Conexões entre as ações docentes e discentes em uma aula de Matemática planejada com jogos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27061Palavras-chave:
Ação docente; Ação discente; Jogos; Aulas de matemática.Resumo
Neste artigo apresentamos os resultados de uma pesquisa que analisou uma aula de Matemática planejada com jogos, para alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, a qual se originou das seguintes questões: O que o professor e os alunos fazem, de fato, em aulas de Matemática planejadas com jogos e quais categorias descrevem suas ações? Que conexões podem ser estabelecidas entre as ações do professor e dos alunos mediante tal planejamento? Os procedimentos metodológicos foram baseados na Análise de Conteúdo. Emergiram das análises dezoito categorias de ações docentes e quinze de ações discentes. Quanto às possíveis conexões entre as ações docentes e discentes, os resultados que alcançamos indicam que em aulas planejadas com jogos as ações realizadas pelo professor apresentam, em alguns momentos, conexões com as ações realizadas pelos alunos. Mas a conexão não implica em causalidade, ou seja, uma determinada ação docente não condiciona, induz ou origina necessariamente certa ação discente.
Referências
Andrade, E. C., Arruda, S. M. & Passos, M. M. (2018). Descrição da ação docente de professores de Matemática por meio da observação direta da sala de aula. Educação Matemática Pesquisa, 20(2), 349-368.
Aquino, J. A. (2000). As teorias da ação social de Coleman e de Bourdieu. Humanidades e Ciências Sociais, 2(2), 17-29.
Arruda, S. M., Passos, M. M. & Broietti, F. C. D. (2021). The Research Program on Teacher Action, Student Action and their Connections (PROACTION): Fundamentals and Methodological Approaches. REPPE – Revista de Produtos Educacionais e Pesquisas em Ensino, 5(1), 215-246.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Bourdieu, P. (1997). Razones prácticas: Sobre la teoría de la acción. Editorial Anagrama, Barcelona.
Coleman, J. S. (1994). Foundations of social theory. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press.
Dias, M. P. (2018). As ações de professores e alunos em salas de aula de matemática: categorizações e possíveis conexões. 2018. Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática. Londrina: Universidade Estadual de Londrina. Retirado em 05 de fevereiro de 2020, de: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000217592.
Dias, M. P., Arruda, S. M. & Passos, M. M. (2018). Ações de um professor de matemática em uma aula planejada com jogos: novas categorias. In: VI SINECT – Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia. Anais. Ponta Grossa: UEPG. v. 1. 1-12.
Dias, M. P., Arruda, S. M. & Passos, M. M. (2020). Teacher Action, Student Action and its Connections in Mathematics Classes Planned with Manipulative Materials. Revista Acta Scientiae, 22(2), 86-104.
Durozoi, G. & Roussel, A. (2005). Dicionário de filosofia. Campinas: Papirus.
Flick, U. (2014). The SAGE Handbook of Qualitative Data Analysis. London: Sage Publications Ltd.
Gallino, L. (2005). Dicionário de Sociologia. São Paulo: Paulus.
Grando, R. C. (2000). O conhecimento matemático e o uso de jogos na sala de aula. Tese de Doutorado em Educação. Campinas: Universidade Estadual de Campinas. Retirado em 05 de fevereiro de 2020, de: https://pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2012/10/O-CONHECIMENTO-MATEM%C3%81TICO-E-O-USO-DE.pdf.
Grando, R. C. (2015). Recursos didáticos na Educação Matemática: jogos e materiais manipulativos. Revista Eletrônica Debates em Educação Científica e Tecnológica, 5(2), 393-416.
Houaiss, A., Villar, M. S. & Franco, F. M. M. (2009). Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.
Lahire, B. (2002). Homem plural: os determinantes da ação. Petrópolis: Vozes.
Latour, B. (2012). Reagregando o Social: uma introdução à teoria ator-rede. Salvador: EDUFBA e Bauru: EDUSC. 2012.
Passos, M. M. (2009). O professor de matemática e sua formação: análise de três décadas da produção bibliográfica em periódicos na área de Educação Matemática no Brasil. Tese de Doutorado em Educação para a Ciência. Bauru: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Retirado em 05 de fevereiro de 2020, de: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/102016.
Ponte, J. P., Boavida, A., Graça, M. & Abrantes, P. (1997). Didáctica da Matemática. Lisboa: Departamento do Ensino Secundário do Ministério da Educação.
Rocha, C. S., Silva, G. F., Rocha, J. S. & Silva, J. E. (2021). Ensino da matemática em níveis fundamental e médio: Utilizando jogos como ferramentas didáticas. Research, Society and Development, 10(6), e26010615756.
Schön, D. A. (1997). Formar Professores como Profissionais Reflexivos. In: Nóvoa, A. (Org.). Os Professores e a sua Formação. (pp. 77-91). Lisboa: Dom Quixote.
Silva, A. P. & Kodama, H. M. Y. (2004). Jogos no Ensino da Matemática. Anais da II Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática. Salvador, UFBa. Retirado em 05 de fevereiro de 2020 de: http://www.bienasbm.ufba.br/OF11.pdf.
Tardif, M. & Lessard, C. (2008). O Trabalho docente. Petrópolis: Vozes.
Vicentin, F. R., Passos, M. M. & Arruda, S. M. (2021). Caracterização das ações de alunos e professor que exploram objetos de aprendizagem em aulas de Matemática. Research, Society and Development, 10(2), e0410212221.
Weber, M. (1978). Economy and society: an outline of interpretive sociology. Berkeley: University of California Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mariana Passos Dias; Sergio de Mello Arruda; Marinez Meneghello Passos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
