Cobertura de amido de milho com óleo essencial de Origanum vulgare para controle de Vibrio parahaemolyticus em filés de Micropogonias funieri

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17429

Palavras-chave:

Pescado; Orégano; Atividade antimicrobiana; cobertura comestível; Vibriosis.

Resumo

O pescado pode ser contaminado no ambiente em que vive ou durante a manipulação após a captura. A espécie bacteriana Vibrio parahaemolyticus é uma das principais causadoras de surtos associados ao consumo de pescados contaminados. Os óleos essenciais vêm sendo utilizados no preparo de alimentos em virtude do sabor e aroma diferenciados. O óleo essencial de Origanum vulgare se destaca pela capacidade de inibir o crescimento de microrganismos indesejáveis. As coberturas contendo óleo essencial ganharam reconhecimento ultimamente. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de óleo essencial de O. vulgare associado a cobertura comestível de amido em filé de peixe. O efeito do óleo de O. Vulgare foi testado in vitro pelo teste de disco-difusão. Posteriormente, cobertura de amido com 1% e 1,5% de óleo essencial de O. vulgare foi aplicada em filés de M. furnieri experimentalmente contaminados com V. parahaemolyticus. Como controle, filés sem cobertura e com cobertura sem óleo também foram testados. Foram realizadas contagens de V. parahaemolyticus após 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 10 dias de estocagem. No teste de disco-difusão o óleo essencial de O. vulgare apresentou efeito inibitório sobre o crescimento bacteriano. A cobertura de amido associada ao óleo essencial de O. vulgare foi eficiente para reduzir a multiplicação bacteriana nos filés de peixe nas duas concentrações utilizadas no estudo. A utilização de cobertura de amido com óleo essencial de O. vulgare no controle de V. parahaemolyticus em pescados é uma alternativa promissora para o consumo seguro desses alimentos.

Referências

Beauchat, L. R. (1973). Interacting Effects of pH, Temperature, and Salt Concentration on Growth and Survival of Vibrio parahaemolyticus. Applied Microbiology, 844-846.

Bilung, M. L., Rradu, S., Bahaman, R. A., Rahim, A. R., Napis, S., Kqueen, Y. C., Murugaiah, C., & Hadi, A. Y. (2005). Random amplified polymorphic DNA-PCR typing of Vibrio parahaemolyticus isolated from local cockles (Anadara geanosa). American Journal of Immunology, (1), 31-36.

Bizzo, H. R., Hovel, A. M. C., Rezende, C. M. (2009). Óleos essenciais no Brasil: Aspectos gerais, desenvolvimento e perspectivas. Química Nova, 32 (3), 588-594.

Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Instrução Normativa Nº 60, de 23 de dezembro de 2019. Estabelece as listas de padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, 249(1), 133.

Brasil, Agência Nacional De Vigilância Sanitária, Resolução, Resolução da Diretoria Colegiada Nº 12, de 2 de janeiro de 2001, Regulamento técnico sobre padrões microbiológico para alimentos. Diário Oficial da União, Seção 1.

Caratovic-Stanko, K., Orlic, S., Politeo, O., Strikic, F., Kolak, I., Milos, M., & Satovic, Z. (2010). Composition and antibacterial activities of essential oils of seven Ocimum taxa. Food Chemistry, 119, 196-201.

Clinical and Laboratory Standars Institute. M02-A11 performance standards for antimicrobial disk susceptibility tests (2012). Wayne, Pennsylvania, USA, 950.

Cutter, N. C. (2006). Opportunities for bio-based packging Technologies to improve the quality and safety of fresh and further processed muscle foods. Meat Sciencie, 74 (1), 131-142.

Jayasena, D. D., & Jo, C. (2013). Essential oils as potential antimicrobial agents in meat and meat products: A review. Trends in Food Science & Technology, 34, 96-108.

Kaneko, T., & Colwell, R. R. (1973). Ecology of Vibrio parahaemolyticus in Chesapeake Bay. Jornal of Bacteriology. 113, 24-32.

Kaysner, C. A., & Depaola Jr, A. & Vibrio. U.S. Food and Drug Administration. Bacteriological analytical manual, Chap. 9, 2004. Recuperado em 19 de maio de 2020, de https://www.fda.gov/food/laboratory-methods-food/bam-vibrio.

Kim, Y. B., Okuda, A, J. U. N., Matsumoto, C., Takahashi, N., Hashimoto, S., & Nishibuchi, M. (1999). Identification of Vibrio parahaemolyticus strains at the species level by PCR targeted to the toxR gene. Journal of Clinical Microbiology, 37(4),1173-1177.

Mello, G. S. Atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de Origanum vulgare e Ocimum basilicum frente a Vibrio parahaemolyticus e Vibrio vulnificus e sua aplicação em filés de Mugil platanus (2018). Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018.

Mohanty, B. P., Mahanty, A., Ganguly, S., Mitra, T., Karunakaran, D., & Ananda, R. (2013). Nutritional composition of food fishes and their importance in providing food and nutritional security. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 61, 10835−10847.

Mudoh, F. M., Parveen, S., Schwarz, J., Rippen, T., & Chaudhuri, A. (2014). The effects of storange temperature on the growth of Vibrio parahaemolyticus and organoleptic properties in oyters. Frontiers on Puclic Health, (2),1-7.

RosaA, J. V., Silva, C. J., Barbosa, F., Bairros, J., Duval, E. H., Helbig, E., & Timm, C. D. (2016). Vibrio parahaemolyticus and Salmonella enterica isolates in fish species captured from the Lagoa dos Patos estuary. Semina: Ciências Agrárias, 37(3), 1345-1354.

Sambrook, J., Russel, D. W. Molecular Cloning: A Laboratory Manual. (2001) (3a ed.), Cold Spring Harbor Laboratory Press, p. 999.

SILVA, N. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos (2007).

Silva, W. B., Sousa, C. L. L., Araujo, C. S., Nascimento, V. H. A., & Lourenço, L. F. H. (2019). Propriedades tecnológicas e antimicrobiana de biofilmes de proteínas de peixe com óleo essencial de cravo. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 14(2) 5642.

Su, Y. I., & Liu, C. (2007). Vibrio parahaemolyticus: A concern of seafood safety. Food Microbiology, 24, 549–558.

Tavares, F. O., Pieretti, G. G., Aantigo, J. L., Pozza, M. S. S., Scapim, M. R., & Madrona, G. S. (2014). Cobertura comestível adicionada de óleo essencial de orégano e alecrim para uso em ricota. Revista do Instituto Laticínios Cândido Tostes, 69(4),249-257.

Welker, C. A. D., Both, J. M. C., Longaray, S. M., Hass, S., Soeiro, M. L. T., & Ramos, R. C. (2010) Análise microbiológica dos alimentos envolvidos em surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA) ocorridos no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, 8(1),44-48.

Wu, W., Zhou, M., Ele, H., Liu, C., Li, P., Wang, H., Liu, Y., Hao, X., & Fang, Z. (2018). A sensitive aptasensor for the detection of Vibrio parahaemolyticus. Sensors & Actuators: B. Chemical, v. 272, 550–558.

Yan, L., Pei, X., Zhang, X., Guan, W., Chui, H., J, H., Ma, G., Yang, S., Li, Y., Li, N., & Yang, D. (2019). Occurrence of four pathogenic Vibrios in Chinese freshwater fish farms in 2016. Food Control, 95, 85-89.

Yang, Z., Jiao, X., Li, P., Pan, Z., Huang, J., Gu, R. Fang. W., & Chao, G. (2009). Predictive model of Vibrio parahaemolyticus growth and survival on salmon meat as a function of temperature. Food Microbiology. 26, 606–614.

Downloads

Publicado

17/07/2021

Como Citar

ATRIB, A. B.; SILVEIRA, D. R.; TIMM, C. D. Cobertura de amido de milho com óleo essencial de Origanum vulgare para controle de Vibrio parahaemolyticus em filés de Micropogonias funieri. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e52010817429, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.17429. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17429. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas