Arte e atividade física como fatores protetores da saúde mental de estudantes de medicina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37012

Palavras-chave:

Atividade Fisica; Arte; Fatores de proteção; Saúde mental; Estudantes de medicina.

Resumo

Introdução: Os cuidados com a saúde mental de estudantes universitários da área da saúde tem sido pauta de inúmeras discussões. A prática de atividades físicas de modo regular gera muitos benefícios ao corpo humano, sendo relevante o questionamento a respeito do seu poder protetor no âmbito psíquico. Em relação à atividade artística, esta se apresenta em diversas possibilidades e é popular na área da medicina como forma de tratamento, conhecida como “terapia com arte”. Objetivo: Analisar os efeitos protetores da atividade física e da atividade artística na saúde mental de estudantes de Medicina da Universidade Tiradentes, além de comparar seus resultados e compreender os possíveis mecanismos. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, exploratório, descritivo e quantitativo. Os dados foram coletados por meio de questionários autoaplicáveis pelo formulário Google, contendo o questionário sociodemográfico e o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: Cerca de 53,7% de todo o grupo apresentou sinais de sofrimento pelo SRQ-20. A porcentagem dos entrevistados praticantes de atividades físicas que se apresentaram sem sinais de sofrimento psíquico foi de 52,3%, enquanto apenas 33% dos não praticantes obtiveram o mesmo resultado. Já a respeito da atividade artística, 55,9% dos praticantes apresentaram-se sem sinais de sofrimento mental, enquanto 43,4% dos não praticantes apresentavam-se sem injúria psíquica. Conclusão: Apesar de a atividade física ter um poder de proteção da saúde mental mais significativo, a atividade artística, em menor escala, também deve ser considerada um instrumento protetor da saúde psíquica do grupo em questão.

Referências

Abbing, A., Ponstein, A., Van Hooren, S., Sonneville, L., Swaab, H. & Baars, E (2018). The effectiveness of art therapy for anxiety in adults: A systematic review of randomised and non-randomised controlled trials. PLOS ONE 13.

Andrade, J.B.C. de, Sampaio, J.J.C., Farias, L.M. de, Melo, L.P. de, Sousa, D.P. de, Mendonça, A.L.B. de, Moura Filho, F.F.A. de & Cidrão I.S.M (2014). Contexto de Formação e Sofrimento Psíquico de Estudantes de Medicina. Revista brasileira de educação médica /38 (2): 231-242.

Alves, A.P., Pedrosa, L.A.K., Coimbra, M.A.R., Miranzi, M.A.S. & Hass, J.V. Prevalência de transtornos mentais comuns entre profissionais de saúde (2015 jan/fev). Revista de enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, 23(1):64-9.

Beusemberg, M. & Orley, J (1994). A User's guide to the self-reporting questionnaire (‎SRQ) compiled by M. Beusenberg and J. Orley. World Health Organization. WHO/MNH/PSF 8. Unpublished 81 p.

Dias, R. M (2015). Arte e vida no pensamento de Nietzsche. Cad. Nietzsche, 36(1), 227-244.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Gee, K.A., Hawes, V. & Cox, N.A (2018). Blue notes: Using songwriting to improve student mental health and wellbeing. A pilot randomised controlled trial. Front Psychol 10:423.

Gold, J.A., Hu, X., Huang, G., Li, W.Z., Wu, Y.F., Gao, S., Liu, Z.N., Trockel, M., Li, W.Z., Wu, Y.F., Gao, S., Liu, Z.N., Rohrbaugh, R.M. & Wilkins, K.M. (2019, July 15). Medical student depression and its correlates across three international medical schools. World Journal of Psychiatry. 9(4): 65-77

Gonçalves, D.M., Stein, A.T. & Kapczinski, F (fev 2008). Avaliação de desempenho do Self-Reporting Questionnaire como instrumento de rastreamento psiquiátrico: um estudo comparativo com o Structured Clinical Interview for DSM-IV-TR. Cad. Saúde Pública, 24(2):380-390.

Huang, J., Nigatu, Y.T., Smail-Crevier, R., Zhang, X. & Wang, J (2018). Interventions for common mental health problems among university and college students: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of Psychiatric Research.

Liu, M., Zhang, J., Hu, E., Yang, H., Cheng, C. & Yao, S (Dec 2019). Combined Patterns Of Physical Activity and Screen-Related Sedentary Behavior Among Chinese Adolescents And Their Correlations With Depression, Anxiety And Self-Injurious Behaviors. Psychology Research and Behavior Management 1041–1050.

Luna, D., Urquiza-Flores, D.I., Figuerola-Escoto, R.P., Carreno-Morales, C., Meneses-Gonzales, F (2020). Predictores académicos y sociodemográficos de ansiedad y bienestar psicológico en estudiantes mexicanos de medicina. Estudio transversal. Gaceta Médica de México, 156:40-46

Mcmahon, E.M., Corcoran, P., Keeley, H., Clarke, M., Coughlan, H., Wasserman, D., Hoven, C.W., Carli, V., Sarchiapone, M., Healy, C. & Cannon, M (2020). Risk and protective factors for psychotic experiences in adolescence: a population-based study. Psychological Medicine (1–9).

MIOT, Hélio Amante (2011). Tamanho da amostra em estudos clínicos e experimentais. Jornal Vascular Brasileiro,10(4), 275-278.

Opdal, I.M., Morseth, B., Handegard, B.H., Lillevoll, K.R., Nilsen, W., Nielsen, C., Fuberg, A.S., Rosebaum, S. & Rognmo, K (2020). Is change in mental distress among adolescents predicted by sedentary behaviour or screen time? Results from the longitudinal population study The Tromsø Study: Fit Futures. BMJ Open.

OMS (2001). The World Health Report 2001: Mental health – New understanding, newhope. Geneva: Organização Mundial de Saúde. 2001.

Queiroz, R.M. R. & Feferbaum, M. (2022). Metodologia da pesquisa em direito. Saraiva. 7.

Reis, A.C. dos (2014). Arteterapia: a Arte como Instrumento no Trabalho do Psicólogo. Psicologia: Ciência E Profissão, 34 (1), 142-157

Ren, Z., Hu, L., Jie Yu, J., Yu, Q., Chein, S., Ma, Y., Lin, J., Yang, L., Li, X. & Zou, L (2020). The Influence of Social Support on Physical Activity in Chinese Adolescents: The Mediating Role of Exercise Self-Efficacy. Children 7, 23.

Rice, R., Hunter, J., Spies, M. & Cooley, T (2017). Perceptions of Nursing Students Regarding Usage of Art Therapy in Mental Health. Journal of Nursing Education 56(10).

Sadock, B. J., Sadock, V. A. & Ruiz, P (2017). Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed.

Secchin, L.S., Ezequiel, O.S., Vitorino, L.M., Luchetti, A.L.G. & Luchetti, G (2019). Implementation of a Longitudinal Mentorship Program for Quality of Life, Mental Health, and Motivation of Brazilian Medical Students. Academic Psychiatry.

Silva, A.D.O. & Cavalcante, J.L (2014). Associação entre níveis de atividade física e transtorno mental comum em estudantes universitários. Fundação Técnica e Científica do Desporto, 10(1), 49-59

Sodeify, R. & Tabrizi, F. M (2020). Nursing Students’ Perceptions of Effective Factors on Mental Health: A Qualitative Content Analysis. IJCBNM. Khoy, Iran, 8 (1): 34-44.

Tabosa, A (2005). A perda do conceito original de arte. Oficina Cinema - História, Copyright.

Wilks, C.R., Auerbach, R.P., Alonso, J., Benjet, C., Bruffaerts, R., Cuijpers, P., Ebert, D.D., Green, J.G., Mellins, C.A., Mortier, P., Sadikova, E., Sampson, N.A., Kessler, R.C (2020). The importance of physical and mental health in explaining health-related academic role impairment among college students. Journal of Psychiatric Research.

Downloads

Publicado

08/11/2022

Como Citar

TELES, C. P. M. .; PORTO, C. P. S. .; TELES, L. P. M. .; PASSOS, M. A. .; MATTOS, R. M. P. R. de .; BARRETO, I. D. de C. .; PIMENTEL, D. M. M. . Arte e atividade física como fatores protetores da saúde mental de estudantes de medicina. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e16111537012, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37012. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37012. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais