com amido de milho - MCKAM. O meio CKAG promoveu menor percentual de contaminação 20%. E os meios CKAM e MCKAM obtiveram 67 e 75% para percentual de germinação respectivamente. As maiores médias para altura da parte aérea foi para os meios CKAM e CKAG com 0,32 e 0,30 cm respectivamente. E para o comprimento da raiz o maior valor foi para o meio CKAG com 0,65 cm. Não houve efeito significativo na aclimatação das plântulas para os tratamentos. Diante os resultados obtidos sugere-se a utilização do amido de milho em meios de cultura como uma excelente alternativa na germinação in vitro de P. pachycladus, proporcionando redução nos custos e um percentual de germinação satisfatório.

Referências

Abouseadaa H et al. (2020). Gene-targeted molecular phylogeny, phytochemical profiling, and antioxidant activity of nine species belonging to family Cactaceae. Saudi Journal of Biological Sciences, 27(6), 1649-1658.

Abud H. F et al. (2010). Germinação e expressão morfológica de frutos, sementes e plântulas de Pilosocereus pachycladus Ritter. Revista Ciência Agronômica, 41(3), 468-474.

Abud H. F et al. (2012). Armazenamento de sementes de xique-xique. Revista Brasileira de Sementes, 34(3), 473-479.

Albuquerque U. P et al. (2009). How ethnobotany can aid biodiversity conservation: reflections on investigations in the semi-arid region of NE Brazil. Biodiversity and Conservation, 18(1), 127-150.

Alves C. M et al. (2014). Ethnobotanical study of useful vegetal species in two rural communities in the semi-arid region of Paraíba state (Northeastern Brazil). Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, 34, 75-96.

Barbosa M. R et al. (2020). Aspects of the in vitro establishment of Handroanthus chrysotrichus (bignoniaceae) for the production of seedlings. Brazilian Journal of Development, 6(1), 2830-2840.

Batista B. N, Raposo N. V & Liberato M. A. R. (2017). Determinação do protocolo de assepsia para reprodução in vitro de Euterpe precatoria MART. Revista Fitos, 11(1), 1-118.

Brito Cavalcanti N & Resende G. M. (2007). Efeito de diferentes substratos no desenvolvimento de mandacaru (Cereus jamacaru p. Dc.), facheiro (Pilosocereus pachycladus Ritter), xiquexique (Pilosocereus gounellei (A. Webwr ex K. Schum.) Bly. Ex Rowl.) e coroa-de-frade (Melocactus bahiensis Britton & Rose). Revista Caatinga, 20(1), 28-35.

Brito-Filho S. G. D et al. (2017). Phytochemical study of Pilosocereus pachycladus and antibiotic-resistance modifying activity of syringaldehyde. Revista Brasileira de Farmacognosia, 27(4), 453-458.

Cañal M. J et al. (2001). Fisiología del cultivo in vitro. Biotecnología vegetal, 1(1). 3–9.

Civatti L. M et al. (2017). In vitro multiplication and genetic stability of two species of Micranthocereus Backeb.(Cactaceae) endemic to Bahia, Brazil. Plant Cell, Tissue and Organ Culture (PCTOC), 131(3), 537-545.

Correia D et al. (2011). Germinação de sementes de cactáceas in vitro. Embrapa Agroindústria Tropical-Comunicado Técnico (INFOTECA-E).

Correia D et al. (2018). Germinação in vitro de sementes de Coroa-de-frade (Melocactus sp.). Embrapa Agroindústria Tropical-Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento (INFOTECA-E).

Elias-Rocha M. A, Santos-Diaz M. D & Arredondo-Gómez A. (1998). Propagation of Mammillaria candida (Cactaceae) by tissue culture techniques. Haseltonia, (6), 96-101.

Fermino Junior P. C. P & Scherwinski-Pereira JE. (2012). Germinação e propagação in vitro de cerejeira (Amburana acreana (Ducke) AC Smith-Fabaceae). Ciência Florestal, 22(1), 1-9.

Ferreira D. F. (2014). Sisvar: a Guide for its Bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e agrotecnologia, 38(2), 109-112.

Gariglio M. A, et al. (2010). Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga. Brasília: Serviço Florestal Brasileiro, 368p.

Giulietti A. M et al. (2002). Plantas endêmicas da caatinga. p.103-115 In: Vegetação e flora das caatingas (Sampaio EVSB et al. ed.). APNE / CNIP, Recife, PE.

Giulietti A. M et al. (2004). Diagnóstico da vegetação nativa do bioma Caatinga. Biodiversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação.

Goettsch B et al. (2015). High proportion of cactus species threatened with extinction. Nature plants, 1(10), 1-7.

Guimarães D. T et al. Germinação in vitro e desenvolvimento inicial de coroa-de-frade (Melocactus zehntneri). In: Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Ciências - CONAPESC, Campina Grande, 2016.

Hubstenberger J. F, Clayton P. W & Phillips G. C. (1992) Micropropagation of cacti (Cactaceae). In: Bajaj Y. P. S. ed. Biotechnology in agriculture and forestry. Berlin: Springer-Verlag, (20) 49–68.

Hernández‐Hernández T et al. (2014). Beyond aridification: multiple explanations for the elevated diversification of cacti in the New World Succulent Biome. New Phytologist, 202(4), 1382-1397.

IPCC (2020). Relatório especial: relatório especial sobre mudanças climáticas e terras. Disponível em: https://www.ipcc.ch/srccl/chapter/chapter-4/

Jiménez-Terry F & Agramonte D. (2013). Cultivo in vitro y macropropagación como vía de sostenibilidad de la propagación de especies forestales. Biotecnologia vegetal, 13(1), 3–21.

Jiménez-Rivera A & Montero-Carmona W. (2019). Efecto de la sustitución de insumos en el crecimiento in vitro de Raicilla. Revista Tecnología en Marcha, 32(4), 28-38.

Lemes C. S. R et al. (2016). Meios de cultivo e sacarose no crescimento inicial in vitro de Miltonia flavescens. Ciência Rural, 46(3), 499-505.

Lucena C. M et al. (2013) Use and knowledge of Cactaceae in Northeastern Brazil. Journal of ethnobiology and ethnomedicine, 9(1), 62.

Lucyszyn N et al. (2007). Agar/galactomannan gels applied to shoot regeneration from tobacco leaves. Biologia plantarum, 51(1), 173-176.

Martín D, Cárdenas O & Cárdenas A. (2013). Almidón de papa, agente gelificante alternativo en medios de cultivo para propagación in-vitro de lulo Solanum quitoense Lam. Revista de Ciencias agrícolas, 30(1), 3-11.

Martínez M. H. P et al. Desinfestação e germinação in vitro de sementes de mandacaru sem espinho. In: Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Ciências - CONAPESC, Campina Grande, 2016.

Mascot-Gómez E et al. (2020). Seed germination of Southern Chihuahuan desert cacti: Effect of mucilage, light and phytohormones. Flora, 263, 151-528.

Medeiros R. L. S et al. (2017). Seed vigor and germination of facheiro plants (Pilosocereus catingicola (Gurke) Byles & Rowley Subsp. Salvadorensis (Werderm.) Zappi (Cactaceae) at different temperatures. Semina: Ciências Agrárias, 38(5), 2873-2886.

Mohamed M. A. H, Alsadon A. A & Mohaidib M. S. (2010). Corn and potato starch as an agar alternative for Solanum tuberosum micropropagation. African Journal of Biotechnology, 9(1), 012-016.

Nascimento V. T et al. (2009). Rural fences in agricultural landscapes and their conservation role in an area of caatinga (dryland vegetation) in Northeast Brazil. Environment, Development and Sustainability, 11(5), 1005-1029.

Nascimento V. T et al. (2011). Chemical characterization of native wild plants of dry seasonal forests of the semi-arid region of northeastern Brazil. Food Research International, 44(7), 2112-2119.

Nunes A. T et al. (2015). Local knowledge about fodder plants in the semi-arid region of Northeastern Brazil. Journal of ethnobiology and ethnomedicine, 11(1), 12.

Pérez-Molphe-Balch E et al. (2015). Tissue culture of ornamental cacti. Scientia Agricola, 72(6), 540-561.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_ Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Pierine F. R, Gianini P. F & Pedroso-de-Moraes C. (2019). Germinação e crescimento de plântulas in vitro de Muntingia calabura L.(Muntingiaceae) submetida a diferentes meios de cultivo. Iheringia. Série Botânica, 74.

Pizzetti M. (1992). Guía de Cactus. Grijalbo. México. 36p.

Rego M. M et al. (2009). In vitro seed germination of mandacaru (Cereus jamacaru DC.). Revista Caatinga, 22(4), 34-38.

Romay G et al. (2006). Almidón modificado de yuca como sustituto económico del agente solidificante para medios de cultivo de tejidos vegetales. Interciencia, 31(9), 686-689.

Santos M. S et al. (2001). Efecto del medio de cultivo, cinetina y agentes osmóticos sobre la respuesta morfogenética de Astrophytum myriostigma (Cactacea) in vitro. Revista Fitotecnia Mexicana, 24(2), 133-138.

Santos L et al. (2019). Frugivoria por aves em quatro espécies de Cactaceae na Caatinga, uma floresta seca no Brasil. Iheringia. Série Zoologia, 109.

Sasamori M. H, Endres Júnior D & Droste A. (2015). Asymbiotic culture of Cattleya intermedia Graham (Orchidaceae): the influence of macronutrient salts and sucrose concentrations on survival and development of plantlets. Acta Botanica Brasilica, 29(3), 292-298.

Silva V. A. (2015). Diversidade de uso das cactáceas no nordeste do Brasil: uma revisão. Gaia scientia, 9(2), 137-154.

Sousa V. R & Honório M. S. (2020). Da degradação a preservação: o papel da educação ambiental na sustentabilidade da caatinga. Revista Brasileira de Direito e Gestão Pública, 8(3), 932-946.

Souza D. D & Pacheco C. S. G. R. (2019). Espécies nativas para alimentação de ruminantes em Ouricuri-PE e seus impactos ambientais. Agropecuária Científica no Semiárido, 15(1), 71-78.

Souza R. A. V. D et al. (2012). Efeito da luz na germinação in vitro de embriões zigóticos de genótipos de oliveira. Revista Ceres, 59(3), 299-304.

Taiz L & Zeiger E. (2013). Fisiologia vegetal. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 719p.

Taylor N. P & Zappi D. (2002). Distribuição das espécies de Cactaceae na caatinga. p.123-125 In: Vegetação e flora das caatingas (Sampaio EVSB et al. ed.). APNE / CNIP, Recife, PE.

Torres-Silva G et al. (2018). In vitro shoot production, morphological alterations and genetic instability of Melocactus glaucescens (Cactaceae), an endangered species endemic to eastern Brazil. South African Journal of Botany, 115, 100-107.

Downloads

Publicado

29/08/2020

Como Citar

SANTOS, J. E. L. dos; FERREIRA, L. T.; NASCIMENTO, N. F. F. . Germinação e crescimento de plântulas in vitro de Pilosocereus pachycladus Ritter (Facheiro) submetidos em diferentes meios de cultivo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e548997423, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7423. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7423. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas