Qualidade de vida, ingestão dietética e estado nutricional de idosos com mais de 80 anos institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39096Palavras-chave:
Alimentação; Saúde; Instituição de longa permanência para idosos; Hábitos saudáveis; Qualidade de vida.Resumo
Associar a ingestão dietética e hídrica com os domínios de qualidade de vida (QV) e estado nutricional de idosos com mais de 80 anos residentes em Longa Permanência para Idosos (ILPIs) públicas e privadas. Estudo transversal, com 128 idosos, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob protocolo número 2.303.383. Aplicou-se um questionário estruturado, Questionário Internacional de Atividade Física, versão curta, Instrumento de Avaliação de QV (The World Health Organization Quality of Life – WHOQOL- bref) e Recordatório de 24 horas. Os nutrientes foram calculados pelo software DietWin®. Consideraram-se significativos os resultados a um nível de significância máxima de 5%. A maioria dos idosos apresentou-se com estado nutricional inadequado, 19,5% (n=25) em baixo peso e 36% (n=46) com excesso de peso. A média referente aos domínios de QV foi do ambiental, 32,14 ±12,62, e menor social 26,70 ±19,87. Quanto maior a ingestão de proteínas e lipídios maiores foram os escores dos domínios físico, psíquico, social e ambiental, (p=0,006, p=0,012, p=0,046, p=0,012), respectivamente. E quanto maior o consumo de calorias totais, maiores os escores dos domínios psíquico, social e ambiental (p=0,025, p=0,037, p=0,025), respectivamente. Concluiu-se que a maioria dos idosos encontrava-se com estado nutricional inadequado e a melhor média de QV observada foi no domínio ambiental e menor no social. O consumo de lipídios, proteínas e calorias totais, associam-se a melhores escores de QV.
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