Estratégias de prevenção de eventos adversos na administração de medicamentos pela equipe de enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.38964

Palavras-chave:

Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos; Enfermagem; Cuidados de Enfermagem.

Resumo

O objetivo desse estudo foi analisar as evidências científicas relacionadas as estratégias de prevenção de eventos adversos devido a erro por administração de medicamentos pela equipe de enfermagem publicadas no período de 2016 – 2020. Trata-se de uma revisão da literatura integrativa nas bases de dados MEDLINE, SCIELO, LILACS e BDENF, utilizando os descritores: Eventos Adversos, Enfermagem, Erros de Medicação. Foram incluídos os artigos originais publicados durante os anos de 2016 a 2020, em português, dentro do tema proposto e excluídos tese, dissertação, carta ao leitor, artigos de revisão, duplicados e com mais de 4 anos de publicação. Foram selecionados 14 artigos e após uma análise dos dados, as principais intervenções encontradas como medidas de prevenção para evitar erro na administração de medicamento foram: pulseira de identificação, pulseira de risco, prescrição eletrônica, educação continuada, identificação de leito, identificação de medicação, dimensionamento de enfermagem, código de barras na medicação, checklist, a regra dos 9 certos. Foi possível encontrar como evidências para prevenção de erros de medicamentos pelo menos 10 intervenções. Apesar das intervenções não garantirem uma assistência 100% segura, ela diminui o risco da exposição aos eventos adversos, elevando assim a qualidade do cuidado de enfermagem. Observou-se também neste estudo a maneira como a enfermagem lida com esses erros de administração de medicamento, de forma punitiva ou deixando de fazer a notificação, o que além de interferir na assistência, dificulta os gestores a identificar em qual fase do processo acontecem os erros para propor um plano de intervenção eficaz.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Erros de medicação. Boletim de Farmacovigilância, n. 8, p. 1-14, 2019. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33868/2894786/Boletim+de+Farmacovigil%C3 %A2ncia+n%C2%BA+08/a82130ea-7f22-4c41-af7c-d5047ad9891c. Acesso em: 28 mar. 2021.

Amaro, M. A. C., & Bohomol, E. (2020). Notificação de eventos near miss na atenção primária à saúde. Enfermagem Em Foco, 11(5), 172-178.

ANVISA. (2013). Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e Administração de Medicamentos. Protocolo coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA em parceria com FIOCRUZ e FHEMIG. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/01/protoc_identificacaoPaciente.pdf.

ANVISA. (2017). Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Brasília. http://www.saude.pi.gov.br/uploads/divisa_document/file/374/Caderno_1_- _Assist%C3%AAncia_Segura_- _Uma_Reflex%C3%A3o_Te%C3%B3rica_Aplicada_%C3%A0_Pr%C3%A1tica.pdf.

Araújo, P. R. et al. (2019). Instrumento para avaliação da segurança na administração de medicamentos: construção e validação Medication. Revista Brasileira de Enfermagem, 72(2), 329–336.

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Edições 70.

Brasil. (2013). Lei 529 de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html.

Brasil. (2014). Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacion al_seguranca.pdf.

Brasil. (2020). Projeto de Lei nº 2564 de 2020. Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, para instituir o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira.Senado Federal. https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/141900#:~:text=Projeto%20de%20Lei%20n%C2%B0%202564%2C%20de%202020&text=Altera%20a%20Lei%20n%C2%BA%207.498,piso%20salarial%20para%20os%20enfermeiros.

Cardoso, A. S. F. et al. (2019). Elaboração e validação de checklist para administração de medicamentos para pacientes em protocolos de pesquisa. Revista Gaúcha de Enfermagem, 40(esp), 1-6.

COFEN. (2017). Resolução COFEN No 564/2017. Cofen – Conselho Federal de Enfermagem. http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html.

Cogo, A. L. P. et al. (2019). Construção e desenvolvimento de cenários de simulação realística sobre a administração segura de medicamentos. Revista Gaúcha de Enfermagem, 40(spe), 1-5.

Crossetti, M.G.O. (2012). Revisão integrativa de pesquisa na enfermagem o rigor cientifico que lhe é exigido [editorial]. Rev Gaúcha Enfermagem, 33(2), p.8-9.

Da Silva, M. V. R. S. et al. (2018). Administração de medicamentos: erros cometidos por profissionais de enfermagem e condutas adotadas. Revista de Enfermagem da UFSM, 8(1), 102-115.

Duarte, S. da C. M. et al. (2015). Eventos adversos e segurança na assistência de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 68(1), 144–154. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2015680120p.

Farias, C. C. P. (2016). Fundamentos de uma diretriz brasileira necessária ao avanço da qualidade em saúde e segurança do paciente. Revista Acreditação: ACRED, 6(11), 130–135. https://doi.org/https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5602117.pdf.

Guzzo, G. M. et al. (2018). Segurança da terapia medicamentosa em neonatologia: olhar da enfermagem na perspectiva do pensamento ecológico restaurativo. Texto & Contexto - Enfermagem, 27(3), 1-10.

Jamoulle, M., & Gomes, L. F. (2013). Prevenção Quaternária e limites em medicina. Revista Brasileira de Medicina de Família E Comunidade, 9(31), 186–191. https://doi.org/10.5712/rbmfc9(31)867.

Lima, E. L. et al. (2022). Ocorrência de erros no preparo e na administração de medicamentos em unidade de pronto atendimento. Rev. Eletr. Enferm, 24, 1-7.

Llapa-Rodriguez, E. O. et al. (2017). Assistência segura ao paciente no preparo e administração de medicamentos. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38(4), 1-8.

Menegueti, M. G. et al. (2017). Erros no processo de medicação: proposta de uma estratégia educativa baseada nos erros notificados. Revista de Enfermagem UFPE on-line, 11(5), 2046–55.

National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCC MERP). (2021). About Medication Errors. NCC MERP. https://www.nccmerp.org/about-medication-errors.

Page, M. J. et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: an Updated Guideline for Reporting Systematic Reviews. British Medical Journal, 372(71), 1-9. https://doi.org/10.1136/bmj.n71.

Pinheiro, T. S. et al. (2020). Administração de medicamentos em um serviço de emergência: ações realizadas e desafios para práticas seguras. Enfermagem em Foco, 11(4), 174–180.

Reis, M. A. S. et al. (2018) Medicamentos potencialmente perigosos: identificação de riscos e barreiras de prevenção de erros em terapia intensiva. Texto & Contexto - Enfermagem, 27(2), 1-10.

Resolução - RDC nº 36 de 25 de julho de 2013. (2013). Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html#:~:text=Institui%20a%C3%A7%C3%B5es%20para%20a%20seguran%C3%A7a,sa%C3%BAde%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Se%C3%A7%C3%A3o%20I-,Art.,qualidade%20nos%20servi%C3%A7os%20de%20sa%C3%BAde.

Rocha, C. M. et al. (2018). Administração segura de medicamentos em neonatologia e pediatria: cuidados de enfermagem. Revista de Enfermagem UFPE on-line, 12(12), 3239–46.

Roque, K. E. et al. (2015). Tempo de Internação e Ocorrência de Eventos Adversos a Medicamentos: Uma Questão da Enfermagem. Escola de Enfermagem Anna Nery, 15(3), 595-601.

Santos, P. R. A. et al. (2019) Ações para segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos em unidades de pronto atendimento. Revista Gaúcha de Enfermagem, 40(esp), 1-9.

Santos, T. et al. (2020). Protocolo para uso seguro de medicamentos em serviço de transplante de medula óssea. Cogitare enferm, 25(0).

Siqueira, C. L. et al. (2016). Sentimentos experimentados por equipes de enfermagem acerca dos erros de medicação. Cogitare Enferm, 21(esp), 01-10.

Slight, Sarah P; et al. (2013). The causes of prescribing errors in English general practices: a qualitative study. British Journal of General Practice, 63(0), 713- 720.

Vieira, H. K.S. et al. (2021). Erros na prescrição, preparo e administração de medicamentos em Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica e Neonatal: revisão sistemática. Research, Society and Development, 10(14), 1-13.

Vilela, R. P. B. et al. (2017). Educação permanente: tecnologia para a prevenção do erro de medicação. CuidArte, Enfermagem, 11(2), 203–208.

Volpe, C. R. G. et al. (2016). Fatores de risco para erros de medicação na prescrição eletrônica e manual. Revista LatinoAmericana de Enfermagem, 24(0), 1-9.

World Health Organization (WHO). (2017). Launches global effort to halve medication-related errors in 5 years. Geneva: World Health Organization. https://www.who.int/news/item/29-03-2017-who-launches-global-effort-to-halve-medication-related-errors-in-5-years.

World Health Organization (WHO). (2017). Medication Without Harm. Geneva: World Health Organization. https://www.who.int/initiatives/medication-without-harm#:~:text=Medication%20Without%20Harm%20aims%20to,Germany%20on%2029%20March%202017.

Zampollo, N. et al. (2018). Adesão ao protocolo de identificação do paciente e medicação segura. Revista de Enfermagem UFPE on-line, 12(10), 2667–74.

Downloads

Publicado

02/01/2023

Como Citar

MENESES, K. S. .; COSTA, R. S. N. .; SILVA-BARBOSA, C. E. da .; CUNHA, L. N. .; MORAES, J. J. de .; BRITO, L. S. B. .; REIS, D. F. .; ALMEIDA, C. G. de .; BRANDÃO, P. P. .; XAVIER, M. de S. .; SA, F. P. F. de .; BETHOVEN, H. B. .; NUNES, C. T. .; SOUSA, C. M. de .; EVANGELISTA , B. F. . Estratégias de prevenção de eventos adversos na administração de medicamentos pela equipe de enfermagem . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e8512138964, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i1.38964. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38964. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde