Comparação entre as técnicas de Reeducação Postural Global (RPG) e Liberação Miofascial (LM) em pacientes com lombalgia crônica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.38530

Palavras-chave:

Lombalgia; Postura; Liberação miofascial.

Resumo

As dores apresentadas na região lombar da coluna são denominadas de lombalgia e acometem cerca de 80% da população. Podem resultar em incapacitação e muitas vezes necessitam de tratamento fisioterápico. Este trabalho teve por objetivo comparar a eficácia das técnicas de Reeducação Postural Global (RPG) e Liberação Miofascial (LM) no tratamento de pacientes com lombalgia crônica. Foram selecionados 60 pacientes de ambos os sexos, de 30 a 60 anos, atendidos em clínica de fisioterapia em São Pedro da Aldeia, RJ.  Constituiu-se três grupos: I de RPG, II de LM e o III de RPG + LM. Cada paciente foi submetido à anamnese e a duas sessões fisioterápicas semanais, sendo um total de oito sessões de 30 minutos de duração. Para avaliação da dor utilizou-se a Escala Visual Numérica e Escala de incapacidade de Roland Morris. Os resultados não evidenciaram diferenças significativas entre os grupos quanto à redução da dor (p = 0,3816). Foi observada ainda diferença estatística entre o primeiro e o último atendimento com relação a dor em todos os grupos. A escala de Roland Morris revelou diferenças significativas entre o início e final do tratamento. Conclui-se que, de acordo com as escalas aplicadas, ambas as técnicas resultaram em redução no nível da dor, mas nenhuma das técnicas se mostrou mais eficaz em relação a outra. Ademais, notou-se que a associação das técnicas resulta em redução no nível da dor desde o primeiro atendimento, sendo este um achado relevante para direcionar o tratamento destes pacientes.

Referências

Adelino, V. R. (2018). Os efeitos do método pilates e da liberação miofascial na lombalgia crônica. Fisioterapia-Tubarão, 12(1).

Adorno, M. L. G. R. (2012). Efeito da reeducação postural global e do isostretching em portadores de lombalgia crônica inespecífica através da biofotogrametria computadorizada. Fisioterapia Brasil, 13(3), 216-225.

Aguiar, A. C. T. & Cardoso, M. P. C. RPG no tratamento de hérnia de disco lombar: revisão integrativa. Stevenson Gusmão, 224.

Araújo, R. C. & Pitangui, A. C. R. (2008). A Acupuntura e a Reeducação Postural Global (RPG) no tratamento da lombalgia. Fisioterapia Ser. 3(2), 60-2.

Arruda, G. A., Stellbrink, G. & de Oliveira, A. R. (2010). Efeitos da liberação miofascial e idade sobre a flexibilidade de homens. Revista Terapia Manual, 8(39), 396–400.

Baker, R. T., Nasypany, A., Seegmiller, J. G. & Baker, J. G. (2013). Instrument-assisted soft tissue mobilization treatment for tissue extensibility dysfunction. International Journal of Athletic Therapy and Training, 18(5), 16-21.

Bjorck-Van Dijken, C., Fjellman-Wiklund, A. & Hildingsson, C. (2008). Low back pain, lifestyle factors and physical activity: a population based-study. Journal of rehabilitation medicine, 40(10), 864.

Bortolo, J. O., Blasi, R. L., Braghiroli, F. L., Rossi, B. R. O., & Cimatti, B. (2021). Intervenção para dor lombar crônica utilizando tratamento em subgrupos. Revista Inspirar Movimento & Saude, 21(3).

Briganó, J. U. & Macedo, C. D. S. G. (2005). Análise da mobilidade lombar e influência da terapia manual e cinesioterapia na lombalgia. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 26(2), 75-82.

Bringuente, M. E. O., Castro, I. S. D., Jesus, J. C. G. D. & Luciano, L. D. S. (1997). Fatores de risco para a coluna: avaliação em consulta de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 50, 391-406.

Caraviello, E. Z., Wasserstein, S., Chamlian, T. R. & Masiero, D. (2005). Avaliação da dor e função de pacientes com lombalgia tratados com um programa de Escola de Coluna. Acta fisiátrica, 12(1), 11-14.

Coelho, L. (2008). O método Mézières ou a revolução na ginástica ortopédica: O manifesto anti-desportivo ou a nova metodologia de treino. Revista de Desporto e saúde da Fundação Técnica e Científica do Desporto, 4(2), 21-39.

Costa, R. C. B., Ferreira, A. R., Bezerra, R. B., Queiroz, R. C., Aschidamini, C. & Estrázulas, J. A. (2012). O efeito agudo da liberação miofascial e do alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva em docentes com lombalgia idiopática. Revista Digital Efdeportes, ,17, 171.

Dias, R. A. (2017). Efeitos da acupuntura na liberação miofascial no tratamento da lombalgia. Trabalho de Conclusão de Curso de Fisioterapia, Universidade de Uberaba, Uberaba - SP.

Dimitrova, E. & Rohleva, M. (2014). Global postural reeducation in the treatment of postural impairments. Res Kinesiology, 4(1), 72-5.

Ferreira, G. D., Silva, M. C., Rombaldi, A. J., Wrege, E. D., Siqueira, F. V. & Hallal, P. C. (2011). Prevalência de dor nas costas e fatores associados em adultos do Sul do Brasil: estudo de base populacional. Brazilian Journal of Physical Therapy, 15, 31-36.

Ferron, M. & Rancano, J. (2007) Grande Atlas do Corpo Humano. Editora Manole.

Ford, J., Story, I., O'Sullivan, P. & McMeeken, J. (2007). Classification systems for low back pain: a review of the methodology for development and validation. Physical therapy reviews, 12(1), 33-42.

Fortunato, J. G., Furtado, M. S., Hirabae, L. F. A. & Oliveira, J. A. (2013). Escalas de dor no paciente crítico: uma revisão integrativa. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 12(3), 110-117.

Galhardo, J., Teixeira, C. S., Ramirez, C., Fernandes, S. & Figueira, T. G. (2019). O uso do ultrassom e liberação miofascial em lombalgias não específicas. Revista CPAQV–Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, 11(1), 1-12.

Gouveia, K. M. C. & Gouveia, E. C. (2008). O músculo transverso abdominal e sua função de estabilização da coluna lombar. Fisioterapia em Movimento, 21(3), 45-50.

Greco, R. C. (2019). Efeitos da mobilização de tecidos moles assistida por instrumentos (IASTM) na dor e incapacidade em indivíduos com cervicalgia crônica inespecífica. Um ensaio clínico randomizado. Dissertação de Mestrado em Ciências da Reabilitação - Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, RS.

Guastala, F. A. M., Guerini, M. H., Klein, P. F., Leite, V. C., Cappellazzo, R. & Facci, L. M. (2016). Effect of global postural re-education and isostretching in patients with nonspecific chronic low back pain: a randomized clinical trial. Fisioterapia em Movimento, 29, 515-525.

Hamill, J., Knutzen, K. M. & Derrick, T. R. (2016). Bases Biomecânicas do Movimento Humano. (4a ed.) Editora Manole.

Hammer, W. I. (2003). Exame funcional dos tecidos moles e tratamento por métodos manuais: novas perspectivas. (2ª ed.) Guanabara Koogan.

Han, I. B., Ropper, A. E., Teng, Y. D., Shin, D. A., Jeon, Y. J., Park, H. M. & Kim, N. K. (2013). Association between VEGF and eNOS gene polymorphisms and lumbar disc degeneration in a young Korean population. Genetics and Molecular Research, 12(3), 2294–2305.

Hochman B, Nahas FX, Oliveira Filho RS, Ferreira LM. (2005). Desenhos de pesquisa. Acta Cir Bras [serial online], 20 Suppl. 2:02-9.

Jellema, P., Van Der Windt, D. A., Van Der Horst, H. E., Twisk, J. W., Stalman, W. A. & Bouter, L. M. (2005). Should treatment of (sub) acute low back pain be aimed at psychosocial prognostic factors? Cluster randomised clinical trial in general practice. British Medical Journal, 331(7508), 84-88.

Junior, J. C. D. (2020). Liberação miofascial na prevenção de lesão muscular: relato de caso. VITTALLE-Revista de Ciências da Saúde, 32(1), 223-234.

Modolo, T. L., Fraga, I. C. A., Santos, A. L. & Manzano, R. M. (2014). Síndrome da dor Miofascial: estudo comparativo do efeito do Método Pilates e da liberação miofascial. Revista HealthFIB, 1(1), 49-61.

Monteiro, J., Faísca, L., Nunes, O. & Hipólito, J. (2010). Roland Morris disability questionnaire-adaptation and validation for the Portuguese speaking patients with back pain. Acta médica portuguesa, 23(5), 761-6.

Novaes, F. S., Shimo, A. K. K. & Lopes, M. H. B. D. M. (2006). Lombalgia na gestação. Revista Latino-americana de enfermagem, 14, 620-624.

Nusbaum, L., Natour, J., Ferraz, M. B. & Goldenberg, J. (2001). Translation, adaptation and validation of the Roland-Morris questionnaire-Brazil Roland-Morris. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 34(2), 203-210.

Oliveira, B. F. F. (2018). Estudo da eficácia do TENS vs libertação miofascial na dor lombar e incapacidade funcional. Monografia do Curso de Fisioterapia, Universidade Fernando Pessoa, Porto – PT.

Oliveira, M. P. D. & Braz, A. G. (2016). A importância do fortalecimento da musculatura estabilizadora da coluna vertebral na prevenção e no tratamento das lombalgias. Trabalho de conclusão da Pós Graduação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase nas Terapias Manuais, Faculdade Ávila, Goiânia - GO.

Pereira, M. P. M., Parisotto, D. & Eduardo, F. M. C. (2017). Efeito imediato da pompage dorsal sobre a dor e mobilidade vertebral em pacientes com algia torácica decorrente de maus hábitos posturais. Revista Uniandrade, 18(2), 116-121.

Pitangui, A. C. R. & Ferreira, C. H. J. (2008). Avaliação fisioterapêutica e tratamento da lombalgia gestacional. Fisioterapia em Movimento, 21(2), 135-142.

Sant’Anna, P. C. F., Olinto, M. T. A., Barros, F. S. D., Garcez, A. & Costa, J. S. D. D. (2021). Dor lombar crônica em uma população de mulheres do Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Fisioterapia e Pesquisa, 28(1), 9-17.

Santos, T. N. & Sperandio, R. D. (2022). Tratamento de dor lombar crônica, comparando os métodos de liberação miofascial e Kinesio Taping Chronic lumbar pain treatment, comparing myofascial release and Kinesio Taping methods. Brazilian Journal of Development, 8(3), 15522-15531.

Segundo, S. T. S. P., Filho, E. S. V., Lenza, M., Santos, D. C. B., Rosemberg, L. A. & Ferretti, M. (2016). Interobserver reproducibility of radiographic evaluation of lumbar spine instability. Einstein (São Paulo), 14 (3), 378-383.

Silva, D. L., Monteiro, E. R., Neto, V. G. C. & Triani, F. S. (2017). Efeitos da liberação miofascial sobre a flexibilidade: uma revisão sistemática. Journal of Health Sciences, 19(2), 200-204.

Soares, P., Cabral, V., Mendes, M., Vieira, R., Avolio, G. & Vale, R. G. S. (2016). Efeitos do programa escola de postura e reeducação postural global sobre a amplitude de movimento e níveis de dor em pacientes com lombalgia crônica. Revista Andaluza de Medicina del Deporte, 9(1), 23-28.

Souchard, P. E. (2001). O papel biomecânico dos músculos espinhais-sua implicação na escoliose. Fisioterapia Brasil, 2(11), 369-378.

Stow, R. (2011). Instrument-assisted soft tissue mobilization. International journal of athletic therapy and training, 16(3), 5-8.

Teodori, R. M., Negri, J. R., Cruz, M. C. & Marques, A. P. (2011). Reeducação postural global: uma revisão da literatura. Brazilian Journal of Physical Therapy, 15(3), 185-189.

Toscano, J. J. O. & Egypto, E. P. (2001). A influência do sedentarismo na prevalência de lombalgia. Revista brasileira de medicina do esporte, 7(4), 132-137.

Vey, A. P. Z., Silva, A. C. & de Lima, F. S. T. (2013). Análise de dor nas costas em estudantes de graduação. Disciplinarum Scientia| Saúde, 14(2), 217-225.

Vilela, R. P. (2006). Efeitos de um programa de exercícios baseado em abordagem postural e funcional sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida de pacientes com lombalgia crônica. Dissertação de Mestrado em Ciências, Universidade de São Paulo, São Paulo – SP.

Downloads

Publicado

17/12/2022

Como Citar

ALMEIDA, D. P. de .; BRAGA JUNIOR, A. C. R. de .; CATUNDA, J. M. Y. .; GESTINARI, R. de S. . Comparação entre as técnicas de Reeducação Postural Global (RPG) e Liberação Miofascial (LM) em pacientes com lombalgia crônica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 16, p. e549111638530, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i16.38530. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38530. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde