O consumo alimentar e a Síndrome Pré-Menstrual (SPM) entre mulheres do Distrito Federal (DF)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38670Palavras-chave:
Síndrome pré-menstrual; Ciclo menstrual; Consumo alimentar; Alimentos funcionais; Inflamação.Resumo
A Síndrome Pré-Menstrual (SPM) é um distúrbio que atinge mulheres em idade fértil com controvérsias sobre fatores de risco e proteção. É definida por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais que influenciam o comportamento e consumo alimentar. A alimentação pode auxiliar na prevenção e tratamento dos principais sintomas da SPM. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar o consumo alimentar e sua relação com os principais sintomas da SPM, os principais fatores associados e o potencial inflamatório do consumo alimentar. Este estudo transversal incluiu 207 mulheres entre 18 e 40 anos, que residem no Distrito Federal (DF). Foi aplicado um questionário online sobre o contexto do estado nutricional, hábitos de vida, características menstruais e consumo alimentar através do QFA. O consumo semanal de alimentos funcionais foi de: frutas e hortaliças foi respectivamente de 40,8% e 49,2%; de grãos integrais foi de 20,4%; raízes e tubérculos, 8,9%. O estado nutricional predominante entre a população foi o perfil eutrófico correspondendo a 49,2% das participantes. Os sintomas mais prevalentes foram sentimentos subjetivos de descontrole emocional (ansiedade/ depressão), 81,3%; retenção hídrica, 68,8%; dor/ sensibilidade das mamas, 67,2%; e alteração no apetite, 64,1%. A cólica menstrual foi frequente em 70,8% das participantes. As possíveis alterações nos níveis de serotonina são influenciadas pelo baixo consumo de alimentos fontes de triptofano, magnésio, vitamina B6 e ômega-3, e quando associados a um estilo de vida sedentário e um perfil alimentar inflamatório aumentam a suscetibilidade aos sintomas da SPM e ao diagnóstico.
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