Acidentes domésticos na infância: Identificando potencialidades para um cuidado integral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18027

Palavras-chave:

Acidentes domésticos; Crianças; Epidemiologia; Fatores de Risco; Enfermagem.

Resumo

Os acidentes domésticos na infância (ADI) embora subestimados caracterizam-se como um relevante problema de saúde no mundo, devido à sua potencial gravidade. Segundo Ministério da Saúde em 2010 ocorreram 11,6 mil internações resultantes de acidentes no domicílio. Os profissionais de enfermagem dispõem de aptidão para executar ações educativas com os pais e/ou responsáveis e as crianças com o objetivo de evitar acidentes. Objetivos: identificar as principais características que cercam os ADI e qual é o papel do enfermeiro diante de tal problemática. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. Os critérios de inclusão foram: artigos com recorte temporal entre 2015 e 2020; nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram utilizadas bases de dados: BVS, SciELO e MEDLINE através do PubMed. Foram selecionados 13 artigos para discussão.  Resultados: Foram identificados 10 estudos nacionais e 3 internacionais. Quanto ao tipo, 10 são originais, dois são de revisão e um relato de experiência. Os principais ADI evidenciados foram: quedas, queimadura, asfixia, corte e intoxicação, mordida de cachorro e afogamento. Discussão: Para melhor compreensão acerca da temática, a discussão foi dividida em quatro categorias, a saber: Epidemiologia dos ADI, fatores de risco, perfil familiar e das crianças e a assistência de enfermagem na prevenção dos ADI. Conclusão: Diversos são os fatores de risco presentes no ambiente doméstico, todavia, muitos desses fatores podem ser reduzidos e até eliminados, a partir da conscientização dos pais e cuidadores. O enfermeiro possui essencial atuação na educação de pais e familiares na prevenção dos ADI. 

Biografia do Autor

Wallace Henrique Pinho Paixão, Instituto Nacional do Câncer

Bacharel em enfermagem pela Universidade Castelo Branco. Residente de enfermagem oncológica pelo Instituto Nacional do câncer. Pós graduando em Terapia intensiva e Emergência pelo Centro Universitário Celso Lisboa. Pós Graduando em Enfermagem do trabalho pela FAVENI.

Kessya Cristina Valentim Barbosa, Hospital Federa do Andaraí

Enfermeira pela Universidade Castelo Branco. Residente em enfermagem médico-cirúrgica geral pelo Hospital Federal do Andaraí. Pós granduanda em enfermagem em terapia intensiva e emergência pelo Centro Universitário Celso Lisboa

Jamilly Cristina Elias Pinheiro, Hospital Federal dos Servidores do Estado

Enfermeira residente de enfermagem em clínica e cirúrgica no enfoque em Pediatria

Kelly Cristina Freitas da Silva, Instituto Nacional de Cardiologia

Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Oficial enfermeira da Força Aérea Brasileira. 

Maria Regina Bernardo da Silva, Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

Enfermeira servidora pública da Secretaria Municipal de saúde do Rio de Janeiro, Mestre e doutoranda saúde da Familia e Docente da Universidade Castelo Branco. 

Wanderson Alves Ribeiro, Universidade Iguaçu (UNIG); Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil

Graduado em Enfermagem (Bacharelado) pela UNIABEU (2012); Mestre e Doutorando pelo Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde pela Escola de Enfermagem Aurora Afonso da Costa pela Universidade Federal Fluminense; Atua como Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Iguaçu (UNIG). 

Nathalya de Moura Rezende, Instituto Nacional do Câncer

Enfermeira pela Universade São Camilo. Pós graduada em Enfermagem em Saúde Pública. Residente em Enfermagem oncológica pelo Instituto Nacional do Câncer. 

Keila do Carmo Neves, Universidade Iguaçu (UNIG)

Enfermeira graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)/ Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) em 2012. Doutora em Enfermahem pela EEAN/UFRJ (2019). Mestre em Enfermagem pela EEAN (2014). Especialista em Enfermagem em Nefrologia (2014). Especialista em UTI Neonatal e Pediátrica (2020). 

Bruna Porath Azevedo Fassarella, Universidade Iguaçu (UNIG); Universidade de Vassouras, Brasil

Enfermeira, Possui bacharelado em Enfermagem pela Universidade do Grande Rio (2008). Especialista em Gestão da Clínica no SUS- Educação na Saúde para Preceptores do SUS, Especialista em Pediatria e Neonatologia pela Universidade de Venda Nova do Imigrantes (FAVENI). Mestre em Urgencia e Emergencia pelo Programa de Ciências Aplicadas a Saúde da Universidade de Vassouras(FUSVE).

Carolina Cristina Scrivano dos Santos, Instituto Nacional do Câncer

Enfermeira residente de oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer

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Publicado

31/07/2021

Como Citar

PAIXÃO, W. H. P.; BARBOSA, K. C. V.; PINHEIRO, J. C. E. .; SILVA, K. C. F. da .; SILVA, M. R. B. da; RIBEIRO, W. A. .; REZENDE, N. de M. .; NEVES, K. do C. .; FASSARELLA, B. P. A. .; SANTOS, C. C. S. dos. Acidentes domésticos na infância: Identificando potencialidades para um cuidado integral. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 9, p. e48110918027, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.18027. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18027. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde