Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à colecistectomia em um hospital do sudoeste goiano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.26991

Palavras-chave:

Colecistectomia; Epidemiologia; Vesícula Biliar; Colelitíase.

Resumo

A colecistectomia se destaca como o procedimento mais prevalente nas cirurgias gastrointestinais eletivas, com mais de sessenta mil internações anuais no Brasil, o que corresponde a um dos maiores problemas de saúde pública. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à colecistectomia em um hospital particular do sudoeste goiano, com ênfase nos fatores de risco modificáveis. Foram analisados 489 prontuários médicos das cirurgias realizadas no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, dos quais 462 foram incluídos como amostra. O perfil mais comum foi caracterizado por: sexo feminino, média de 41 anos, história prévia de gestação e obesidade. Identificado 144 pacientes etilistas, 78 tabagistas e 240 (51,56%) com comorbidades associadas. 365 (79%) realizaram cirurgia por videolaparoscopia. A taxa de conversão foi de 1,08%. 95 (20,56%) pacientes apresentaram complicações operatórias com relação estatística significativa à idade, hipertensão arterial e dislipidemia. Conclui-se que o perfil mais suscetível às doenças da via biliar deve ser alvo de conduta clínica multiprofissional para a identificação e tratamento precoce, com conseguinte, redução de complicações operatórias na população.

Referências

Acalovschi, G. E., van Erpecum, K. J., Gurusamy, K. S., Cees, J., & van Laarhoven, P. P. (2016). Normas de Orientação Clínica da EASL sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento dos cálculos biliares. Journal of Hepatology, 65, 146-181.

aldana, G. E., Martínez, L.E., Hosman, M.A., Ardila, D.A., Mariño, I.F., Sagra, M.R., & Montoya, L.M. (2018). Fatores preditivos perioperatórios de complicações da colecistectomia laparoscópica. Revista Colombiana de Cirurgia, 33 (2), 162-172.

Aragão, J. M. N. (2013). Infecção de sítio cirúrgico em pacientes submetidos à colecistectomia convencional e videolaparoscópica em Hospital Regional do Distrito Federal: identificação do momento de diagnóstico e incidência.

Alves, K. R., Goulart, A. C., Ladeira, R. M., Oliveira, I. R. S. D., & Benseñor, I. M. (2016). Frequency of cholecystectomy and associated sociodemographic and clinical risk factors in the ELSA-Brasil study. Sao Paulo Medical Journal, 134, 240-250.

Bonadiman, A., Basaglia, P., Fava, C. D., & de Jesus, I. P. A. (2019). CONDUTA ATUAL NA COLECISTITE AGUDA. Uningá Journal, 56(3), 60-67.

Castro, P. M. V., Akerman, D., Munhoz, C. B., Sacramento, I. D., Mazzurana, M., & Alvarez, G. A. (2014). Colecistectomia laparoscópica versus minilaparotômica na colelitíase: revisão sistemática e metanálise. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 27, 148-153.

Coelho, J. C. U., Dalledone, G. O., Schiel, W., Berbardin, J. D. P., Claus, C. M., Matias, J. E., & de Freitas, A. C. (2019). O gênero masculino aumenta o risco de colecistectomia laparoscópica?. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 32.

Covre, E. R., Melo, W. A. D., Tostes, M. F. D. P., & Fernandes, C. A. M. (2019). Permanence, cost and mortality related to surgical admissions by the Unified Health System. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 27.

De Siqueira Corradi, M. B., Ronaldo, D., Duim, E., & Rodrigues, C. I. S. (2020). Risk stratification for complications of laparoscopic cholecystectomy based on associations with sociodemographic and clinical variables in a public hospital. The American Journal of Surgery, 219(4), 645-650.

Di Ciaula, A., Wang, D. Q. H., & Portincasa, P. (2018). An update on the pathogenesis of cholesterol gallstone disease. Current opinion in gastroenterology, 34(2), 71.

Graciano A.R., Squeff F.A. (2019) Perfil epidemiológico da colelitíase no Brasil: análise de 10 anos. Rev. Educ. Saúde;7(2): 111-117.

Hershkovitz, Y., Kais, H., Halevy, A., & Lavy, R. (2016). Interval Laparoscopic Cholecystectomy: What is the Best Timing for Surgery?. The Israel Medical Association Journal: IMAJ, 18(1), 10-12.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2015). Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios. Brasil, Grande Região e Unidade da Federação. https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/262#resultado.

Irigonhê, A. T. D., Franzoni, A. A. B., Teixeira, H. W., Rezende, L. O., Klipp, M. U. S., Purim, K. S. M., ... & Chibata, M. (2020). Análise do perfil clínico epidemiológico dos pacientes submetidos a Colecistectomia Videolaparoscópica em um hospital de ensino de Curitiba. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 47.

Jackson P. G, Evans S. R. T. (2014). Tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 19ª ed. Elsevier. 55:2613-2696.

Leme, M. B. P. (2018). Colelitíase Assintomática e Colecistectomia Laparoscópica. Revista da Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda.

Lemos, L. N., Tavares, R. M. F., & de Mattos Donadelli, C. A. (2019). Perfil epidemiológico de pacientes com colelitíase atendidos em um ambulatório de cirurgia. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (28), e947-e947.

Littlefield, A., & Lenahan, C. (2019). Cholelithiasis: presentation and management. Journal of midwifery & women's health, 64(3), 289-297.

Lorenzini C, Pragnussatt Neto E, Gheller LF (2018). Risco e prognóstico em anestesiologia. Anestesiologia, James Manica. 4ª ed. Artmed ;28: 386–412.

Menezes, H. L. D., Fireman, P. A., Wanderley, V. E., Menconça, Â. M. M. C. D., Bispo, R. K. D. A., & Reis, M. R. (2013). Estudo randomizado para avaliação da dieta hipolipídica nos sintomas digestivos no pós-operatório imediato da colecistectomia por videolaparoscopia. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 40, 203-207.

Ministério da Saúde (2021). Datasus. Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Informações de Saúde: Procedimentos Hospitalares do SUS. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiuf.def.

Nunes E. C., Rosa R. D. S., & Bordin R. (2016). Internações por colecistite e colelitiase no Rio Grande do Sul, Brasil. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 29, 77-80.

Pak M., & Lindseth G. (2016) Risk factors for cholelithiasis. Gastroenterology Nursing, 39(4), 297-309.

Pereira D. L., Berton N. C., Alves A. S. D. B. A., de Oliveira M. I. V., Franchello, I.F, Faria G. G., & do Amaral, A. L. S. (2020). Perfil epidemiológico de morbidade por colelitíase e colecistite em Mato Grosso. Revista Ciência e Estudos Acadêmicos de Medicina, 1(12).

Pinho, J. E. B. O., & Santos, J. M. V. (2018). Colecistite aguda.

Rubert, C. P., Higa, R. A., & Farias, F. V. B. (2016). Comparison between open and laparoscopic elective cholecystectomy in elderly, in a teaching hospital. Revista do Colegio Brasileiro de Cirurgioes, 43, 02-05.

Sanches, N. S. (2015). Avaliação dos resultados das colecistectomias laparoscópicas realizadas em hospital universitário de Salvador (Bahia, Brasil), no período de 2010 a 2012.

Sandblom G., Videhult P., Crona Guterstam Y., Svenner A., Sadr-Azodi O. (2015). Mortality after a cholecystectomy: a population-based study. HPB, 17(3), 239-43.

Santos D. R. D. (2017). Perfil epidemiológicos dos pacientes submetidos a colecistectomia em um hospital universitário de Sergipe.

Stinton, L. M., & Shaffer, E. A. (2012). Epidemiology of gallbladder disease: cholelithiasis and cancer. Gut and liver, 6(2), 172.

Troncoso N. T., & Nunes C. P. (2019). Complicações pós-operatórias da Colecistectomia videolaparoscópica e seus principais fatores de risco. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental, 1(2).

Venegas Quenta J. A. (2020). Factores asociados a complicaciones post colecistectomía laparoscópica en pacientes con patología biliar en el Servicio de cirugía general del Hospital Hipólito Unanue de Tacna, enero a diciembre del 2019.

Wilkins T., Agabin E., Varghese J., & Talukder A. (2017). Gallbladder dysfunction: cholecystitis, choledocholithiasis, cholangitis, and biliary dyskinesia. Primary Care: Clinics in Office Practice, 44(4), 575-597.

Downloads

Publicado

13/03/2022

Como Citar

ARAÚJO, G. M.; OLIVEIRA , L. S. A. de .; BASTOS , L. M. G. .; ASSIS, R. R. .; MARIOSA, N. D. F. Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à colecistectomia em um hospital do sudoeste goiano. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e14211426991, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.26991. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26991. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde