Tratamento de efluentes provenientes da fabricação de lentes solares
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19397Palavras-chave:
Corantes; Antraquinona; Eletro-Fenton; Efluente industrial; Processo oxidativo avançado.Resumo
Este trabalho é uma parceria com uma empresa de produtos oftálmicos que gera efluentes contendo uma mistura de três corantes dispersos: azul 56, amarelo 54 e vermelho 60, todos da classe das antraquinonas. Os corantes dessa classe são resistentes a degradação devido a sua estrutura aromática, a qual retêm a cor por longos períodos de tempo. O tratamento destes corantes é de extrema importância devido à sua toxicidade, podendo apresentar comportamento cancerígeno e mutagênico. O objetivo deste trabalho foi oxidar os compostos orgânicos poluentes usando processos oxidativos avançados. Para isso, foram realizadas eletrólises a corrente constante usando eletrodos de óxidos como catalisadores heterogêneos juntamente com o reagente de Fenton (Fe2+ + H2O2). A descoloração e oxidação foram monitoradas por espectrometria UV-Visível, cromatografia líquida de alta eficiência e carbono orgânico total. O tratamento aplicado permitiu uma rápida degradação dos grupos cromóforos e houve grande influência da concentração do peróxido de hidrogênio na velocidade dessa degradação. Os resultados foram satisfatórios, uma vez que a coloração foi eliminada e os produtos da oxidação identificados não apresentam toxicidade e podem facilmente tratados por métodos tradicionais.
Referências
Brillas, E., (2021). Recent development of electrochemical advanced oxidation of herbicides. A review on its application to wastewater treatment and soil remediation. Journal of Cleaner Production, 290, 125841. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2021.125841
Brillas, E., Sirés, I., & Oturan, M. A. (2009). Electro-Fenton process and related electrochemical technologies based on Fenton’s reaction chemistry. Chemical reviews, 109(12), 6570-6631. https://doi.org/10.1021/cr900136g.
CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (2011). Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos. 396 p. https://capacitacao.ana.gov.br/conhecerh/handle/ana/2211
Feng, D., Soric, A., & Boutin, O. (2020). Treatment technologies and degradation pathways of glyphosate: A critical review. Science of The Total Environment, 140559. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2020.140559
Forti, J. C., Loretti, G. H., Tadayozzi, Y. S., & de Andrade, A. R. (2020). A phytotoxicity assessment of the efficiency 2, 4-D degradation by different oxidative processes. Journal of Environmental Management, 266, 110588. https://doi.org/10.1007/s12678-010-0020-3
Forti, J. C., Olivi, P., & de Andrade, A. R. (2001). Characterisation of DSA®-type coatings with nominal composition Ti/Ru0.3Ti(0.7− x)SnxO2 prepared via a polymeric precursor. Electrochimica Acta, 47(6), 913-920. https://doi.org/10.1016/S0013-4686(01)00791-5
Gregory, P. (2003). Important chemical chromophores of dye classes. Industrial Dyes: Chemistry, Properties, Applications, 35-39. https://doi.org/10.1002/3527602011.ch2
Guimarães, J.R. (2013). Processos Oxidativos Avançados. Revista TAE, 32-36. https://www.revistatae.com.br/Artigo/355/processos-oxidativos-avancados
Haber, F., & Weiss, J. (1934). The catalytic decomposition of hydrogen peroxide by iron salts. Proceedings of the Royal Society of London. Series A-Mathematical and Physical Sciences, 147(861), 332-351. https://doi.org/10.1098/rspa.1934.0221
Kaushik, P., & Malik, A. (2009). Fungal dye decolourization: recent advances and future potential. Environment International, 35(1), 127-141. https://doi.org/10.1016/j.envint.2008.05.010
Maia, L. C. C., Jambo, H. C. M., & Gomes, J. A. D. C. P. (2018). Tratamento eletroquímico de efluentes industriais-alternativa para a remoção de contaminantes e potencial aproveitamento de H 2. Matéria (Rio de Janeiro), 22. https://doi.org/10.1590/S1517-707620170005.0259
Martins, R. A. (2010). Abordagens quantitativa e qualitativa. Metodologia de pesquisa em engenharia de produção e gestão de operações. Rio de Janeiro: Elsevier, 47-62. http://eu-ireland-custom-media-prod.s3.amazonaws.com/Brasil/Downloads/14-10/mztodologia.pdf
Oturan, M. A. (2021). Outstanding performances of the BDD film anode in electro-Fenton process: Applications and comparative performance. Current Opinion in Solid State and Materials Science, 25(3), 100925. https://doi.org/10.1016/j.cossms.2021.100925
Panizza, M., & Cerisola, G. (2009). Electro-Fenton degradation of synthetic dyes. Water research, 43(2), 339-344. https://doi.org/10.1016/j.watres.2008.10.028
Peternel, I., Koprivanac, N., & Kusic, H. (2006). UV-based processes for reactive azo dye mineralization. Water Research, 40(3), 525-532. https://doi.org/10.1016/j.watres.2005.11.029
Rêgo, F. E. F., Solano, A. M. S., da Costa Soares, I. C., da Silva, D. R., Huitle, C. A. M., & Panizza, M. (2014). Application of electro-Fenton process as alternative for degradation of Novacron Blue dye. Journal of Environmental Chemical Engineering, 2(2), 875-880. https://doi.org/10.1016/j.jece.2014.02.017
Robinson, T., McMullan, G., Marchant, R., & Nigam, P. (2001). Remediation of dyes in textile effluent: a critical review on current treatment technologies with a proposed alternative. Bioresource Technology, 77(3), 247-255. https://doi.org/10.1016/S0960-8524(00)00080-8
Routoula, E., & Patwardhan, S. V. (2020). Degradation of anthraquinone dyes from effluents: a review focusing on enzymatic dye degradation with industrial potential. Environmental Science & Technology, 54(2), 647-664. https://doi.org/10.1021/acs.est.9b03737
Tadayozzi, Y. S., Santos, F. A. D., Vicente, E. F., & Forti, J. C. (2021). Application of oxidative process to degrade paraquat present in the commercial herbicide. Journal of Environmental Science and Health, Part B, 1-5. https://doi.org/10.1080/03601234.2021.1936991
Zhang, M. H., Dong, H., Zhao, L., Wang, D. X., & Meng, D. (2019). A review on Fenton process for organic wastewater treatment based on optimization perspective. Science of the total environment, 670, 110-121. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2019.03.180
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Juliane C. Forti; Yasmin S. Tadayozzi; Tamara Cardeal C. da Silva; Carolina R. V. de Andrade; Felipe A. dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.