Efeitos da Terapia Nutricional Imunomoduladora em pacientes oncológicos que foram submetidos a cirurgias gastrintestinais: revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29349Palavras-chave:
Terapia nutricional; Oncologia cirúrgica; Neoplasias gástricas; Imunomodulação.Resumo
Introdução: A desnutrição representa um fator determinante no desfecho clinico dos pacientes cirúrgicos, uma vez que pode influenciar negativamente o pós-operatório, favorecendo o aparecimento de complicações como retardo na cicatrização das feridas, infecções, aumento no tempo de internação e consequentemente na mortalidade. As cirurgias do trato gastrintestinal em pacientes oncológicos apresentam altas taxas de complicações e morbimortalidade. A terapia nutricional imunomoduladora vem sendo frequentemente utilizada nesses pacientes pelo alto potencial de modular a atividade imune, podendo, muitas vezes, contribuir para a melhora da função imunológica e, consequentemente, favorecer a evolução clínica. Método: Trata-se de uma revisão de escopo realizada no período de setembro de 2021 a janeiro de 2022. Foram revisados estudos nos idiomas: inglês e português e, as bases de dados selecionadas para a busca foram a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), MEDLINE/PUBMED, acrescidas de literatura cinzenta. Resultados: Foram identificadas 38 publicações potencialmente elegíveis, sendo a amostra final composta de 11 estudos que avaliaram o desfecho clínico de pacientes oncológicos que receberam terapia nutricional imunomoduladora no perioperatório de cirurgia gastrintestinal. Conclusão: Os estudos mostraram que a oferta de fórmulas imunomoduladoras por via oral ou enteral para pacientes oncológicos que se submeteram à cirurgia gastrintestinal trouxe benefícios, reduzindo complicações como infecções e tempo de internação e proporcionando melhores resultados no nível de albumina assim como em relação à função imunológica, elevando a qualidade de vida dos pacientes. Alguns pontos como mortalidade e aumento de linfócitos T não puderam ser comprovados, sugerindo que sejam realizados novos estudos.
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