Intervenções de enfermagem nas reações adversas em pacientes oncológicos em uso de imunoterapia: Uma revisão de escopo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16871

Palavras-chave:

Imunoterapia; Neoplasia; Enfermagem oncológica.

Resumo

Este estudo tem como objetivo mapear as evidências científicas sobre intervenções de enfermagem relacionadas ao manejo de reações adversas em pacientes oncológicos adultos em uso de imunoterapia no ambiente ambulatorial. Trata-se de uma revisão de escopo, a partir da metodologia JBI. Utilizou-se como estratégia a população dos pacientes oncológicos adultos e idosos em uso de imunoterapia, no conceito das intervenções de enfermagem na administração e controle de reações adversas de imunoterápicos injetáveis, tendo como contexto o ambiente ambulatorial (PCC), em consonância com as diretrizes JBI para revisão de escopo. Foram selecionados 23 artigos, com publicações entre 2005 e 2020. Evidenciou-se três aspectos para discussão: Intervenções de enfermagem em relação a educação em saúde paciente/ família em uso de imunoterápicos, intervenções de enfermagem relacionadas a aplicação dos imunoterápicos no paciente e intervenções relacionadas as reações adversas após a aplicação dos imunoterápicos. É evidente o quanto faz-se necessário o exame físico realizado pelo enfermeiro e o conhecimento farmacológico sobre os imunoterápicos. Sugere-se que a sistematização da assistência de enfermagem seja presente nas instituições de saúde, e que haja elaboração de protocolos institucionais que facilitem a prática profissional de enfermagem em imunoterapia.

Biografia do Autor

Isabelle Cristine Tavares Silva Fialho, Universidade Federal Fluminense

Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ.

Débora Esteves Monteiro, Universidade Federal Fluminense

Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ.

Raquel de Souza Soares, Universidade Federal Fluminense

Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ.

Renata Martins Mendes de Oliveira, Universidade Federal Fluminense

Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ.

Patrícia dos Santos Claro Fuly, Universidade Federal Fluminense

Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ.

Referências

Abdel-Rahman, O., Eltobgy, M., Oweira, H., Giryes, A., Tekbas, A., & Decker, M. (2017). Immune-related musculoskeletal toxicities among cancer patients treated with immune checkpoint inhibitors: a systematic review. Immunotherapy, 9(14), 1175-1183.

American Cancer Society. (2020). CAR T-cell therapy and its side effects. Atlanta: ACS.

Bartell, H., Wolchok, J., Hodi, F. S., Liu, H., Wojtaszek, C., & Weber, J. (2015). Immuno-oncology safety education experience: key lessons from ipilimumab (IPI). Journal for ImmunoTherapy of Cancer, 3(Suppl 2), P384.

Becze, E. (2015). Immunotherapy experts identify key oncology nursing priorities ons summit. Pittsburgh: ONS VOICE.

Becze, E. (2016). An oncology nursing overview of new immune checkpoint inhibitors. Pittsburgh: ONS VOICE.

Brasil. (2019). Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA.

Brasil. (2020). ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Rio de Janeiro: INCA.

Bruneto, R. V., Arruda, G. N., Fernandes, K. T., Pacca, F. C., & Veiga, T. (2019). Anticorpos monoclonais no tratamento oncológico: revisão de literatura para o atendimento ao paciente e manejo das reações infusionais. Archives of Health Sciences, 26(3), 173-178.

Bulechek, G. (2011). Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Amsterdã: Elsevier Health Sciences.

The Joanna Briggs Institute. (2015). The Joanna Briggs Institute Reviewers’ Manual 2015: Methodology for JBI Scoping Reviews. Adelaide: JBI.

Cordeiro, M. L. S., Silva, N. L. F., Vaz, M. R. F., & Nóbrega, F. F. F. (2014). Anticorpos monoclonais: implicações terapêuticas no câncer. Revista Saúde & Ciência Online, 3(3), 253-265.

Davies, M., & Duffield, E. (2020). Durvalumab immunotherapy: nursing management of immune-related adverse events during the journey of patients with stage III non-small cell lung cancer. Clinical Journal of Oncology Nursing, 24(3), 277-283.

Franco, A. O., & Natal, S. L.(2018). Eventos adversos imunorrelacionados e seu manejo na imunoterapia em pacientes oncológicos. Revista Oswaldo Cruz, 5(19).

Galioto, M., & Mucenski, J. (2019). Immunotherapy summit: proceedings and identified priorities for safe administration and care. Clinical Journal of Oncology Nursing, 23(3), E60-E65.

Gallegos, R., Kogelman, A., Wagner, M., Cloud, A., Olson, M., Robideau, K., Patrick, L., Comfort, J., & Hirko, K. (2019). Chemotherapy Education: an interprofessional approach to standardizing processes and improving nurse and patient satisfaction. Clinical Journal of Oncology Nursing, 23(3), 309-314.

Garrett, N. F. M. S. (2019). Prevalência de toxicidades dermatológicas em pacientes com câncer submetidos ao tratamento com imunoterápicos: revisão sistemática e metanálise. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

Gordon, R., Kasler, M. K., Stasi, K., Shames, Y., Errante, M., Ciccolini, K., Lucas, A. S., Raasch, P., & Fischer-Cartlidge, E. (2017). Checkpoint inhibitors: common immune - related toxicities. Clinical Journal of Oncology Nursing, 21(2 Suppl), 45-52.

Helber, H. A., Hada, A. L., Pio, R. B., Moraes, P. H. Z., & Gomes, D. B. D. (2018). Immunotherapy-induced pneumonitis: cases report. Jornal Einstein (Sao Paulo), 16(2), eRC4030.

Madden, K. M., & Hoffner, B. (2017). Ipillimumab-Based therapy: consensus statement from the faculty of the melanoma nursing initiative on managing adverse events with ipilimumab and combination therapy with nivolumab. Clinical Journal of Oncology Nursing, 21(4 Suppl), 30-41.

Moretto, I. G., Contim, C. L. V., & Santo, F. H. E. (2019). Acompanhamento por telefone como intervenção de enfermagem a pacientes em quimioterapia ambulatorial. Revista Gaúcha de Enfermagem, 40, e20190039.

Oliveira, P. P., Bezerril, M. S., Paiva, R. M., Santos, V. E. P., Andrade, F. B., & Silveira, E. A. A. (2019). Segurança do paciente na administração de quimioterapia antineoplásica e imunoterápicos para tratamento oncológico: scoping review. Revista Texto & Contexto - Enfermagem, 28, 1-18.

Orue, I. T., Hernández, A. I. J., & Garcet, M. A. C. (2007). Experiencia de enfermería en la inmunoterapia con gangliósidos en pacientes con cáncer avanzado. Revista Cubana de Enfermagem, 23(3), 1-8.

Rubin, K. M. (2015). Understanding immune checkpoin inhibitors for effective patient care. Clinical Journal of Oncology Nursing, 19(6), 709-717.

Seery, V. (2017). Interprofessional collaboration with immune checkpoint inhibitor therapy: the roles of gastroenterology, endocrinology and neurology. Seminars in Oncology Nursing, 33(4), 402-414.

Serra, J., Majem, M., Sullivan, I. G., Riudavets, M., Anguera, G., Barba, A., González, I., & Guàrdia, N. (2019). P1.07-09 implementation of a nursing program for cancer patients treated with immunotherapy by an Immunotherapy Nurse Specialist. Journal of Thoracic Oncology, 14(10), S490-S491.

Sheldon, L. K. (2016). Oncology nurses and the cancer moonshot 2020. Clinical Journal of Oncology Nursing, 20(4), 355-356.

Silvestrini, A. A. (2020). Diretrizes oncológicas (3a ed). [S.l]: Diretrizes Oncológicas.

Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia & Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2011). Guia para Notificação de Reações Adversas em Oncologia (2a ed). São Paulo: SOBRAFO/ ANVISA. Recuperado em 10 agosto, 2020 de https://sobrafo.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ATT00373.pdf

Thomas R. (2016). Understanding immunotherapy for the treatment of non-small cell lung cancer. Brazilian Journal of Nursing, 25(16), S12-s17.

Tolentino, G. S., Bettencourt, A. R. C., & Fonseca, S. M. (2019). Construction and validation of an instrument for nursing consultation in outpatient chemotherapy. Revista Brasileira de Enfermagem, 72(2), 391-399.

Vazquez, A. (2017). Hypophysitis Nursing management of immune-related adverse events. Clinical Journal of Oncology Nursing, 21(2), 154-156.

Wainstein, A. J., Calabrich, A., Melo, A. C., Buzaid, A. C., Katz, A., Anjos, C. A., Ferreira, C. G., Baldotto, C., Mathias, C. M. C., Yen, C. T., Sternberg, C., E. Gomes, E., Moura, F., Castro Junior, G., Fernandes, G. S., Hoff, P. M. G., Schmerling, R., Munhoz, R. R., Barroso-Sousa, R., Azevedo, S. J., & Lima, V. C. C. (2017). Diretrizes brasileiras de manejo de toxicidades imunomediadas associadas ao uso de bloqueadores de correceptores imunes. Brazilian Journal of Oncology, 13(43), 1-15.

Wiley, K., Lefebvre, K. B., Wall, L., Baldwin-Medsker, A., Nguyen, K., Marsh, L., & Baniewicz, D. (2017). Immunotherapy administration: oncology nursing society recommendations. Clinical Journal of Oncology Nursing, 21(2), 2-7.

World Health Organization. (2020). WHO report on cancer: setting priorities, investing wisely and providing care for all care for all. Geneva: WHO.

Ysebaert, L., Larcher, M., Compaci, G., Oberic, L., Sahnes, L., Banos, A., Araujo, C., Sommet, A., Laurent, G., & Despas, F. (2019). Oncology nurse phone calls halve the risk of reduced dose intensity of immunochemotherapy: results of the randomized FORTIS study in chronic lymphocytic leukemia. Annals of Hematology, 98(4), 931-939.

Downloads

Publicado

29/06/2021

Como Citar

FIALHO, I. C. T. S.; MONTEIRO, D. E.; SOARES, R. de S.; OLIVEIRA, R. M. M. de; FULY, P. dos S. C. Intervenções de enfermagem nas reações adversas em pacientes oncológicos em uso de imunoterapia: Uma revisão de escopo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e46910716871, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.16871. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16871. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde