Análise das características epidemiológicas e hospitalares da espinha bífida referente aos casos registrados na população pediátrica no Brasil nos últimos 5 anos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37891

Palavras-chave:

Disrafismo espinal; Saúde pública; Epidemiologia.

Resumo

A espinha bífida é definida como um defeito no fechamento ósseo posterior da coluna vertebral, sendo que as causas estão relacionadas à interação dos fatores genéticos e ambientais. As crianças portadoras de espinha bífida carregam consigo complicações que tornam a patologia um sério problema  de  saúde  pública,  cuja  repercussão  compreende  desde  seus  familiares  até  a  comunidade  com  que  convivem. Diante  disso, o presente estudo propõe analisar as internações por espinha bífida, na população pediátrica, no Brasil e suas regiões, nos últimos 5 anos. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e analítico, acerca das internações decorrentes de espinha bífida, elaborado através de dados secundários obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, em crianças menores de 1 ano até 19 anos, no período de 2017 a 2021, no Brasil e suas macrorregiões. No período analisado, foram registradas 4.823 internações por espinha bífida, em crianças menores de 1 ano até 19 anos, no Brasil. No que tange às regiões geográficas, o maior número de internações concentra-se na região Nordeste. Em relação à faixa etária, os pacientes menores de 1 ano foram os mais acometidos. Em relação ao sexo, o sexo feminino foi o que predominou. Quanto à etnia informada dos internados, o maior número de casos prevaleceu nos hospitalizados de etnia branca. Logo, é possível apontar os pacientes internados por espinha bífida, em crianças menores de 1 ano até 19 anos, como um problema de saúde pública que merece a atenção do governo e da sociedade brasileira em geral.

Referências

Aguiar, M. J. B., et al. (2003). Defeitos de fechamento do tubo neural e fatores associados em recém-nascidos vivos e natimortos. Jornal de Pediatria, 79, 129–134. https://doi.org/10.1590/S0021-75572003000200007

Bevilacqua, N. S., & Pedreira, D. A. L. (2015). Fetoscopy for meningomyelocele repair: past, present and future. Einstein (São Paulo), 13(2), 283–289. https://doi.org/10.1590/s1679-45082015rw3032

Bizzi, J. W. Junqueira, & Machado, A. (2018). Mielomeningocele. JBNC – Jornal Brasileiro de Neurocirurgia, 23(2), 138–151. https://doi.org/10.22290/jbnc.v23i2.1161

Brasil. (2002) Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 344, de 13 de dezembro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 dez. 2002. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0344_13_12_2002.html

Brasil. (2020). Ministério da Saúde. Portaria MS/GM n. 356, de 11 de março de 2020. Dispõe sobre a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que estabelece as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19) [Internet]. Diário Oficial da União, Brasília (DF); Seção 1:185. http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-356-de-11-de-marco-de-2020-247538346

Bunduki, V., et al. (2016). Comparison of Two- and Three-dimensional Ultrasonography in the Evaluation of Lesion Level in Fetuses with Spina Bifida. Revista Brasileira de Ginecologia E Obstetrícia / RBGO Gynecology and Obstetrics, 38(03), 120–126. https://doi.org/10.1055/s-0036-1580711

Buoro, R. S., & Nogueira, M. P. (2020). Qualidade de vida e desafios de familiares de crianças com mielomeningocele. Acta Ortopédica Brasileira, 28(6), 291–295. https://doi.org/10.1590/1413-785220202806237160

Coniglio, S. J., Anderson, S. M., & Ferguson, J. E. (1997). Developmental outcomes of children with myelomeningocele: Prenatal predictors. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 177(2), 319–324. https://doi.org/10.1016/s0002-9378(97)70193-5

Conselho nacional de saúde - Página Inicial. (n.d.). Conselho.saude.gov.br. Https://conselho.saude.gov.br/Resolucoes/2016/Reso510.pdf

Cortés M., F. (2003). Prevención primaria de los defectos de cierre del tubo neural. Revista Chilena de Pediatría, 74(2). https://doi.org/10.4067/s0370-41062003000200011

Cunha, C. et al. (2005). Fatores genéticos e ambientais associados a espinha bífida. Revista Brasileira de Ginecologia E Obstetrícia, 27(5). https://doi.org/10.1590/s0100-72032005000500007

Gaíva, M. A. M., corrêa, E. R., & santo, E. A. R. DO E. (2011). Perfil clínico-epidemiológico de crianças e adolescentes que vivem e convivem com espinha bífida. Journal of Human Growth and Development, 21(1), 99–110. https://doi.org/10.7322/jhgd.19999

Horovitz, D. D. G., Ilerena JR., J. C., & mattos, R. A. de. (2005). Atenção aos defeitos congênitos no Brasil: panorama atual. Cadernos de Saúde Pública, 21(4), 1055–1064. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2005000400008

Kiely, M. (2019). Reproductive and Perinatal Epidemiology (M. Kiely, Ed.). CRC Press. https://doi.org/10.1201/9780429278341

Orioli, I. M. et al. (2011). Effects of folic acid fortification on spina bifida prevalence in Brazil. Birth Defects Research Part A: Clinical and Molecular Teratology, 91(9), 831–835. https://doi.org/10.1002/bdra.20830

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.

Scott Adzick, N. (2013). Fetal surgery for spina bifida: Past, present, future. Seminars in Pediatric Surgery, 22(1), 10–17. https://doi.org/10.1053/j.sempedsurg.2012.10.003

The global burden of disease. (2004). https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43942/9789241563710_eng.pdf

Torkelson, R. D. (1987). Book Review: Textbook of Child Neurology, ed 3, by John H. Menkes. Published in 1985 by Lea & Febiger, Philadelphia, 827 pages, $58.50. Journal of Child Neurology, 2(3), 235–236. https://doi.org/10.1177/088307388700200315

Vieira, A. R., & Castillo taucher, S. (2005). Edad materna y defectos del tubo neural: evidencia para un efecto mayor en espina bífida que anencefalia. Revista Médica de Chile, 133(1). https://doi.org/10.4067/s0034-98872005000100008

World health organization (2003). World Atlas of Birth Defects. (2a ed.). Geneva.

Downloads

Publicado

30/11/2022

Como Citar

ROSA, M. M. .; ABBOUD, L. F. J. .; FRANÇA, T. F. .; ALCANTARA, V. H. F. .; ANDRADE, J. S. de .; MUNIZ, J. P. P. .; SILVA, B. S. da .; MENDES, M. C. .; PERRONI, C.; SILVA, E. L. D. da . Análise das características epidemiológicas e hospitalares da espinha bífida referente aos casos registrados na população pediátrica no Brasil nos últimos 5 anos . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 16, p. e87111637891, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i16.37891. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37891. Acesso em: 15 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde