Intoxicações na população infanto-juvenil atendidas em um centro de intoxicações do Nordeste Brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16329

Palavras-chave:

Intoxicação; Infanto-Juvenil; Farmacêutico; Agentes Tóxicos; Urgência e emergência.

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo analisar as intoxicações na população infanto-juvenil. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem quantitativa, realizada em um hospital da rede pública terciário do Estado do Ceará. Foram avaliadas as fichas de intoxicações dos pacientes, suspeitos de intoxicações agudas por agentes tóxicos, no ano de 2019. Analisaram-se 959 fichas de pacientes com idade entre < 1 a 15 anos, e observado não haver diferença entre o sexo masculino (50,89%, n=488) e o feminino (49,11%, n=471). Em primeiro lugar, a faixa etária entre 1 a 5 anos, responsável por 43,80% (n=420) dos casos, em segundo lugar, de 6 a 10 anos com 27,84% (n=267), terceiro lugar de 11 a 15 anos com 26,80% (n=257), e em quarto e último < 1 ano de idade com 1,56% (n=15). Em relação aos agentes tóxicos, escorpionismo foram os mais preeminentes, 78,62% (n=754) dos casos, seguido por medicamentos com 6,05% (n=58), animais peçonhentos venenosos (serpentes) com 3,23% (n=31), animais não peçonhentos com 2,92% (n=28), produtos químicos industriais 2,61% (n=25) e os domissanitários com 1,25% (n=12). Com relação aos acidentes com animais peçonhentos, 80,65% (n=25) dos casos foi causado por serpentes, 1,72% (n=13) por escorpião e 33,33% (n=2) por aranhas, necessitando em alguns casos o uso de antídotos. Conclui-se observar que os acidentes envolvendo as crianças e adolescentes estão se tornando cada vez mais frequentes, o que fomenta a necessidade de estratégias de campanhas para maiores orientações, acompanhamento e ajuda psicológica em escolas, espaços públicos e internet.

Referências

Aguiar, K. V. C. S., Cruz, R. C., Silva, R. T. A., & Bonfim, A. S. (2020). Intoxicação exógena acidental em crianças no estado da Bahia: 2013 a 2017. REAS, 12 (11), 3422. https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/3422

Almeida, A. K. M., Oliveira, E. S., Araújo, I. G., Monteiro, F. F. C., Albuquerque, P. L. M. M., Romeu, G. A., & Morais, A. C. L. N. (2021). Intoxicações por domissanitários notificados no período de 2015 a 2019 no Estado do Ceará. Revista de Casos e Consultoria, 12 (1), 23758. https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/23758

Alvim, A. L. S., França, R. O., Assis, B. B., & Tavares, M. L. O. (2020). Epidemiologia da intoxicação exógena no Brasil entre 2007 e 2017. J. of Develop, 31 (8), 63915-63925.

Amorim, M. L. P., Mello, M. J. G., & Siqueira, M. T. (2017). Intoxicações em crianças e adolescentes notificados em um centro de toxicologia no nordeste do Brasil. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., 17 (4), 765-772. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292017000400765&lng=en

Bochner, R. (2005). Papel da Vigilância Sanitária na prevenção de intoxicações na infância. REVISA: Revista Brasileira de Vigilância Sanitária, 1 (1), 50-57. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/464

Cachão, J., Oliveira, I., & Raminhos, I. (2017). Adolescência e Abuso de Substâncias. Nascer e Crescer, 26 (2), 103-108. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542017000200004&lng=en

Campos, L. L., Cardoso, F. L., & Filho, A. A. (2020). Fisiopatologia e tratamento dos efeitos cardiovasculares e pulmonares no envenenamento por escorpião. Revista Médica de Minas Gerais, 30, 30203. http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2679

Domingos, S. M., Borghesan, N. B. A., Merino, M. F. G. L., & Higarashi, I. H. (2016). Internações por intoxicação de crianças de zero a 14 anos em hospital de ensino no Sul do Brasil, 2006- 2011. Epidemiol. Serv. Saúde, 25 (2), 343-350. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2237-96222016000200343&script=sci_abstract&tlng=pt

Fernandes, A. R. C., Moura, G. P., & Oliveira, G. L. (2021) Intoxicação por agrotóxico: ausência de registros no Sistema de Saúde do Estado da Bahia. Brazilian Journal of Development, 7 (5), 44574-44586. https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/29289

Ferreira, J. S., Silva, G. N. S., Beserra, B. A. S., Alves, S. R. P., & Ferreira, A. F. (2021). Perfil epidemiológico das pessoas atendidas por intoxicação exógena em uma Unidade de Pronto Atendimento. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, 19 (1), 06-12. http://revistanovaesperanca.com.br/index.php/revistane/article/view/658

Melo, A. B. B., Bueno, M. S., & Silvério, A. P. (2021). Aspectos epidemiológicos dos casos notificados de intoxicação exógena por medicamentos no Estado do Tocantins entre 2016 e 2019. Facit Business and Technology Journal, 1 (25), 228-237. https://jnt1.websiteseguro.com/index.php/JNT/article/view/921

Oliveira, E. S., Liberato, F. L. R., Romeu, G. A., & Morais, A. C. L. N. (2021). Intoxicação por antidepressivo tricíclico (amitriptilina): relato de caso. Revista de Casos e Consultoria, 12 (1), 24599. https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/24599

Oliveira, F. F. S., & Suchara, E. A. (2014). Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas em crianças e adolescentes em município do Mato Grosso. Rev. Paul. Pediatr, 32 (4), 299-305. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822014000400299&script=sci_abstract&tlng=pt

Pereira, M. J. A., Pereira, A. J. A., Oliveira, D. R., Nicácio, B. S., Sá, J. C. L., Coelho, J. L. G., Carneiro, A. P. L., & Gadelha, M. S. V. (2021). Perfil dos casos notificados de intoxicação exógena por medicamentos no Estado do Ceará. Revista Multidisciplinar e de Psicologia, 15 (54), 457-477. https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2984

Silva, M. A., Jesus, L. L. S., & Branco, A. C. S. (2019). Intoxicações medicamentosas: um estudo através de dados secundários no Brasil. Research, Society and Development, 9 (2), 200922254. https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2254/1843

Sinitox. (2017). Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. https://sinitox.icict.fiocruz.br/sites/sinitox.icict.fiocruz.br/files//Brasil7_1.pdf

Soares, J. Y. S., Lima, B. M., Verri, I. A., & Oliveira, S. V. (2021). Perfil epidemiológico de intoxicação exógena por medicamentos em Brasília. Revista de Atenção à Saúde, 19 (67), 202-217. https://www.seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/7335

Sousa, E. S. F., Carvalho, F. S., Macêdo, K. P. C., Leal, B. S., Feitosa, C. L. P., Rodrigues, M. M. M., Lourenço, S. S., Silva, R. S. V., Santos, M. C., Sousa, P. A., Lima, G. I. S., Arrais, K. W. N., Sá, N. K. C. M., Oliveira, E. H., & Lúcio Neto, M. P. (2020). Análise das intoxicações por medicamentos no Piauí entre os anos de 2007 a 2017. REAS, 51, 745.

Tavares, E. O., Buriola, A. A., Santos, J. A. T., Ballani, T. S. L., & Oliveira, M. L. F. (2013). Fatores associados à intoxicação infantil. Esc. Anna Nery, 17 (1), 31-37. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452013000100005

Vilaça, L., & Cardoso, R. P. (2014). Intoxicações na infância: panorama geral do perfil das intoxicações em diferentes países. Rev Med Minas Gerais, 24 (1), 21-25. http://rmmg.org/artigo/detalhes/597

Downloads

Publicado

15/06/2021

Como Citar

LOPES, E. M. S.; ARAÚJO, I. G. de; OLIVEIRA, E. de S.; ROMEU, G. A.; MORAIS, A. C. L. N. de. Intoxicações na população infanto-juvenil atendidas em um centro de intoxicações do Nordeste Brasileiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e12210716329, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.16329. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16329. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde