Formação docente e currículo: práxis de um estudo no/do/com o cotidiano escolar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39181

Palavras-chave:

Cotidiano escolar; Currículo; Práxis; Tática.

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo tecer uma reflexão acerca das estratégias de prescrição normativa curricular imposta às escolas, nas quais os professores procuram visibilizar e viabilizar os conhecimentos já existentes, por meio de táticas que subvertem e recriam o espaçotempo, privilegiando as tessituras de conhecimento em rede e de ação contra hegemônica. O estudo trata-se de uma aposta ensaística, utilizou-se o método qualitativo, realizado a partir de procedimentos bibliográfico, pois se propôs a leitura, análise e interpretação de artigos publicados em periódicos científicos, livros, teses e dissertações que abordam o tema. Teve-se como base teórica os estudos nos/dos/com os cotidianos, partindo da ideia central de “cotidiano” do historiador e filósofo francês Michel de Certeau. Os resultados apontam para a necessidade de refletir os cotidianos escolares, não se limitando apenas aos problemas das escolas e dos processos formativos. Pois, é necessário que os estudos voltados a formação de professores e currículo se comprometam e dediquem ao labor dos/nos/com os cotidianos e suas vicissitudes, com foco na valorização dos currículos praticados/vividos nas/das/com as escolas, evidenciando as táticas, e as criações subjetivas e singulares de cada professor, levando-se sempre em consideração o tensionamento de uma educação hegemônica a favor de uma educação emancipatória, multicultural, ética, plural e inclusiva.       

Biografia do Autor

Anaylle Queiroz Pinto, Universidade Federal do Amazonas

Mestranda do Programa de Pós-Graduação (PPGE) - da Universidade Federal do Amazonas - UFAM (2021). Pós-graduada em Língua Portuguesa pela Escola Superior Batista do Amazonas - ESBAM (2015). Graduada em Letras - Língua e Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM (2010). Atuou como docente orientadora do Programa Atividade Curricular de Extensão - PACE (2019). Possui experiência como coordenadora do Programa Ciência na Escola (PCE). Professora de Língua Portuguesa da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (SEDUC).

Victor José Machado de Oliveira, Universidade Federal do Amazonas

Doutor em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (2018). Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (2014). Licenciado em Educação Física pelo Centro Universitário Católico de Vitória (2011). Professor Adjunto da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas. Professor permanente e coordenador local (polo UFAM) do Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional (PROEF). Foi coordenador do Comitê Científico do GTT Atividade Física e Saúde do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (biênio 2020/2021). Atualmente é membro do mesmo Comitê Científico (biênio 2022/2023). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: educação física, educação física escolar, educação infantil, educação para a saúde.

Referências

Almeida, S. de. (2019). O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento.

Alves, N. (2008) Sobre movimentos das pesquisas nos/dos/com os cotidianos. In: OLIVEIRA, Inês Barbosa de; Alves, Nilda (org.). Pesquisa no/do cotidiano das escolas: sobre redes de saberes. (pp. 39-48). Rio de Janeiro: DP&A.

Alves, N. (2010). Redes educativas ‘dentrofora’ das escolas, exemplificadas pela formação de professores. In: Santos, L., Dalben, Â., Diniz, J., Leal, L. (orgs.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: Currículo, Ensino de Educação Física, Ensino de Geografia, Ensino de História, Escola, Família e Comunidade. (66a ed). Belo Horizonte: Autêntica. https://perdigital.files.wordpress.com/2011/04/livro_6.pdf.

Alves, N. G. (2017). Formação de docentes e currículos para além da resistência. Revista Brasileira de Educação. 22 (71). http://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782017227147.

Araújo, M. de S., & Gonçalves, R. M. (2020). Uma conversa no cotidiano escolar no/do ensino médio, currículos pensadospraticados e movimentos de (re)existência. Revista Espaço do Currículo (online), João Pessoa. 3 (1), 592-602. http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php.

Brasil. (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. Brasil. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf .

Brasil. (2018). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília.

Certeau, M. de. (1994). A invenção do cotidiano: artes de fazer. (7a ed.). Vozes.

Ceschini, M. da S. C., Franco, R. M., & Mello, E. M. B. (2022). Discussões sobre a BNC-FI: regulação e uniformização dos currículos de formação docente? Revista Nova Padeia- Revista Interdisciplinar em Educação e Pesquisa, 4 (3), 278-289. https://doi.org/10.36732/riep.vi.162

Cordeiro, A. M., Oliveira, G. M., & Renteíra, J. M. (2007). Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgião. 34 (6), nov./dez. 428-43. https://doi.org/10.1590/S0100-69912007000600012

Diniz-Pereira, J. E. (2021). Nova tentativa de padronização dos currículos dos cursos de licenciatura no Brasil: A BNC-Formação. Revista Práxis Educacional, 17 (46), 1-19. https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i46.8916

Freire, P. (2014). Pedagogia do Oprimido. (58a ed.). Paz e Terra.

Freitas, K. A. dos S. (2014). Resenha de Certeau, Michel: A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2008. Entreletras, Araguaína/TO. 5 (1), p. 207, jan./jul. https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/download/1052/580/3796

Gonçalves, R. M. (2018) Conversas sobre práticas e currículos entre professoras: artesania e maneiras de fazer o cotidiano escolar. Linguagens, Educação e Sociedade, Teresina, Ano 23, Edição Especial. https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1140/989

Gonçalves, R. M. (2019). Autonomia e políticaspráticas de Currículos: uma equação entre raízes e opções. Revista Educ. Real., Porto Alegre. 44 (3), 1-16. https://doi.org/10.1590/2175-623684870

Gonçalves, R. M., Machado, T. M. R., & Correia, M. J. N. C. (2020). A BNCC na contramão das demandas sociais: planejamento com e planejamento para. Práxis Educacional. [S.l.], 16 (38), 338-351. https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i38.6012

Lima, K. de O., & Monteiro, G. V. (2018). Epistemologia ecossistêmica e interdisciplinaridade: uma parceria necessária ao ensino escolar do século XXI. Interdisc., São Paulo. 12, 01-129. http://revistas.pucsp.br/index.php/interdisciplinaridade

Moreira, A. F. B. (2021). Formação de professores e currículo: questões em debate. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 29 (110), 35-50. https://doi.org/10.1590/S0104-40362020002802992

Morin, E. (2010). Ciência com Consciência. (14a ed.). Bertrand Brasil.

Morin, E. (2011). A cabeça bem-feita. (19a ed.). Bertrand Brasil.

Oliveira, I. B. de. (2016). O currículo como criação cotidiana. DP et Alii.

Ramos, T. A. (2018). Mulheres no congo do Espírito Santo: práticas de re-existência ecologista com os cotidianos escolares. [Tese de Doutorado, Universidade de Sorocaba], Sorocaba.

Ramos, A. T., & Gonzalez, S. (2020). Práticas pedagógicas dialógicas como possibilidade de criação de currículos nos cotidianos escolares. Revista Espaço do Currículo. (online), 13 (3), 583-591, set/dez. https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/download/52828/31952/

Santos, B. S. (2010). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: Santos, B. de S., & Meneses, M. P. (org.). Epistemologia do Sul. São Paulo: Cortez.

Souza, M. V. (2016). A educação das relações étnico-raciais e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nos planos de educação: Os contextos nacional e local em perspectiva. Revista Amazônida, 1, 61-81. https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/amazonida/article/view/3544

Soares, P. G., Gonçalves, N. S., dos Santos, T. D. L., Ruppenthal, R., & Mello, E. B. (2022). BNC-Formação Continuada de Professores da Educação Básica: competências para quem? Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 11 (9). 1-16. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32181

Downloads

Publicado

27/12/2022

Como Citar

PINTO, A. Q. .; OLIVEIRA, V. J. M. de . Formação docente e currículo: práxis de um estudo no/do/com o cotidiano escolar. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 17, p. e253111739181, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i17.39181. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39181. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais