Osteomielite no âmbito do SUS: análise do perfil epidemiológico, custo de internação, tempo médio de internação e mortalidade nos últimos 5 anos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39291

Palavras-chave:

Osteomielite; Saúde pública; Epidemiologia.

Resumo

A osteomielite é um processo infeccioso e inflamatório ósseo provocado por microrganismos patogênicos, dentre os quais se destaca o Staphulococcus aureus. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico, o custo de o tempo médio e mortalidade da osteomielite, no Brasil, nos últimos 5 anos. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo e quantitativo realizado através de dados secundários. No período analisado, foram registradas 71.866 internações por osteomielite, no Brasil. No que tange às regiões geográficas, o maior número de internações concentra-se na região Sudeste. Em relação à faixa etária, os pacientes entre 50 e 59 anos foram os mais acometidos. Em relação ao sexo biológico, o sexo masculino foi o que predominou, totalizando 51.176 das internações. Dentre as macrorregiões brasileiras, a região sul apresentou o maior valor médio de custos com internação por osteomielite. A média de internação por osteomielite, no período estudado, girou em torno de 8,4 dias, no Brasil. E, por fim, a taxa de mortalidade permaneceu entre 1,30, sendo que no ano de 2020 apresentou a maior taxa de mortalidade com 1,63. Esta pesquisa demonstra que a osteomielite é um problema de saúde pública, sendo passível de diagnóstico precoce e cuidados preventivos, devendo haver ações como educação em saúde, visando minimizar gastos desnecessários e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Referências

Arruda, L. R. P., et al. (2009). Fraturas expostas: estudo epidemiológico e prospectivo. Acta Ortopédica Brasileira, 17, 326–330. https://doi.org/10.1590/S1413-78522009000600002

Brasil. (2020). Ministério da Saúde. Portaria MS/GM n. 356, de 11 de março de 2020. Dispõe sobre a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que estabelece as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19) [Internet]. Diário Oficial da União, Brasília (DF); Seção 1:185. http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-356-de-11-de-marco-de-2020-247538346

Castellazzi, L., Mantero, M., & Esposito, S. (2016). Update on the Management of Pediatric Acute Osteomyelitis and Septic Arthritis. International Journal of Molecular Sciences, 17(6), 855. https://doi.org/10.3390/ijms17060855

Cunha, B. A. (2002). Osteomyelitis in Elderly Patients. Clinical Infectious Diseases, 35(3), 287–293. https://doi.org/10.1086/341417

Ezra, E., et al. (1992). Primary Subacute Osteomyelitis of the Axial and Appendicular Skeleton. Journal of Pediatric Orthopaedics B, 1(2), 148–152. https://doi.org/10.1097/01202412-199201020-00013

Fonseca, M. de A., et al. (2014). Fraturas em membros inferiores por causas externas: significado para indivíduos hospitalizados. Revista InterScientia, 2(3). https://periodicos.unipe.br/index.php/interscientia/article/view/77/74

Hamdy, R. C., Lawton, L., Carey, T., Wiley, J., & Marton, D. (1996). Subacute Hematogenous Osteomyelitis: Are Biopsy and Surgery Always Indicated? Journal of Pediatric Orthopaedics, 220–223. https://doi.org/10.1097/00004694-199603000-00017

Huang, C.-C., et al. (2016). Chronic osteomyelitis increases long-term mortality risk in the elderly: a nationwide population-based cohort study. BMC Geriatrics, 16. https://doi.org/10.1186/s12877-016-0248-8

Ilharreborde, B. (2015). Sequelae of pediatric osteoarticular infection. Orthopaedics & Traumatology: Surgery & Research, 101(1), S129–S137. https://doi.org/10.1016/j.otsr.2014.07.029

Iliadis, A. D., & Ramachandran, M. (2017). Paediatric bone and joint infection. EFORT Open Reviews, 2(1), 7–12. https://doi.org/10.1302/2058-5241.2.160027

Kremers, H. M., et al. (2015). Trends in the epidemiology of osteomyelitis: a population-based study, 1969 to 2009. The Journal of Bone and Joint Surgery. American Volume, 97(10), 837–845. https://doi.org/10.2106/JBJS.N.01350

Kroon, E., Arents, N. A., & Halbertsma, F. J. (2012). Septic arthritis and osteomyelitis in a 10-year-old boy, caused by Fusobacterium nucleatum, diagnosed with PCR/16S ribosomal bacterial DNA amplification. Case Reports, 2012(may11 1), bcr1220115335–bcr1220115335. https://doi.org/10.1136/bcr.12.2011.5335

Moore, T. J., Mauney, C., & Harron, J. (1989). The Use of Quantitative Bacterial Counts in Open Fractures. Clinical Orthopaedics and Related Research, &NA;(248), 227???230. https://doi.org/10.1097/00003086-198911000-00036

Müller, S. S., et al. (2003). Estudo epidemiológico, clínico e microbiológico prospectivo de pacientes portadores de fraturas expostas atendidos em hospital universitário. Acta Ortopédica Brasileira, 11(3), 158–169. https://doi.org/10.1590/s1413-78522003000300004

Panteli, M., & Giannoudis, P. V. (2016). Chronic osteomyelitis: what the surgeon needs to know. EFORT Open Reviews, 1(5), 128–135. https://doi.org/10.1302/2058-5241.1.000017

Peltola, H., & Pääkkönen, M. (2014). Acute Osteomyelitis in Children. New England Journal of Medicine, 370(4), 352–360. https://doi.org/10.1056/nejmra1213956

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Sia, I. G., & Berbari, E. F. (2006). Osteomyelitis. Best Practice & Research Clinical Rheumatology, 20(6), 1065–1081. https://doi.org/10.1016/j.berh.2006.08.014

Tosounidis, T. H., Calori, G. M., & Giannoudis, P. V. (2016). The use of Reamer–irrigator–aspirator in the management of long bone osteomyelitis: an update. European Journal of Trauma and Emergency Surgery, 42(4), 417–423. https://doi.org/10.1007/s00068-016-0700-7

Villa, P. E. A., et al. (2013). Avaliação clínica de pacientes com osteomielite crônica após fraturas expostas tratados no Hospital de Urgências de Goiânia, Goiás. Revista Brasileira de Ortopedia, 48(1), 22–28. https://doi.org/10.1016/j.rbo.2012.03.004

Downloads

Publicado

01/01/2023

Como Citar

MURTA, M. G. M. B. .; MARTUCCI, L. G. .; GOMES NETO, L. F. .; RUINHO, P. B. .; CANDIDO, S. de S. .; SANTOS, P. R. S. dos .; SARMENTO, J. P. da F. .; SANTOS, S. C.; SILVA, E. L. D. da .; PACHECO, T. S. . Osteomielite no âmbito do SUS: análise do perfil epidemiológico, custo de internação, tempo médio de internação e mortalidade nos últimos 5 anos . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e6612139291, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i1.39291. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39291. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde