Expansão das indicações geográficas para impulsionar o desenvolvimento da cachaça brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20682

Palavras-chave:

Indicação geográfica; Cachaça; Desenvolvimento.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo verificar a relevância da expansão das Indicações Geográficas (IG) como forma de impulsionar o desenvolvimento da cachaça brasileira. O método escolhido para esta pesquisa é de natureza qualitativa, por meio da utilização das técnicas de revisões bibliográfica e documental. A IG para a cachaça na modalidade de Indicação de Procedência para os detentores do selo é de fundamental importância no combate às falsificações e identificação para os consumidores como verdadeiras a procedência das cachaças. as vantagens do registro a valorização do saber-fazer e das técnicas tradicionais, agregação de valor, notoriedade, desenvolvimento territorial e preservação da cultura, além de demonstrar que o produto tem qualidades. Dessa forma, conclui-se que a expansão dos registros de IGs da cachaça, permitirá impulsionar o desenvolvimento da cachaça e consequentemente o desenvolvimento econômico para o país com a diminuição da informalidade na produção e comercialização da cachaça que é um produto de grande relevância no soft power brasileiro.

Referências

A cachaça no Brasil. (2020) Dados de Registro de cachaças e aguardentes. Junho.

Agência Sebrae de Notícias. (2021) Oitenta novas indicações geográficas no país são identificadas com potencial de serem reconhecidas. Junho.

Aprovale. (2021) Indicações geográficas. Junho.

Barahona, I., Sanmiguel Jaimes, E. M., & Yang, J. (2020). Sensory attributes of coffee beverages and their relation to price and package information: A case study of Colombian customers’ preferences. Food Science & Nutrition, 8(2), 1173–1186.

Bicho, L.; Baptista, S. (2006). Modelo de Porter e Análise de SWOT: Estratégias de Negócios. Instituto Politécnico de Coimbra.

Boncinelli, F., Dominici, A., Gerini, F., & Marone, E. (2019). Consumers wine preferences according to purchase occasion: Personal consumption and gift-giving. Food Quality and Preference, 71, 270–278.

Bowen, S. (2010). Embedding local places in global spaces: Geographical indications as a territorial development strategy. Rural Sociology.

Brasil. (2001). Decreto n. 4.062, de 21 de dezembro de 2001. Define as expressões “cachaça”, “Brasil” e “cachaça do Brasil” como indicações geográficas e dá outras providências.

Brasil. (1996). Lei n.9279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.

Brasil. (2001). Decreto n. 4.062, de 21 de dezembro de 2001. Define as expressões “cachaça”, “Brasil” e “cachaça do Brasil” como indicações geográficas e dá outras providências.

Barbosa, D. B. (2003). Uma Introdução à Propriedade Intelectual. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.

Carrão, A. M. R. (2004) Cooperação entre empresas de pequeno porte. Revista de Administração da USP, 39(2), 186-185.

Castro, V. A. & Giraldi, J. M. E. (2018). Estratégias de marcas para setores brasileiros: diferenças conceituais entre indicação geográfica, marca coletiva e setorial. Revista Espacios. 39(33), 1-14.

Caldas, A. S. (2013) Indicações Geográficas: marco regulatório e distribuição espacial. In: Caldas, A. S; Brito, C.; Fonseca, A. A. M.; Pertile, Noeli. (Org.). Gestão do Território e Desenvolvimento: novos olhares e tendências. Salvador: JM, 1(1), 127-152.

Caldas, A. D. S., de Araújo, C. C., & Coury, R. D. L. M. (2018). As Indicações Geográficas (IGS) como estratégia de desenvolvimento territorial: desafios e potencialidades no distrito de Maragogipinho, Aratuípe, BA. RDE-Revista de Desenvolvimento Econômico, 3(38).

Calegario, C. L. L. (2006). Comercialização e exportação da cachaça. In: Cardoso, M. G. Produção de aguardente de cana. 2. ed. Lavras: Editora UFLA.

Cavalcante, E. D. (2013). A cachaça e o desenvolvimento turístico: uma análise das representações do espaço e dos atores envolvidos na atividade turística no brejo paraibano. Dissertação (mestrado). Universidade Estadual da Paraíba.

CenárioMT. (2015). Produtores de Cachaça defendem volta do ''''Simples''''. http://www.cenariomt.com.br/noticia/489290/produtores-de-cachacadefendem-volta-do-simples.html>.

Centro Brasileiro de Referência da Cachaça (2015). Campanha para a Valorização da Cachaça. Junho

Cerdan, C. (2013). Desafios institucionais e organizacionais ao desenvolvimento das IGs no Brasil. In: NIEDERLE, P.A. (Org.). Indicações geográficas e estratégias de desenvolvimento territorial. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Cotton, A. P. (2007) 123 Years at the Negotiating Table and Still No Dessert - The Case in Support of TRIPS Geographical Indication Protections. Chicago-Kent Law Review. 8(3), 1295-1316.

Conceição, V. S. et al. (2020). A Indicação Geográfica da Cachaça: Um instrumento de desenvolvimento regional e de Inovação. Braz. J. of Develop., (6)6, 35137-35155.

Data Sebrae (2018). IG-Paraty. Junho.

Dortzbach, D., Machado, L. N., Loss, A., & Vieira, E. (2020). Influência do meio geográfico nas características do mel de melato da bracatinga. Research, Society and Development, 9(9), e198997191. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7191

Dos Anjos, F. S., da Silva, F. N., & Caldas, N. V. (2020). Indicações geográficas, capital social e desenvolvimento territorial. Redes (St. Cruz Sul, Online), 25(2), 721-743.

Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

Gatto, D. B., Clauzet, M., & Lustosa, M. C. (2019). Governança ambiental e Indicação Geográfica: o caso da denominação de origem manguezais das alagoas. Desenvolvimento Regional em Debate, 9(2), 229-247.

Giesbrecht, H. O; Minas, R.B.A; Gonçalves, M. F.W; Schwanke, F.H. (2014). Indicações geográficas brasileiras. Brasília: Sebrae INPI.

Giesbrecht, H. O. et al. (2016). Indicações geográficas brasileiras. 5. ed. Brasília: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE; Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), 2000(327).

Gil, A. C. (2009). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas.

Glass, R. F. e Castro, A. M. G. (2009). As indicações geográficas como estratégia mercadológica para vinhos. Embrapa Informação Tecnológica Brasília, DF.

Gonçalves, L. A. S.; Almeida, B. A. Bastos, E. M. S. (2018). Panorama das Indicações Geográficas no Brasil. Revista de Desenvolvimento Econômico – RDE, 3(41), 130-144.

Gurgel, V. A. (2005). Aspectos Jurídicos da Indicação Geográfica In. SEBRAE Valorização de produtos com diferencial de qualidade e identidade: indicações geográficas e certificações para competitividade nos negócios. Organizado por Vinícius Lages, Léa Lagares e Chistiano Lima Braga. Brasília.

Harbison, J. R. & Pekar Junior, P. (1999). Alianças estratégicas: quando a parceria é a alma do negócio e o caminho para o sucesso. São Paulo: Futura.

Hughes, J; Beresford, L; Kur, A; Plevan, K; Scafidi, S. (2007). That’s a Fine Chablis You’re not drinking: The Proper Place for Geographical Indications in Trademark Law. Fordham Intellectual Property, Media and Entertainment Law Journal, 17(4), 933-978.

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). PIB 2020. Junho.

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Renda Per Capita 2020. Junho.

IBRAC- Instituto Brasileiro da Cachaça. (2021). Mercado Interno. Junho.

IBRAC- Instituto Brasileiro da Cachaça (2021). O IBRAC. Junho.

INPI- Instituto Nacional da Propriedade Industrial. (2018). Instrução Normativa nº 95/ 2018.

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Intelectual. (2015). Guia Básico - Indicação Geográfica. Julho.

Josling, T. (2006). The war on terroir: geographical indications as a transatlantic trade conflict. Journal of Agricultural Economics, Malden,

Krajnc, B., Bontempo, L., Luis Araus, J., Giovanetti, M., Alegria, C., Lauteri, M., … Ogrinc, N. (2020). Selective Methods to Investigate Authenticity and Geographical Origin of Mediterranean Food Products. Food Reviews International, 1–27.

Kotler, P & Keller, L. K. (2006). Administração de marketing. 12. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Mafra, L.A.S. (2008). Indicação Geográfica e construção do mercado: a valorização da origem no cerrado mineiro. Tese (doutorado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Ciências Humanas e Sociais.

MAPA- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2017) O que é indicação geográfica? Como obter o registro? Junho.

Mapa da Cachaça (2020). A indicação geográfica da cachaça de Paraty. Julho.

Malhotra, N, K. (2011). Pesquisa de Marketing: foco na decisão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Mascarenhas, G.C.C.; Wilkinson, J. (2014). Indicações geográficas em países em desenvolvimento: potencialidades e desafios. Revista de Política Agrícola, ano XXIII, n.2.

Martins, I. S. S. (2019) Iniciativas para a Proteção das Indicações Geográficas no Brasil. Junho.

Mendonça, D., Procópio, D. P., & Santos Corrêa, S. R. (2019). A contribuição das indicações geográficas para o desenvolvimento rural brasileiro. Research, Society and Development, 8(7), e41871152.

Mercosul. (1995). Protocolo de harmonização de normas sobre a Propriedade Intelectual no Mercosul, em matéria de marcas, indicações de procedência e denominações de origem.

Nascimento, J. S.; Fialho, A. S.; Nunes, G. S., & Bandeira, M. G. A. (2012). Indicações geográficas: agregação de valor aos produtos brasileiros e maranhenses. Revista GEINTEC: Gestão, Inovação e Tecnologias, 2 (4), 353-364.

Niederle, P. A (2010). Compromissos para a qualidade: projetos de indicação geográfica para vinhos no Brasil e na França. Tese (doutorado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

OMPI- Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). 2021. Indicações Geográficas. Junho.

Pellin, V. (2017). Indicações Geográficas e Desenvolvimento Regional no Brasil: a atuação dos principais atores e suas metodologias de trabalho. Research, Society and Development, 33(21), 33-38.

Pellin, V. (2019). Indicações Geográficas e desenvolvimento regional no Brasil: a atuação dos principais atores e suas metodologias de trabalho. Interações (Campo Grande), 20, 63-78.

Rocha, E. D. L. (2016). Propriedade intelectual por indicação geográfica: O caso da cachaça do Brejo paraibano. 132 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

Seabra, G.; Mariano, G. (2004). Turismo rural no agreste Pernambucano: o caminho das pedras é também das flores e dos frutos. In:Congresso Internacional sobre TurismoRural e Desenvolvimento Sustentável, IV, Joinville. 2004 Anais. Joinville: Instituto Superior e Centro Educacional Luterano Bom Jesus/Ielusc.

Sebrae. (2016). Cachaça: Indicações Geográficas Brasileiras. Junho

Silva, T. C. P., Gallego, E. S., & Montibeler, E. E. (2012). Exportação da cachaça: uma análise do método SWOT para a internacionalização empresarial. Observatorio de la Economía Latinoamericana, (176).

Valente, M. E. R., de Andrade Neves, N., Perez, R., de Moraes Valente, L. R. R., de Lima, J. E., & Chaves, J. B. P. (2020). Indicação geográfica e qualidade de cachaças segundo a percepção de apreciadores da bebida. Research, Society and Development, 9(10), e2989108365-e2989108365.

Valente, M. E. R.; Perez, R.; Ramos, A. M.; Chaves, J. B. P. (2012). Indicação geográfica de alimentos e bebidas no Brasil e na União Europeia. Ciência Rural, v. 42, n. 3, p. 551-558.

Van Caenegem, W., Cleary, J.A, & Drahos, P. (2014). Pride and profit: Geographical indications as regional development tool in Australia. Journal of Economica & Social Policy. 16(1), 90-114.

Downloads

Publicado

22/09/2021

Como Citar

QUEIROZ, F. I. de .; PEREIRA, T. M. da F. .; FRANCO, J. B. M. .; NODARI, C. H. . Expansão das indicações geográficas para impulsionar o desenvolvimento da cachaça brasileira. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e323101220682, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20682. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20682. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais