Os efeitos da musicoterapia em pacientes com doença de Alzheimer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39279

Palavras-chave:

Musicoterapia; Tratamento Não-Farmacológico; Doença de Alzheimer; Qualidade de vida.

Resumo

Atualmente, dentro da vasta gama de terapias alternativas aos fármacos para a doença de Alzheimer (DA), a musicoterapia se destaca por promover a preservação de habilidades não só de socialização, mas também de expressão, além de auxiliar em quadros de transtornos comportamentais, como depressão e ansiedade. Nesse sentido, o presente trabalho tem, como objetivo principal, a elaboração de uma revisão de literatura que almeje tanto a identificação como a compreensão dos efeitos da terapia musical em pacientes diagnosticados com DA. Isso foi realizado a partir da utilização da estratégia PICO (acrômio para Patient, Intervention, Comparation e Outcome) e da definição da seguinte questão clínica como orientadora de todo o estudo: “A musicoterapia é um recurso terapêutico não farmacológico eficaz no tratamento de pacientes com doença de Alzheimer?”. Além disso, com o intuito de responder a esta pergunta, realizou-se um levantamento bibliográfico por meio de buscas eletrônicas nas seguintes bases de dados: Scientif Eletronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), EbscoHost, Google Scholar e Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), sendo utilizados, após a etapa de seleção, 23 artigos para a construção da revisão literária. De forma geral, a partir dos resultados encontrados, foi posível concluir que o uso da musicoterapia como um tratamento alternativo em quadros demenciais, como na DA, além de promover uma intensa modificação estrutural e conectiva do cerébro, é capaz de retardar o declínio cognitivo e melhorar os sintomas comportamentais, o estado funcional e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes acometidos por essa patologia.

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Publicado

01/01/2023

Como Citar

PEIXOTO, C. C. .; AMÂNCIO, N. de F. G. . Os efeitos da musicoterapia em pacientes com doença de Alzheimer. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e2012139279, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i1.39279. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39279. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

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Artigos de Revisão